terça-feira, maio 17, 2022

ARCOR 3: O futuro dirá o que a associação será!

O Centro Social e sede da ARCOR - Associação Recreativa e Cultural de Óis da Ribeira

Vista aérea do Centro Social da ARCOR no centro de Óis da Ribeira
O terreno em 1999


A  ARCOR, sendo a maior instituição de Óis da Ribeira, criada em 1979 por um grupo de jovens entusiasmado com o futuro, está hoje, diríamos, quase excluída do movimento social. 
Havendo excepções, é verdade. Algumas sendo boas, obviamente.
A primeira placa, a do bloco norte e em 2000
Esta desafeição, este desamor à causa arcoriana..., diríamos, é relativamente (in)compreensível, mas é possível e necessário reflectir e pensar nas razões, nas razões (se as há) que levam muita gente a servir, a sair e a não querer voltar à associação. A ela pouco 
ligando, pouco se importando com ela. Dela se desligando, como de peçonha fosse. E não é.
Se acharmos tais razões, melhor se compreenderão as origens e os motivos da desafeição e se tenderá a procurar tentativas de as remediar.
Melhor se acharão apoios e mais-valias renovadoras e não se perderá tempo (como tanto tempo se perdeu, tempo de anos...) com medidas teóricas  e não responsabilizadas que, na prática, não souberam combater os défices acumulados em 6 anos consecutivos - e alguns mais para trás, não os esqueçamos... - de défices de gestão que, acumulados, já passam dos 303 000 euros.
Melhor se compreenderá porque várias personalidades do movimento associativo, até mesmo antigos dirigentes (de obra feita e arcorianismo incontestado), não estão disponíveis para andar a tapar buracos abertos desde há anos, demasiados anos.
A placa principal em Dezembro de 2001

Quem saiu e
não quer voltar!

Os tempos da ARCOR são o que são, cada qual faz o que (não) pode, mas a associação não pode continuar a tentar remediar, apenas..., sem achar remédio que cure, que dessangre os seus meios e não fragilize o seu futuro.
A ARCOR tem, de uma vez por todas, de compreender que quem saiu não quererá voltar (ou não pode, seja lá por que motivo for...).
Os seus dirigentes (há um ano festivamente empossados) terão de ter muita coragem e determinação, muito trabalho e visão para cumprir o seu mandato - a que faltam 3 anos!
E, obviamente, omitir-se de desculpas fáceis - escorados no passado que herdaram e que conheciam.
Terão de se deixar de teorias avulsas em remessas de culpas para o passado, passado que conheciam e não quiseram ou não souberam inventariar e discutir em tempo útil.
Bem ao contrário, terão de procurar desacelerar a hemorragia financeira que asfixia a sua tesouraria. E não esquecer, nunca, em momento algum..., a finalidade social da instituição. Já nem falando da desportiva (em alta), na recreativa e na cultural.
Que são história e memória da ARCOR!!!
A ARCOR em Dezembro de 2002

Direção a honrar
os compromissos !

Os dirigentes executivos arcorianos, com ou sem presidente da direção, tem essa histórica responsabilidade.
A que não podem fugir, dela se eximindo por defeito ou omissão.
Não é bastante, é
 curtíssimo..., pedir mais e mais e apoios sem, aparentemente, mostrar soluções e nada em retorno mostrarem ao movimento associativo e à comunidade local.
Em vez de explicações justificadas no passado, será muito boa ideia tentar desacelerar a hemorragia financeira.
Na verdade, nada mais optimizador e auspicioso será ter, ao mais alto nível dirigente, um exemplo de competência, dedicação, trabalho, resiliência e coragem. Para isso, supomos, assumiram funções há precisamente um ano.
A substituição do presidente infelizmente falecido - o saudoso e carismático Zeca, o dr. José Bernardino Estima Reis - apenas terá uma solução: a direção (que tem maioria executiva e estatutária) deve continuar e honrar os compromissos que com ele assinaram.
Há um ano!
A entrada do centro social, com as placas dos
fundadores e primeiros diretores da ARCOR

Identificar o mal
para fazer o bem!

A ARCOR, para o bem e/ou o mal, fechou-se e queixa-se de um passado de que é culpado todo o movimento associativo.
Não só os antigos órgãos sociais
Os silêncios e cumplicidades que sucessivamente foram amnistiados em continuadas assembleias gerais estão a custar caro. Por muitos anos.
Por muitos anos, na verdade, houve alegre e insanável incompreensão para quem aconselhou e não foi ouvido - porque, nesse tempo da fartura financeira, havia muito sol na eira e farta chuva no nabal. Dinheiro em caixa para gastar em barda.
Gente que, julgamos crer, não quer andar a tapar buracos que outros fizeram.
O símbolo maior dessa incapacidade é vermos, como vemos, a associação a requerer voluntariado para uma comezinha horta, fazendo-nos fazer parecer os peditórios de qualquer mordomia a pedir para os foguetes da festa.
Quem não compreende as origens e razões da desafeição, tenderá sempre a falhar qualquer tentativa de a remediar. É como o médico que insiste em curar uma fractura na perna esquerda com um curativo na ponta do nariz.
A ARCOR precisa de identificar o mal que a falece, para fazer o bem que a recuperará!
E capitalizar apoios.
Tem de assumidamente compreender que o passado não volta e que os seus actores não quererão voltar.
 E, sobre isso, não há volta a dar.
Enquanto a teoria for justificar o presente com o passado (que em tempo útil não foi julgado), não se passará de onde se está - com tendência para queda maior.

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom dia,

Para resolver definitivamente o problema da ARCOR temos de agir na raiz dele, enquanto os estatutos que foram criados na fundação da instituição e serviram durante todos estes anos e muito bem não forem atualizados para a atualidade com todas as exigências necessárias não se consegue inverter as contas, vai existir sempre mais despesas que receita.
Quando tiverem coragem de alterar os estatutos para que a direção seja remunerada e ter de estar presente a tempo inteiro para ser responsabilizada pelos sócios, os problemas começam-se a resolver.
Vejam o exemplo dos PIONEIROS aqui bem perto.

Cumprimentos,

Anonimo mas pouco.