quarta-feira, setembro 30, 2020

AFTOR (5) - O leasing, coisas do «antigamente» e a COVID 19

 

A sede da União de Freguesias da
UFTOR em Óis da Ribeira

A aquisição da carrinha de 9 lugares voltou a ser tema de discussão na enfastiante última sessão da Assembleia de Freguesia de Travassô e Óis da Ribeira. E falou-se do leasing que suportará a operação. Isto é: eventuais dívidas para quem se seguir!
O eleito Ricardo Almeida, do CDS + Independentes, começou por questionar o valor: «Se é de 27 000 euros e 16 
mil e tal são da Câmara, mais de 
metade da entrada, dever-se-ia abater o montante, de molde a baixar os juros e o prazo de pagamento».
O presidente Sérgio Neves, depois de lembrar que «a Câmara vai dar 32mil euros, metade para a carrinha e metade para a obra», manteve o valor, quando pensava ele (SN) que «iria arredondar valores».
«A Junta quer contactar empresas para patrocinar, para pagar a diferença da carrinha e há a possibilidade de recorrer a leasing, por isso estamos a pedir autorização para isso mesmo», disse o presidente da Junta, acrescentando que «nas piores hipóteses são estas as condições...?». E adiantou que «temos alguns patrocínios garantidos para a carrinha».
O tesoureiro Paulo Pires (PSD) interveio para dizer quer «só estamos a pedir permissão para ir ao mercado, ver 11 mil euros» e Carlos Vidal (Juntos») sugeriu que «não podemos condicionar o executivo que vem a seguir, como por exemplo é o caso do
tractor!».
O eleito juntista referiu ainda que, no seu entender, «deviam pensar em pedir empréstimos que sejam pagos no seu próprio mandato», que é esta a sua «opinião pessoal».
«É uma maneira de pensar!...», comentou Sofia Marques (do PSD).
«Numa altura destas, a Junta não se devia endividar mais...», opinou o juntista António Horácio Tavares, exaltando o presidente Sérgio Neves, que reagiu à «insinuação» de que o executivo estava a endividar-se.
A votos, a proposta foi aprovada por maioria, com votos contra de António Horácio Tavares e Carlos Vidal, eleitos do Juntos.
Uma carrinha da UFTOR

A carrinha e outros

«antigamentes»...

A social-democrata Sofia Marques interveio várias vezes e, ainda sobre o caso da carrinha, lembrou que «noutro executivo compraram outra carrinha, cheia de problemas que não serviu para nada!».
António Horácio Tavares
Sofia Marques (PSD)
explicou que votava contra o endividamento...». Seria de 25 mil euros o endividamento da Junta? Sérgio Neves afirmou que «até à data, é de 30 mil e tal».
António Horácio Tavares (re)lembrou a Sérgio Neves que ele (SN) votou contra a carrinha no último mandato e que mudou de voto após a intervenção do Diamantino». E «pegou-se» várias vezes com Sofia Marques, interrompendo Carlos Vidal, que, concordando com «
o transporte das crianças», quis esclarecer que votava «apenas contra o leasing». Insistiu que o executivo o deveria pagar no seu mandato.
Em demão explicativa, ainda contradisse Sérgio Neves, que alegadamente fizera dar a entender que Carlos Vidal quereria que as crianças «não estudassem em Travassô».
António Horácio voltou a intervir para comentar que o presidente Sérgio Neves «em todas as assembleias puxa assuntos de trás» e João Ferreira, eleito do PSD, olhando para Carlos Vidal, que estava ao seu lado, comentou que «todos nós acabamos por penhorar o nosso futuro». E deu o exemplo do «carro individual que compramos».
«Há diferença entre bens públicos e privados! Bem como de consequências!», retorquiu Carlos Vidal.

A pandemia COVID 
19 e a Assembleia 
de Freguesia

O eleito Ricardo Almeida, profissional de saúde, relembrou ser «necessário ter em conta a evolução da pandemia».
«É importante a Junta de Freguesia ter um papel activo», acrescentou o enfermeiro de Travassô, que é diretor técnico-adjunto na empresa Saúde In e assistente convidado na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, trabalhou no Serviço de Urgência dos Hospitais da Universidade de Coimbra e colabora no Jardim Social de Travassô. 
A presidente Ilda Pinheiro, sobre esta matéria, revelou que a Mesa da Assembleia de Freguesia esteve reunida sobre o assunto e que até ponderou a não presença de público na sessão da AFTOR.
(continua)


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