sábado, agosto 31, 2019

Um ano atípico e «saldo-average» de 20 e tal mil dinheiros!...

O mundo sempre a rodar...
... e o dinheiro a faltar!

O Concílio Geral reuniu as Cortes pa-
ra observar o «saldo-avera-
ge» do Reino, ouvindo con-
selheiros e demais pro-
curadores do conhecimento sobre o primeiro sexteto de meses do ano e planear o futuro mais pró-
ximo dos mais jovens.
«Salvé, Senhor.... O que quereis vós, então, dizer sobre a matéria que aqui nos traz, sobre os dinheiros que governam o Reino e alimentam vossos planeados orçamentos? Está aberta a sessão...», procla-
mou o presidente do Concílio Geral, com um ligeiro tossiquilho a embargar-lhe a voz.
Decorreu um breve período, um gélido silêncio, e ajeitando-se o Conselheiro Executivo Maior no trono, cofiou as nobres barbas e foi dizendo, algo seráfico: «O que aqui nos traz, sapientes conselheiros e brilhantes procuradores, é falar-vos das tentações que desbarataram o plano que honradamente aqui expusemos e consabidamente vocências aprovaram para este ano, um ano de novo atípico, em que se fez sol quando devia fazer-se chuva e chuva se fez quando deveria fazer-se sol».
Tossiu mais um pouco, pigarreou, compôs o colarinho e continuou o já muito olhado Conselheiro Executivo Maior: «A carta orçamental, os créditos que projectámos, os planos que fizemos, os bondosos desejos que a anunciámos, os projectos que riscámos e planeámos, sempre e unicamente a pensar no futuro do nosso Concílio associativo, tudo isso foi quase tudo por água abaixo», disse, porventura taciturno e a dobrar e redobrar as folhas A4 que suportavam os apontamentos da sua homilia.
Até, assim parecia, algo nervoso e abaixar-se para cochichar algo com o conselheiro das finanças. E continuou:
«Isto era um plano magnífico, extraordinário e absolutamente realista, pensado e repensado por mim e outros sábios do meu Concílio, aliás, e de resto, superiormente aprovado pelas Cortes que tão brilhantemente vocências integram. Ademais, até vos diria que não fora o ano atíp...»
«Ó homem, deixe-se lá de conversa e diga-nos lá é que contas quer mostrar do semestre; é isso que aqui nos traz...», comentou um dos conselheiros, já pouco paciente e com cara de poucos mas mesmo muito poucos amigos.
«Peço ponderação aos senhores conselheiros», interveio o presidente do Concílio, tamborilando o tampo da caneta na mesa presidencial e apontado para o mariano líder, que apertava o dedo indicador contra a orelha direita.
Ave do euro voa, voa...
«Pois em verdade, verdade vos digo que este ano foi um ano muito atípico, o que foi uma grandíssima e ingrata surpresa para nós. Até tínhamos previsto umas coisas muito bonitas, deveras abrilhantadas, de resto, por gente da maior do Reino Geral e o mês de Janeiro até ia a correr muito bem, com muita gente da grande Corte a participar no banquete do festim e a dizer de nós coisas muito bonitas, assaz jolies e muito, muito  interessantes, tanto que até me emocionei...», ia a dizer o grande líder do Conselho Mariano, interrompido por voz grossa e nervosa, recalcitrante.
«Deixe-se mas é de tretas e diga-nos lá é qual é o «saldo-average» do semestre», indagou um conselheiro, quase a cuspir as palavras,
«É como se vê e eu digo, como disse..., está tudo contra. Já não bastava o ano ser atípico, eu diria que até biatípico..., diria mesmo que triatípico..., um ano inesperado e ainda nos põem questões assim atípicas, num ano em que dinamizámos duas mãos-cheias de novos eventos, todos eles potencialmente geradores de receitas adicionais, para garantir uma realidade financeira equilibrada e confortável, mantendo a capacidade de sustentar projectos a médio e longo prazo...», ia a dizer, assim dizendo... e fazendo-se ouvir, o mariano conselheiro maior, até a falar com alguma transversal soberba.
De novo interrompido:
«Deixe-se lá de conversa fiada e fale de números...», sugeriu um já bem abespinhado Conselheiro, continuando, de supetão: «Não vimos aqui para ouvir paleio fiado...».
... que lá por aquele reino
não anda coisa boa! 
«Fiado, fiado... pois fiado não temos nada..., nada, nada, mesmo nada... É tudo pago com os dinheiros religiosamente guardados desde o princípio deste século por quem nos antecedeu na presidência do Concílio Executivo. Mas deixem-me recordar-vos que este ano foi um ano muito atípico, eu até acrescentaria que biatípico..., diria mesmo que triatípico..., e que, apesar do fio condutor do nosso planeamento orçamental, que assentou em três pilares fundamentais e visava a sustentabilidade do nosso Reino, tão atípico foi o ano que...», ia a dizer, até entusiasmado com o que  ouvia dele mesmo, o proclamado líder. 
De novo, todavia, e de alta voz interrompido:
«Fale de uma vez e de números! Números!!! Núúúúúmeroooos!», proclamou um conselheiro, já de tez bem irritada e rugas a parirem-se-lhe na testa.
«Pois, sendo atípico o ano, como vos tenho dito, diria até biatípico..., ou mesmo que triatípico..., não houve forma de, honrando esta nobre casa, ter saldo-average positivo, mas até antes pelo contrário, as contas...».
«Quanto, quanto?.... Desembuxe lá os números...», proclamaram vários conselheiros.
«Pois eu diria, sei lá... uns atípicos 20 e tal mil dinheiros negativos, o que se compararmos com os juros negativos que o Estado paga, até é muito bom...», respondeu a mariana e presidencial figura, olhando de soslaio o conselheiro das finanças: «São uns atípicos 20 e tal mil dinheiros, não é assim?». 
«E quanto ao outro sexteto de meses do ano, o que projectam?», perguntou outro conselheiro, a cofiar o bigode e com cara de amigos poucos.
«Olhe, pois... e 20 e tal mil,  nos primeiros 8, pronto... é fazer as contas..., fazer uma média a subir... sei lá, faça as contas», respondeu o seráfico presidente do concílio executivo
O bruáááááá... do concílio geral ouviu-se de tão notório, mas foi  interrompido por nova pergunta, já muito mais agreste: 
«E a tal sustentabilidade infantil?», embaraçou uma outra conselheiral voz, de impertinente e provocante conselheiro.
«O nosso fio condutor, e, se me permitem, lembrando que na verdade estamos num ano muito atípico, diria até que biatípico..., ou mesmo triatípico..., o nosso fio condutor assenta no nosso plano anual, por vocências aqui aprovado, pelo que disso falaremos em tempo próprio...», concluiu a presidencial figura, já com algum enfado. E irritado.


