quinta-feira, abril 07, 2022

A ARCOR de hoje: Canoagem em alta e actividades paradas!


A sede e centro social da ARCOR
ARCOR 2022


A actualidade arcoriana está fortemente marcada pelos seis últimos exercícios consecutivos com défices de gestão,  que somam 303 248,23 euros!!!
A própria direção admite, no seu relatório, que estes números, e citamos, «demonstram claramente o período de dificuldades com que a instituição se debate» e, por outro lado, confirmam «a linha perigosamente descendente verificada desde há uns anos a esta parte». Que, porém, sublinha, «sofreu uma inversão».

A pandemia desajudou o trabalhos das direções, é verdade, mas não esqueçamos que os défices começaram a registar-se em 2016 (então, de 12 448,81 euros) e a pandemia é de 2020 - 4 anos depois.
A actual direção, que, relembremos, perdeu o seu presidente a 30 de Dezembro de 2021, refere no seu relatório as alterações «quase sempre em diminuição» do número de utentes e, mais enfaticamente, que ainda não foi possível recuperá-los «nomeadamente na área das valências sociais de idosos, que são a nossa principal fonte de receita».
Os números confirmam essa tendência: 155 348,02 euros em 2020 e 147 740,36 em 2021, menos 7 607,65 euros, considerando estas duas valências etárias:
1 - Serviço de apoio domiciliário: 97 351,44 em 2020 e 100 855, 80 em 2021. Curiosamente mais 3 504,36 euros no último exercício.
2 - Centro de Dia: 57 996,57 em 2020 e 46 884,46 em 2021. Menos 11 112,11 euros.
O treinador Tiago Viegas e as mundialistas
Gabriela Resende, à esquerda, e Beatriz 
Oliveira, da ARCOR Canoagem


Canoagem em alta, com 55
atletas e polo em Águeda !


A Secção de Canoagem teve «uma época de grandes alterações, a nível estrutural e técnico». E duas atletas a disputar o campeonato do mundo: Gabriela Resende e Beatriz Oliveira. E um paraolímpico: Hugo Costa.
O relatório refere que «pela primeira vez, um elemento da secção integrou um lugar de relevo na direção da associação», não citando mas referindo-se ao vice-presidente António Brinco. Por outro lado, «a comissão coordenadora foi completamente remodelada», com a entrada de António Monteiro (coordenador técnico), Pedro Carvalho (instalações e logística) e Sérgio Varela (comunicação), continuando Paulo Framegas como responsável financeiro e elo de ligação à direção.
O clube procedeu a esta reestruturação em consequência do «enorme crescimento da Secção, nos último anos», bem expressa nos 55 atletas, 6 treinadores e 5 dirigentes inscritos na Federação Portuguesa da Canoagem.
Por outro lado, foi criado o Polo de Águeda, no Centro de Actividades Náuticas Bério Marques, que é coordenado pelo treinador João Brinco e que tem como objectivos a captação de jovens, alargamento da base de recrutamento e desenvolvimento  da canoagem adaptada (paracanoagem) e da canoa, que «é vertente com grande tradição na ARCOR».
O polo, diz a direção da ARCOR, «não trouxe aumento significativo de despesas, pois toda a actividade é desenvolvida em instalações e com técnicos que são quadros municipais».
Seja como for, e ainda segundo a direção, «este crescimento veio acentuar a necessidade de remodelar as instalações da pateira», que já tem projecto aprovado na generalidade e é financiado pela Câmara. Falta aprovar os projectos de especialidade, devendo as obras «arrancar ainda este ano».
Hugo Costa

Duas mundialistas
e um para-olímpico,
9 títulos nacionais !

O ano de 2021, a nível desportivo, teve como «grande destaque a participação, em representação da seleção nacional de duas atletas da ARCOR no campeonato do mundo de juniores»: Gabriela Resende e Beatriz Oliveira. E também «a oportunnidade de estreia paraolímpica»: a de Hugo Miguel Costa, candidato aos Jogos Tóquio 2021.
A ARCOR Canoagem e como «fruto do fantástico trabalho desenvolvido pelos treinadores Tiago Viegas, João Brinco, Paulo Oliveira, Ana Almeida e Sandra Almeida», obteve 9 títulos individuais de campeões nacionais e regionais. E regressou à elite nacional, com dois 9ºs. lugares por equipas: rankings de clubes e de medalhas dos campeonatos nacionais: 9 de ouro, 7 de prata e 3 de bronze.
Financeiramente, a secção é, segundo o relatório, «completamente auto-sustentável, não usufruindo de qualquer verba proveniente da actividade social da associação».
O seu financiamento resulta de subsídios camarários, patrocinadores, projectos com entidades públicas, actvidades próprias e mensalidades dos atletas.
O ano de 2021 foi também tempo de «no seguimento do que vem acontecendo nos últimos anos» foram comprados 2 kayaks de competição, 10 pagaias e um simulador de pagaiada - o power house.
O GTA em 2012, com a peça «O Avarento»

Actividades paradas
pela... pandemia !


As restantes secções da ARCOR, além da social e da canoagem, estiveram todo o ano paradas, devido à situação pandémica.
É o caso, nomeadamente,  dos projectos «O Cantinho das Senhoras» e «Para Si». O Grupo de Teatro Amador (GA) também não teve qualquer actividade, o que, de resto, acontece já desde 2012. Há 10 anos.
«Foi discutida, algumas vezes, a possibilidade de reabertura da secção, mas devido a todos os constrangimentos e restrições relacionadas com a pandemia, foi do nosso entendimento que não seria o momento mais favorável», considerou a direção liderada pelo vice-presidente António Brinco.
Quanto às marchas populares, e vá lá saber-se porquê, não foi feita qualquer referência - obviamente não se tendo realizado, julgamos, pela mesma razão: a pandemia.
- AMANHÃ: O hoje e o amanhã da ARCOR! Sem presidente e sem projecto!

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