sábado, janeiro 20, 2024

Os (muitos) aniversários e algumas memórias da ARCOR!

O centro social e sede da ARCOR

José Melo Ferreira
festejou em 1992

ARCOR faz 45 anos!


Um buliçoso e atento leitor do d´Óis Por Três veio comentar o nosso apontamento de ontem, sobre os (não) 45 anos da ARCOR. E perguntou, como propositada e sibilina ironia, «quantas vezes, afinal, a ARCOR festejou o seu aniversário?».
«Até parece que foi só nos últimos anos que não comemorou...», considerou o leitor, e adiantando, a perguntar, se «foi só esta direção que não comememooru o aniversário?».
O d´Óis Por Três, naturalmente, não sabe se foi e quantas vezes a ARCOR festejou o seu aniversário, mas, em rápida (não tanto rápida assim...) navegação no google, ficámos a saber, por exemplo, do vasto programa de 1992, que começou com um espectáculo com o Grupo de Folclore e Etnografia da Academia de Coimbra (GEFAC) e fados de Coimbra, com António Berna. A 11 de Janeiro, actuou o Grupo de Teatro Água Corrente, de Ovar, e realizou-se uma prova de canoagem, no dia 12. Também um espectáculo do Professor Marcos do Vale e do Grupo de Cantares na Aldeia, no dia 17, e o 1º. Encontro de Associações Recreativas e Culturais do Concelho de Águeda e o concerto da Orquestra Típica e Coral de Águeda e do Grupo de Dança de Aveiro, no dia 18.
O presidente da direção era José Melo Ferreira que, no dia 19, também organizou um espectáculo com Rui Amorim e o Grupo de Cantares do Silveiro.
Não sabemos se aniversários se comemoraram antes de 1992.
Os presidentes Celestino
Viegas e Fernando Reis


Música, anos e festas
para as obras do
centro social!

Galgando o tempo, pesquisámos e achámos o programa de 1998, quando era presidente o diácono Fernando Reis Duarte de Almeida. Foi no dia 17 de Janeiro desse ano e de novo com um concerto da Orquestra Típica e Coral de Águeda. 
No ano seguinte, o de 1999, e de novo com o presidente Fernando Reis, a 23 de Janeiro,  realizou-se um concerto de música popular e de fados de Combra, com o Grupo Rouxinóis do Levira.
Aparentemente, não se comemoraram os aniversários de 2000 e 2001, ambos de mandatos de Fernando Reis - o que não quer dizer que não se tenham realizado.
O ano 2002 e no dia 19 de Janeiro assinalou o 23º. aniversário e o primeiro com jantar de angariação de fundos, com receitas a favor das obras do centro social. 
O programa incluiu a actuação do grupo «Rouxinóis da Bairrada», de fados de Coimbra, e mobilizou 320 pessoas.
O evento decorreu no restaurante «Pôr do Sol» e o presidente da direção era Celestino Viegas, tendo a receita líquida andado na ordem dos 15 000 euros - agora seriam na volta dos 23 000. Passaram-se 22 anos.
O aniversário de 2003 foi também no dia 19 de Janeiro, com visita as obras do centro social, já em visível desenvolvimento, e almoço comemorativo de novo no restaurante «Pôr do Sol». A 25, realizou-se um espectáculo, com o Grupo de Teatro de Pais (grupo da ARCOR, outra actividade perdida no tempo) e o professor Marcos do Vale, com hipnotismo e ilusionismo.
A notícia com os 25 000 euros
da Câmara de Águeda e...
... a dos 125 000 - ou 25 000 contos -
do Ministério da Solidarieade Social

As bodas de prata
com 25 000 e mais
125 000 euros!


O ano de 2004 foi o dos 25 anos da ARCOR - as bodas de prata!!! - e de comemoração a preceito, dividida por 11 iniciativas mensais.
A principal e primeira foi a 25 de Janeiro, com o almoço comemorativo - o primeiro a decorrer no centro social, no salão e «com mais de 300 pessoas».
Números e reter desta primeira festa das bodas de prata da ARCOR são (foram) os 125 000 euros confirmados pelo Governo, como subsídio extraordinário.
Apoios para as obras de construção do centro social.
O subsídio extraordinário de 125 000 euros tinha sido atribuído por despacho do ministro Bagão Félix, titular da pasta da Segurança Social e do Trabalho - a 12 de Setembro de 2003 e com o o nº. 112/SUB/SE/MSST/2003.
O aniversário de 2005 foi a 23 de Janeiro, de novo no salão cultural e com «participação de 280 pessoas. Foi o último de direções presididas por Celestino Viegas a tempo de 
a Câmara Municipal de Águeda entregar um cheque de 25 000 euros.
A vereadora Nair Barreto entregou-o ao presidente e da ARCOR disse que «é uma associação cívica de que tanto nos devemos orgulhar».
«Tem uma bela história de afectividade, solidariedade e amor, através desta obra exemplar», afirmou a autarca municipal, referindo-se ao edifício do centro social.
Os presidentes Agostinho
Tavares e João Gomes