sexta-feira, agosto 30, 2019

José Resende nasceu há 114 anos, neto de mulher que foi líder política!

O casal Ana/José Resende e os filhos Paulo Augusto e Maria 
Laura, com o tio padre José Bernardino, em foto de 1944


O ribeirense José dos Santos Ala de Resende foi proprietário da casa apala-
çada da Rua Benjamim Soa-
res de Freitas e nasceu há 114 anos, a 29 de Agosto de 1905.
Empregado de escritório no Porto e depois empresário comercial em Angola, para onde foi «chamado» pelo sogro Manuel Maria Tavares da Silva, era filho de Manuel Maria Ala de Resende, natural de Águeda e comerciante em Óis da Ribeira, e de Bernardina Tavares dos Santos Silva, irmã do padre José Bernardino Santos Silva, ambos de Óis da Ribeira
Avós paternos, de Águeda, foram Manuel Dias Cura Resende e Maria Augusta de Lemos. Maternos e de Óis da Ribeira, foram Manuel Tavares Duarte (que era natural de Fermentelos) e  Maria José dos Santos Silva - filha do cirurgião José dos Santos Silva e que se notabilizou como chefe política de Óis da Ribeira, em finais do século XIX, liderando o Partido Progressista.
A casa da Família Resende

A Família Ana
e José Resende !

