sexta-feira, novembro 18, 2005

A TUNA DOS MAIS DE 100 ANOS


Lemos e vamos copiar, com uns cortes aqui e ali, que o espaço não dá para tudo. Falamos da ASSOCIAÇÃO MUSICAL TUNA DE OIS DA RIBEIRA, a mais antiga instituição de Ois da Ribeira, herdeira de tradições que os contemporâneos honram o melhor que sabem. E sabem bem!!!




Jantar comemorativo a 26 de Novembro
TUNA RIBEIRENSE
EM FESTA DO 108º. ANIVERSÁRIO
Escola de música é o futuro da Tuna, mudança de sede e novo fardamento


A Tuna de Ois da Ribeira terá sido constituída nos últimos anos do século XIX. No entanto, só terão merecido destaque na imprensa local nos primeiros alvores do século XX. Inicialmente dirigida porJacinto Matos, ferreiro, seguiu-se o filho, Óscar de Matos. E agora o neto, Carlos - o Bigodes. O bisneto, Hostilino, é o presidente da direcção, tudo em família.
É ele quem dá a entrevista, que, com uma poda aqui, uma poda acolá,
agora plagiamos com a devida vénia:


SP: Que balanço que faz de 108 anos da Tuna de Ois da Ribeira?
HM: A instituição tem uma grande história e temos a certeza de que quem a fundou estará orgulhoso daquilo que é feito actualmente. A história fala por si. A Tuna teve uma interrupção entre 1962 e 1993 e foi reactivada a 28 de Novembro, sob a batuta de Carlos Matos, que se tem mantido maestro.

SP: Como decorreu o ano artístico de 2005?
HM: Penso que foi muito bom. Em 2004, a Tuna teve 21 actuações e, este ano, já vamos nas 25. E só estou a contabilizar as que são pagas. Ainda no domingo passado (dia 6) fizemos uma actuação sem nada receber. Todos os anos temos uma média de 25 a 30 actuações.

SP: As instalações da Tuna trabalha são boas?
HM: A sede foi inaugurada em Setembro de 2001 e vai servindo para as nossas actividades, com menor ou maior dificuldade.

SP: Fala-se numa eventual mudança de instalações?
HM: É verdade. Temos como objectivo a mudança de sede, mas é um assunto do qual ainda não podemos falar, até porque falta definirmos o espaço.

SP: Quantos músicos tem a Tuna?
HM: Neste momento, temos 22: três flautas, um trombone, dois clarinetes, um sax barítono, quatro saxofones alto, três sax tenor, dois trombetes, duas tubas, três percussão e também um sax profano.

SP: Qual é a situação actual da escola de música?
HM: As aulas começaram em finais de Setembro. Temos oito alunos, mas o nossoobjectivo é chegar aos 12. A escola de música é o futuro da Tuna e esperamos que continue a ter muitos jovens interessados.


SP: A actividade da Tuna não se resume apenas à música...
HM: Não, temos outras coisas. Por exemplo, iniciámos as marchas populares em Ois da Ribeira, com a colaboração da ARCOR. É um evento anual,e que começou em 2002. É uma outra maneira de fazer cultura. E a adesão tem sido muito grande.


DIGRESSÃO AO LUXEMBURGO
E GRAVAÇÃO DE CD


SP: Qual foi o grande momento dos 108 anos de história da Tuna?
HM: Sem qualquer dúvida, a digressão ao Luxemburgo em 2002, para actuar no Dia de Portugal e das Comunidades. O convite foi do Comendador José Trindade, mas a viagem só foi possível graças ao apoio da Câmara Municipal de Águeda e particularmente do seu vice-presidente, José Elói Correia.

SP: Em 2005, a Tuna Ribeirense teve outros momentos marcantes?
HM: Sim. Fizemos um grande esforço para a gravação do primeiro CD "Murmúrios da Pateira". Conseguimos esse objectivo e, para a história, fica um trabalho discográfico que marca a vida da instituição. É um CD com 18 temas, gravado em Maio e que foi apresentado na semana cultural.

SP: Como tem sido a reacção do público?
HM: Temos vendido alguns CD's. Custa, cada um, dez euros e mandámos fazer 1 500 cópias. Foi um grande investimento, mas que era absolutamente necessário. Temos recebido solicitações de ribeirenses no estrangeiro, a quem o enviaremos. Creio que é claramente uma aposta ganha da Tuna.

SP: A Tuna realizou, pela primeira vez, em Setembro, uma "Semana Cultural". Como é que correu?
HM: Foi uma estreia na realização de um evento do género. Tivemosa actuações da Orquestra Juvenil da Banda Nova, do grupo musical "Magma" e do Grupo Folclórico e Etnográfico de Fermentelos. A adesão foi fantástica e as nossas melhores expectativas foram superadas, pelo que é evento para repetir em 2006.


ADESÃO AO ANIVERSÁRIO
E NOVO FARDAMENTO


SP: Aproxima-se o jantar de aniversário da Tuna. Espera muita adesão?
HM: Convidámos todos os ribeirenses e amigos. A Tuna só tem 172 sócios e o nosso objectivo é aumentar este número, se possível já no jantar de aniversário.

SP: Já leva oito meses de mandato. Que balanço faz?
HM: Temos sido bem recebidos pelos ribeirenses e amigos. Ainda ninguém nos fechou as portas e continuaremos a contar com esse apoio. Um dos objectivos do mandato era a gravação do CD e o novo fardamento, um investimento de alguns milhares de euros, que será estreado no aniversário.



PROGRAMA DA FESTA

O programa das comemorações do 108º. aniversário da Tuna é o seguinte:

* Dia 19 (sábado): Arruada pelas ruas da freguesia.

* Dia 20 (domingo): Missa em honra de Santo Adrião, padroeiro da paróquia, e romagem ao cemitério, de evocação de músicos, dirigentes e associados já falecidos (9 horas).

* Dia 26 (sábado): Jantar comemorativo, a partir das 20 horas.

* Dia 27 (domingo): Actuação da Orquestra Juvenil da Casa do Povo de Águeda (15 horas).



A TUNA EM 1930, em cima, da esquerda para a direita: Óscar Pereira de Matos (maestro), Serafim Maria dos Reis, David Soares dos Santos, Manuel dos Santos Ala de Resende (Neca, com a bandeira), Manuel Carvalho e Costa, Edmundo Reis, Abílio Viegas e José Maria Framegas.
2ª Fila, sentados:Aires Carvalho Santos, José Maria Soares da Costa, Virgilino Carvalho Santos, Fernando Pires Soares.
3ªFila, sentados no chão: José Neves da Maia, José Pires Ferreira dos Reis, Alberto Henriques de Almeida.

Texto copiado, plagiado e podado do jornal Soberania do Povo
de 18 de Novembro de 2005. Com a devida vénia.

2 comentários:

d´OIS POR TRÊS disse...

Conceição: A Tuna assume 1897 como o ano da sua fundação.

d´OIS POR DOIS disse...

GOSTAVA DE SABER SE ALGUNS DESTES MÚSICOS SÃO VIVOS, TAMBÉM JÁ TERÁ DE SER PESSOAS MUITO VELHAS, MAS GOSTAVA DE SABER.