Erros básicos e a
(não) «sardinha na
 brasa» da ARCOR!

O dia 19 de Janeiro foi o dia do almoço de aniversário de 2006, já na presidência de Agostinho Albino Pires Tavares e com participação de «centena e meia de pessoas». 
O de 2007 foi a 28 de Janeiro e quando António Celestino de Almeida, diretor da Segurança Social de Aveiro, alertou «para erros básicos» cometidos na candidatura ao PARES (a do lar) e convidou a ARCOR a «meter a sardinha na brasa».
O aniversário de 2008 foi a 27 de Janeiro, quando Agostinho Tavares afirmou que «a ARCOR continuou e continuará a apresentar candidaturas ao PARES, no sentido de trazer para Óis da Ribeira o lar de idosos».
A benção da inauguração, pelo diácono
Fernando Reis e com, atrás, Agostinho
Agostinho Tavares, Gil Nadais, Santos
Silva, Neto Brandão, Celestino Viegas,
Celestino de Almeida, Fernando Pires,
Jorge Almeida e Paulo Matos

A inauguração
do centro social!

As comorações de 2009 coincidiram com a inauguração do centro social, a 24 de Janeiro e presidida por Augusto Santos Silva, que era o Ministro dos Assuntos Parlamentares.
A vila de Ois da Ribeira vestiu-se com traje de festa, maquilhou-se cuidadosamente e caprichou até ao ínfimo pormenor no momento de agradecer aos amigos da freguesia, que contribuíram para que a pequena aldeia de 721 moradores vivesse «um dia provavelmente irrepetível na nossa geração», na óptica de Celestino Viegas, que era o presidente da Comissão Executiva das Inaugurações (CEI).
Augusto Santos Silva foi recebido com música (pela Tuna de Óis da Ribeira), foguetes, guarda de honra (pela Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Águeda) e, até, com pétalas de flores lançadas dos céus, por um avião do Aero Clube de Águeda, que também se associou à festa ribeirinha.
Agostinho Tavares ainda era presidente da ARCOR quando, a 31 de Janeiro de 2010 e nos festejos dos 31 anos, voltou a referir, «ante cerca de 200 pessoas» que «construir o lar é a maior ambição». E, na sua intervenção oficial, pediu «alguma calma quanto ás obras».
O ano de 2011 foi o da posse de João Paulo Resende Gomes - a 6 de Fevereiro e a substituir Agostinho Tavares - dia do almoço do 32º. aniversário e «com sala cheia e esperança no futuro». Nele disse o novo presidente que «queremos consolidar as valências e acrescentar valor patrimonial e organizacional à associação», para isso anunciando a ideia de «captar novos públicos».
A 22 de Janeiro de 2012, a ARCOR do presidente João Gomes comemorou 33 anos e realizou um almoço, com «algumas dezenas de pessoas», no salão cultural e com distribuição de diplomas a atletas, actores e colaboradores.
Manuel Soares e João Gomes


Sem lar..., a ARCOR
(será) insustentável a
médio prazo!