José dos Santos Ala de Resende casou com Ana Tavares Estima, a 16 de Junho de 1930, e o casal teve dois filhos, ambos já falecidos: Paulo Augusto e Maria Laura Tavares Resende, licenciada em farmácias e mãe de João Paulo Resende Gomes - há poucos anos presidente da Arcor.
O casal Resende adquiriu a casa apalaçada (foto) que no início do século foi construída por Manuel Filipe Soares, aos seus herdeiros. Actualmente, é propriedade do neto João Paulo.

Ana Tavares Estima Resende faleceu a 4 de Agosto de 1981, dei-
xando viúvo José Resende, que faleceu a 25 de Dezembro, em dia de Natal de 1983. RIP!!!

quinta-feira, agosto 29, 2019

A assembleia geral extraordinária da Arcor.

Presidentes da Arcor em Agosto de 2019: Mário Marques, da direcção e tesoureiro da
anterior (à esquerda) e Manuel Soares, da AG e presidente da anterior (à direita)
A Arcor no Agitágueda 2019

A direcção da Arcor, presidida por Mário Mar-
ques, no seu legítimo direito e por opção segu-
ramente respon-
sável, declinou,
no âmbito das suas competên-
cias, o pedido de
informações fei-
to pelo d´Óis Por Três, no intuito. óbvio, de «aju-
O email do presidente da Arcor
dar a preparar a assembleia geral extraor-
dinária da Arcor de 30 de Agosto de 2019».
Entenda-se isto, muito naturalmente, por procurar sensibilizar os associados e amigos da associação para (ver adiante) os dois delicados pontos da agenda de trabalhos da dita AG, convocada para a noite de amanhã e pelo presidente Manuel Soares dos Reis e Santos, da assembleia geral e anterior presidente da direcção. 
Ninguém ajuda, sem saber o quê. E porquê!
«Eu, Presidente da instituição, venho por este meio comunicar que, após discussão com os restantes membros da Direção, e já sendo prática em comum, para um bom funcionamento, qualquer informação ou  documento não será facultado a não ser em sede própria e sendo sócio da instituição com  as quotas regularizadas à data», respondeu Mário Marques, que foi tesoureiro da Arcor nos dois mandatos anteriores (4 anos, 2 mais 2), em email enviado ao d´Óis Por Três e com conhecimento à vice-presidente Teresa Cardoso, ao secretário Rui Fernandes, ao tesoureiro Joel Gomes e ao vogal Carlos Pereira.

O que perguntou
o d´Óis Por Três ?

O d´Óis Por Três, em epístola em tempo útil enviada, ao órgão executivo arcoria-
no, comentou que «gostávamos e pedi-
mos a v/ colaboração para informarmos a massa associativa» sobre os dois pontos da agenda de trabalhos. 
O objectivo, claramente, era sensibilizar associados e amigos da Arcor para o momento que a convocatória denuncia.
Os seguintes pontos, com as respectivas  subquestões:
1 - Qual é o saldo da execução orçamental até 30/06/2019?
     1.1 - Que factores contribuíram para este resultado?
     1.2 - Que estratégias dinamizou a direcção para alterar o resul-
tado negativo de 2018, contabilizado e aprovado em assembleia geral e de 79 417,17 euros?
     1.3 - O que (não) se concretizou, do plano de actividades e or-
çamento de 2019?
     1.4 - O que planeiam realizar, ordinária ou extraordinariamente, até final do ano operacional de 2019?
2 - O que pensa e vai expor a direcção sobre a viabilidade e sus-
tentabilidade das valências relativas à infância? 
     2.1 - Vai propor, parcial ou totalmente, o fecho destas valências? E quais?
    2.2 - Vai propor medidas especiais para as dinamizar e ampliar?
O presidente Mário marques
e o tesoureiro Joel Gomes

