quarta-feira, maio 25, 2022

Directores profissionais na ARCOR?! Sugestão de um «anónimo mas pouco» !


Vista aérea da sede e centro social da ARCOR

Cortejo de angariação de fundos mobilizou
o povo óisdaribeirense em 2002. Há 20 anos!
ARCOR colaborou com
a... ARCOR em 2002 !


Um veterano arcoriano de Óis da Ribeira que se assumiu como «anónimo mas pouco», veio ao d´Óis Por Três comentar que, e citamo-lo, «para resolver definitivamente o problema da ARCOR, temos de agir na raiz dele». Assim disse e propõe que «a direção seja remunerada».
O comentário é já de 18 de Maio, há uma semana, e, achando-o muito curioso, fizemos por identificar o «anónimo mas pouco», desmistificando a sua origem.  Acrescenta, o comentarista que «enquanto os estatutos não forem atualizados, com todas as exigências necessárias, não se consegue inverter as contas».
Estatutos que foram, como diz e concede o perclaro associado, «criados na fundação da instituição e serviram durante todos estes anos, e muito bem».
O «anónimo mas pouco» tem experiência de gestão profissional e associativa e sustenta, no seu comentário, que, enquanto tal não acontecer (a sugerida alteração de estatutos), «vai existir sempre mais despesas que receitas».
«Quando tiverem coragem de alterar os estatutos, para que a direção seja remunerada e ter de estar presente a tempo inteiro para ser responsabilizada pelos sócios, os problemas começam-se a resolver», proclama o «anónimo mas pouco», que até indica «o exemplo» de uma IPSS (...) aqui bem perto».
Confessamo-nos surpreendidos.
Então se o quadro de pessoal já custa 360 000 euros por ano, em quanto iria aumentar a massa salarial se os dirigentes passarem a ser remunerados? 
Não se avoluma e piora a despesa?
Ou, ao serem remunerados (os 5 directores?, ou um, ou dois, ou três, ou quatro?!), serão portadores de algum pó de perlimpimpim milagreiro, que seria o remédio para «aliviar» os mais de 303 000 euros acumulados em 6 anos de défices consecutivos?
Francamente, não vemos como.
Gostaríamos que explicasse como. Fica o desafio e faremos a sua publicação.
Se o pó de perlimpimpim tiverem, bastará que o apliquem! E já!
O logradouro norte do centro social da ARCOR

Não há receitas para
cobrir as despesas ?!

O d´Óis Por Três não tem responsabilidade alguma neste somatório de défices arcorianos, por isso esta á vontade para manifestar a sua estranheza relativamente à peregrina ideia do «anónimo mas pouco».
Não compreendemos, na verdade, a solução que apresenta, sem, por exemplo, indicar como, sendo remunerados, iriam 
A entrada o centro social da ARCOR.
O salão cultural ao fundo
(vão) os  remunerados dirigentes arcorianos «disfarçar» a conhecidíssima  falta de realização de fundos, que fomenta, acrescenta e multiplica dívida - justamente porque não angaria fundos. Não tem receita para cobrir despesas.
Com todo o respeito pela sugestão do «anónimo mas pouco», consideramo-la insuficiente, imprudente e incontinente. Não será, e isto somos nós a dizer, solucionadora de qualquer problema que tenha a ver com criação de receitas.
A nossa opinião é obviamente retórica, opinião de quem fala de fora e não conhece suficientemente o modelo de gestão dos últimos 6 anos, modelo que levou a instituição ao que levou. Certamente que o «anónimo mas pouco» melhor saberá do que fala. E até de défices anteriores aos destes últimos 6 anos.
Já no relatório de 2010 e relativamente às contas de 2009, o conselho fiscal elaborou um relatório complementar, no qual  destacava que, e citamos, «a evolução dos custos acentuou-se, sem que houvesse contrapartidas em termos de receitas que fizessem cobrir esta evolução negativa».
«As receitas tiveram um crescimento bastante inferior àquele que os custos tiveram», sublinhava o relatório complementar do conselho fiscal presidido por Armando Ferreira.

Bom tema para intensa, 
responsável e apaixonada 
discussão arcoriana!

O d´Óis Por Três sublima a peregrina ideia do 
«anónimo mas pouco» e, se nos é permitido, sugere que a leve já..., já..., já... à próxima assembleia geral.
Seguramente, será um bom tema para uma intensa, responsável e apaixonada discussão associativa.
Na verdade, sendo certo que semear silêncios é o mesmo que multiplicar as armadilhas que ferem, diminuem e fragilizam instituições, o melhor é levantar... questões. Analisá-las e discuti-las! Por mais surpreendentes e estranhas que sejam.
Já que, por todos estes anos deficitários, tudo foi aprovado. 
- NOTA: O d´Óis Por Três, por opção, não publica e muito menos destaca a esmagadora maioria comentários que nos chegam - no geral, ofensivos e tendenciosos. Abre esta excepção, por três razões: a sua (im)pertinência, a oportunidade e identidade autoral.

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