A 19 de Janeiro de 2013, o presidente João Paulo Resende Gomes organizou o almoço comemorativo dos 34 anos e, já de saída da direção, afirmou «deixar a ARCOR equipada e financeiramente equilibrada», assim passando testemunho para Manuel Soares dos Reis e Santos - o novo presidente da associação.
Um ano depois e a 25 de Janeiro de 2014, já Manuel Soares dos Reis e Santos, com experiência de 12 meses de mandato arcoriano, alertava, diante de «mais de uma centena de pessoas» e no 35º. aniversário da instituição, para 
Notícia no «Região de Águeda»
a necessidade de a associação «ter serviços de qualidade e 
ser sustentável», para além de precisar de «uma gestão rigorosa e pensando no futuro».
O mesmo presidente da direção da ARCOR, um ano depois e a 24 de Janeiro de 2015, deixou um alerta preocupante nas comemorações dos 36 anos da associação, defendendo que «sem a valência de lar, pode tornar-se “insustentável” a médio prazo».
«Neste momento, a situação da ARCOR é estável, mas, sem o lar, a instituição pode tornar-se insustentável a médio prazo», afirmou Manuel Soares, apelando ao apoio dos sócios e da população «para que a instituição possa concretizar essa antiga ambição de construir um lar» e apelando ainda 
«a uma renovação na instituição, considerando que o futuro não pode ser feito “com dirigentes da minha idade».
Os presidentes Mário
Marques e Manuel Soares


Os anos difíceis,
os dos... défices!
Ou há direção ou...
é o fim!

O 37º. aniversário foi comemorado a 23 de Janeiro de 2016, ainda com Manuel Soares como presidente da direção, mas foram de Paulo Santos, presidente da assembleia geral, as palavras mais sensíveis, desde logo destacando «a ausência de algumas entidades convidadas» e depois referindo que «o esforço é cada vez maior e é cada vez mais difícil gerir uma instituição como a ARCOR», por se estar, considerou, «a viver um momento de retração e as verbas serem cada vez menores».
O exercício de 2016 viria a ter o primeiro défice da história da ARCOR: 12 448,81 euros.
O jantar dos 38 anos foi a 21 de Janeiro de 2017 e em plena crise directiva, o que levou Paulo Santos, o PAG, a afirmar que «ou há direção ou é o fim».
Mário Marques, que era tesoureiro da direção, viria a assumir a presidência, para «contabilizar» o do segundo ano com défice de gestão: 22 509,86 euros.
Os 39 anos da ARCOR foram celebrados a 21 de Janeiro de 2018 e tiveram como objectivo angariar fundos para a aquisição de uma viatura adaptada, para transporte dos utentes da 3ª. idade.
O ano foi o do terceiro défice consecutivo: 79 417,17 euros.
A Secretária de Estado Rosa Monteiro nos 40 anos
da ARCOR, com Carla Tavares, à esquerda, Manuel
Soares (PAG) e Jorge Almeida (presidente da Câmara)

 
Secretária de Estado
nos 40 anos da ARCOR!

As comemorações dos 40 anos da ARCOR foram a 27 de Janeiro de 2019 e tiveram participação de Rosa Monteiro, a então Secretária de Estado da Igualdade, Cidadania e Inclusão.
A governante, sobre a ARCOR, afirmou que «os seus 40 anos correspondem a um contributo fundamental para a construção do nosso capital social».
 Momento particular foi o da evocação de Agostinho Tavares, antigo presidente e falecido a 3 de Agosto de 2018, com
Dinis Alves
 descerramento de placa alusiva.
O presidente da direção continuava a ser Mário Marques e o ano foi o do quarto défice consecutivo: 61 163,40 euros.

Últimos anos sem
festas de anos!

O último aniversário celebrado pela ARCOR foi o de 2020, a 2 de Fevereiro e especialmente sublinhado pela doação de Luís Eduardo Bastos dos Santos, o neto de um emigrante no Brasil, Hermínio Soares dos Santos: 10 000 euros, como ontem AQUI já referimos.
O ano voltou a ter défice de gestão, o quarto da direção do presidente Mário Marques, o quinto da associação: 73 722,08 euros.
A COVID «anulou» as comemorações de 2021, ainda com o presidente Mário Marques, e de 2022 também não se realizou - pouco depois do falecimento do presidente Zeca Estima Reis (a 28 de Dezembro de 2021).
O aniversário de 2023, já na presidência de Dinis da Conceição Alves, também não se comemorou.
 Aos dias de hoje, dia 20 de Janeiro de 2024, ainda não se sabe se serão publica e oficialmente assinalados os 45 anos da instituição de Óis da Ribeira - que desde Outubro de 2022, é presidida por Dinis da Conceição Alves. Os 45 anos, data redonda e relevante, passaram-se ontem e as redes sociais da ARCOR não falaram do assunto.
- NOTA: A evocação dos aniversários da ARCOR, aqui feita, pode(rá) pecar por defeito, de que nos penitenciamos. Outros terão sido organizados. Se alguém tiver mais informações, poderá enviá-las para doisportres2@gmail.com. Obrigados.

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