Os direitos da
direcção da Arcor

A direcção da Arcor, obviamente, tem o irregateado direito de não responder a estas, ou quaisquer outras questões do d´Óis Por Três.
Como bem (ou mal) diz o executivo de Mário Marques, «qualquer informação ou documento não será facultado, a não ser em sede própria e sendo sócio da instituição com as quotas regularizadas à data».
Tem toda a razão e não é ao d´Óis Por Três, obviamente, que obri-
gatoriamente deve explicar os anos atípicos e os negativos resul-
tados operacionais da sua governação!
Sobre isso, ponto final.
Sede própria, já agora, é a Assembleia Geral, que, como se sabe, é quase sempre minimamente participada. Por vezes, nem por todos os eleitos dos órgãos sociais. Na Arcor, infelizmente, como em muitas outras instituições.
Atipicidade arcoriana

Os anos atípicos e
os 40 anos da Arcor

A Arcor comemorou 40 anos, alegre-
mente e em festa, levando a palco as personalidades que por bem achou. Foi a 27 de Janeiro de 2019 e encheu as mesas do festim.
A última AG da Arcor foi a 29 de Março de 2019, loguinho, logui-
nho depois destes festivos 40 anos, e já não «atraiu» tanta gente (oh!!!..., oh!!!...), aprovando o prejuízo de 79 417,17 euros, relati-
vamente ao chamado ano atípico de 2018. 
Teve participação de 8 associados. E nem sequer todos os actuais eleitos dos órgãos sociais.
O que o d´Óis Por Três pretendeu, com as questões postas à di-recção presidida por Mário Marques (rever acima) e sem querer meter foice em seara alheia, foi mobilizar associados e amigos da instituição para este momento arcoriano.
Por isso mesmo, pediu «os esclarecimentos que entendam úteis». E úteis seriam para quem quer ser solidário com a Arcor e os seus órgãos sociais.
Entendeu a direcção da Arcor não os facilitar, com ou sem esta utilidade, e está no seu direito. Talvez esta decisão, este secretismo, este evidente autismo, ajude a entender o crescente isolamento da instituição, relativamente a muita gente que a ajudou a crescer.

quarta-feira, agosto 28, 2019

Óis da Ribeira, há 191 anos, apoiou D. Pedro IV!

O jornal «O Analista» noticiou a adesão de Óis da Ribeira a causa de D. Pedro IV
D. Pedro IV
Jornal «O Analista» e ÓdR

A Câmara de Óis da Ribeira foi uma das que, a 26 de Agosto de 1828, há 191 anos, apresentou um Auto de Re-
clamação para receber e distri-
buir armas, com o objectivo de formar um corpo regular de apoio ao Rei D. Pedro IV, cujo trono tinha sido usurpado por D. Miguel, seu irmão mais novo e após a morte de D. Maria II.
As autoridades óisdribeirenses do tempo e segundo o jornal «O Analista» daquele dia, eram fiéis à, e citamos, «Legítima Autoridade do Senhor D. Pedro IV» e por isso mesmo dispostos «a marchar contra os inimigos da justa causa», nomeadamente os que (não fazemos ideia quem) serviram na Guerra Peninsular e na Campanha de Montevidéu.
D. Pedro IV de Portugal (e D. Pedro I do Brasil) era defensor do liberalismo e apoiado por uma Junta Provisória, encarregada de manter a sua «legítima autoridade», mas que era contestada por sei irmão, o Infante D. Miguel, promotor do absolutismo.

terça-feira, agosto 27, 2019

A limpeza da pateira e os protocolos com as Juntas de Freguesia...

O primeiro protocolo para a limpeza da pateira foi assinado pelos presidentes Fernando
 Pires (Junta de Freguesia de Óis da Ribeira), Sesnando Reis (Requeixo), Teresa Fidélis da
Silva (Hidrográfica do Centro),  Gil Nadais (Câmara de Águeda), Carlos Nolasco (Fermen-
telos) e Manuel Campos (Espinhel). Em Junho de 2010, há mais de 9 anos!
O segundo e último protocolo, em Maio de 2011:  Fernando
Pires, Sesnando Reis, António Cunha (Hidrográfica do Cen-
tro), Carlos Nolasco e Manuel Campos
O anterior presi-
dente da Junta de Freguesia de Fer-
mentelos, a pro-
pósito da limpeza dos jacintos, de que agora tanto se fala, veio lem-brar que há mais formas de os tirar para além do uso da ceifeira «Pato Bravo». 
«Não esqueçamos que nem só a cei-
feira pode retirar jacintos. Ficou provado que ou-
tros meios são eficazes na ajuda da limpeza dos jacintos na pa-
teira, assim o quisesse a APA e para tal colaborasse», disse Car-
los Nolasco, é ele quem citamos, afirmando-se «mais descansado com as afirmações do sr. Presidente da Câmara», garantindo que a ceifeira não sairá da pateira sem que esta esteja limpa.
Prudentemente, «comenta» Carlos Nolasco que, em desejo, a promessa camarária «seja para cumprir» e lembra que «nem sempre a limpeza dos jacintos na pateira é feita devidamente e nos sítios mais indicados para a remoção dessa praga».
«Não esqueçam que nem só a ceifeira pode retirar jacintos. Ficou provado que outros meios são eficazes na ajuda da limpeza dos jacintos na pateira, assim o quisesse a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e para tal colaborasse», disse Carlos Nolasco, referindo-se aos protocolos assinados em 2010 e 2011 (ver adiante) com as 4 Junta de Freguesia da pateira - Óis da Ribeira, Espinhel, Fermentelos e Requeixo.
As assinaturas do
primeiro protocolo

O último milagre
dos milagres...

A questão dos jacintos da pateira tem justificado muitas reflexões, mais ou menos apaixonadas e mais ou menos favoveis a quem tem a obrigação da sua limpeza. Depende só da cor partidária.
Todos nos lembramos o que muito se falou e empolou sobre as virtu-

des milagreiras da draga, depois  denominada ceifeira «Pato Bravo», que o poder municipal aguedense, através da sua central de propa-
ganda, fez (e faz) crer ser o último milagre dos milagres. 
O grande milagre, verdadeiramente só ao alcance de grandes homens públicos, de seres geniais e outros etc´s. e tais.
Pois bem, começou isto em Setembro de 2006 (ver AQUI), e, por aí fora e nos após..., quantas e tantas loas e rimas exaltaram as vir-

tudes dos autarcas municipais, embriagando o povo eleitor com as mais inusitadas inverossimilhanças e panaceias.
A draga, ou a ceifeira, é que é... Aleluia, a-le-lui-aaaaaa!
Só que a pateira, como todos sabemos, e sabemos bem, todos os anos continua(ou) a ter jacintos. A pateira tem jacintos todos os anos, todos os meses e todos os dias.
A draga milagreira

Protocolos com a Região
Hidrográfica do Centro

Vamos a coisas reais: a 30 de Junho de 2010, a Administração da Região Hidrográfica do Cen-

tro (ARHC, a antiga Hidráulica do Mondego) outorgou um contrato de parceria com as Juntas de Freguesia ribeirinhas da pateira - Óis da Ribeira, Requeixo, Fermentelos e Espinhel - para «acções de limpeza dos jacintos de água e reabilitação da pateira». O contrato goi assinado, com pompa e circunstância, no dia 30 de Setembro do mesmo ano (ver foto, a primeira).
O acordo foi renovado em Maio de 2011 (foto a seguir), com as mesmas Junta de Freguesia de Espinhel, Fermentelos, Óis da Ribeira e Requeixo e também para «a limpeza dos jacintos e reabilitação da pateira». Todavia,  não foi renovado e acabou por ser extinto - disso se queixando os respectivos autarcas.
Ao tempo, cada uma das 4 Juntas de Freguesia recebeu 3200 euros, em 4 meses, para proceder à vigilância e remoção manual dos jacintos, como acção preventiva. 
O objectivo era erradicar os jacintos, como enfatizou António Cunha, que representava a ARHC, na altura da assinatura dos protocolos e frisando que «a parceria de há um ano foi um sucesso, razão porque se repete».
Todos os quatro presidentes se manifestaram satisfeitos com a renovação do protocolo. Falamos de Carlos Nolasco (Fermente-

los), Manuel Campos (Espinhel), Fernando Pires (Óis da Ribeira) e Sesnando Reis (Requeixo). Extinto o protocolo, as 4 Juntas de Freguesia ribeirinhas da pateira deixaram de fazer a referida lim-
peza e todos os anos é o que se sabe. 
Há mais de 8 anos!
A notícia da proposta

Câmara PS/Juntos
chumbou apoio às Juntas


O anterior presidente da Junta de Freguesia de Fermentelos, Carlos Nolasco (ver AQUI), em Fevereiro de 2016 e sempre atento ao problema da pateira, lembrou que a Câmara Municipal de Águeda, então presidida por Gil Nadais e sua vereação socialista - os actuais juntistas Jorge Almeida, presidente, e vereadores Edson Santos, Elsa Corga e João Clemente... - chumbara uma proposta de Paula Cardoso (PSD) para apoiar as Juntas de Freguesias ribeirinhas, para que estas continuassem o seu programa da limpeza dos jacintos.

A então vereadora propusera ao execu-
tivo camarário a atribuição de um sub-
sídio mensal de 800 euros a cada uma das três freguesias de Águeda (Espinhel, Fermentelos e Óis da Ribeira) «em troca da limpeza das margens da pateira». Os mesmos 800 euros que cada uma recebera pelos 4 meses do ano protocolados com a ARHC
«Foi há dois anos, mas hoje continua a ser importante um apoio especial à Junta e Uniões de Juntas Ribeirinhas para co-

laborarem na limpeza da pateira e suas margens!», comentou Carlos Nolasco, um dos subscritores dos protocolos de 2010 e 2011, intervindo na Assembleia Municipal de Águeda, em Fevereiro de 2016.
Perdeu o seu tempo, com todos sabemos.
O poder municipal fez ouvidos de mercador.
O sugerido apoio era (é) importante. Sem quaisquer dúvidas. Mas foi «chumbado» pelo poder político camarário de há pouco mais de 3 anos. Poder que, por singular coincidência, é precisamente quase o mesmo que está em exercício! Menos Gil Nadais.
Carlos Nolasco disse bem. E bem sabia do que falava! Só que não foi ouvido! O poder é surdo, muitas vezes! Quando lhe convém!

segunda-feira, agosto 26, 2019

Ceifeira não sai da pateira sem a limpar de jacintos...

A draga na pateira e, segundo o presidente da Câmara, «o melhor pôr do sol do mundo...»
O cão-pescador...

O presidente da Câmara Municipal de Águeda ga-rantiu que «a ceifeira «Pato Bravo», «não sairá da pa-
teira enquanto não proceder à limpeza dos jacintos que se encontram em Óis da Ribeira, Espinhel e em Fermentelos».
Acrescentou o autarca que tal acontecerá «desde que os níveis de água o permi-tam» e que «só depois o Mu-
nicípio estará disponível pa-
ra atender o pedido de apoio da Agência Portuguesa do Ambiente» - neste caso para a limpeza do Rio Sorraia, no território dos municípios de Benavente e Coruche.
Poeticamente, digamos assim, o presidente Jorge Almeida, da Câmara Municipal de Águeda, comenta que esteve no dia 24 de Agosto em Óis da Ribeira a «ver o mais bonito Por do Sol do mun-
do» e que, citamo-lo, «encontrei o «Pato Bravo», a ceifeira aquá-
tica da Câmara Municipal de Águeda, que anda por lá sozinha, a recolher jacintos de água».
Concluindo que «o mundo é maravilhoso», conclui o poético pre-
sidente camarário aguedense que «imaginem, ... encontrei tam-
bém um cão pescador!!!». O da imagem, que (como a do pôr-do-sol) copiámos da sua página oficial de facebook.

Quem fala verdade sobre a draga «Pato Bravo» da pateira?

A draga na pateira em imagem da União de Freguesias e TravassÓis
A notícia do jornal «Expresso»

A informação não anda sempre «casada» com a verdade, a ter em conta o que este último fim de semana se diz sobre a draga camarária que (supostamente) irá relimpar a pateira de jacintos.

1 - Notícia o órgão oficial da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira que, e citamos, «a ceifeira aquática da Câmara Muni-
S. Neves
cipal de Águeda regressa à pateira para trabalhos de limpeza da praga dos jacintos».
A notícia foi presumivelmente elaborada pelo presidente Sérgio Neves (ou, pelo menos, é o seu responsável editorial), foi publicada na página de facebook e é das 12,28 horas do dia 24 de Agosto de 2019, sábado passado (anteontem, precisamente).
É acompanhado de várias fotos (como a que acima se vê), testemunhando a presença da draga nas águas da pateira, precisamente na margem próxima do coreto e do hangar de canoagem da Arcor, em Óis da Ribeira - como, de resto, se pode confirmar pela placa de (des)embarque dos canoístas do clube.

Jornalista do
«Expresso»
2 - Noticia o jornal «Expresso», a 23 de Agosto de 2019, ás 16,49 horas, que, e citamos, «a acção de limpeza da planta que infestou o rio Sorraia começa na próxima semana». 
A próxima semana começou já ontem e a notícia, assinada pela jornalista Carla Tomás, garante que o plano de remoção é coordenado pela Agência Portuguesa do Ambiente, incluindo o uso de vários meios mecânicos, entre os quais uma ceifeira aquática - a «Pato Bravo», cedida pela Câmara Municipal de Águeda.
A notícia de Carla Tomás acrescenta que tal plano «não tem prazo para acabar» e explica depois que “Pato Bravo” é o nome da ceifeira aquática, cedida pela Câmara de Águeda, que vai ajudar os municípios de Coruche e de Benavente a remover a praga de jacintos-de-água que infestou este Verão o rio Sorraia. 

Qual é a notícia
verdadeira ?

A questão que se pode pôr é simples, a abrir: como a draga é só uma e não tem o dom da ubiquidade, não pode estar em dois lados ao mesmo tempo.
Não pode a draga «Pato Bravo» estar, simultâneamente, na margem da pateira em Óis da Ribeira e no Rio Sorraia - seja no município de Benavente, seja no de Coruche.
A pergunta é ainda mais simples e um desafio à curiosidade dos leitores: qual é a notícia verdadeira?
A da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira do presidente Sérgio Neves, ou a da jornalista Carla Tomás, do jornal «Expresso». 
- Notícia da Junta de Freguesia, AQUI
- Notícia do jornal «Expresso», AQUI

domingo, agosto 25, 2019

Dia 25 de Agosto, o da apanha do moliço na pateira...

A apanha do moliço na pateira exigia forte força braçal
A descarga nos portos era apoiado pelas mulheres

A apanha de mo-
liço na pateira foi tradição que a modernidade «matou», mas ainda é contempo-
rânea de muitos óisdribeirenses vivos.
O dia 25 de Agos-
to era sempre o da abertura da se-
gunda fase da campanha e os sinos de Fermen-
telos tocavam ao alvorecer, dando o sinal para os homens e as bateiras entrarem na água, com varas e ancinhos para a recolha do moliço, arrancado da pateira à custa de muita força braçal. 
O moliço, em OdR vulgarmente chamado estrume do ribeiro, era usado como fertilizante dos campos da 4 freguesias ribeirinhas, mas deixou de ser e também deixou de existir nas águas da lagoa.
A imagem que mostramos é dos princípios dos anos 60 do século XX, recolhida em algum pouso da net, e nela vemos já a descarga do moliço nos portos de OdR que eram «vendidos» pela Junta de Freguesia e para uso em prazos fixos. Para o efeito, afixava edi-
tais próprios e a taxa era de 2$50 (ou 25 tostões), qualquer coisa como 1,11 euros, segundo o conversor da Pordata.
Diferente era, naturalmente, o custo anual, fixado em 10$00 (dez escudos) - ou sejam, 4,43 euros a valores actuais. Digamos que as Juntas de Freguesia de Óis da Ribeira desses primeiros anos dos Anos 60 do Século XX não fariam fortunas com estas receitas.
Presidentes das Junta, foram, por esse tempo, Manuel Maria Tavares da Silva (de 2 de Janeiro de 1960 a 4 de Abril de 1962) e Armando dos Santos Ala de Resende, deste esta data e até 1972.
Carregamento do moliço para os campos

A apanha do moliço
na Emissora Nacional

 A tradição extinguiu-se em data indeterminada, mas, pela observação do site «Óis da Ribeira - Notícias, Curiosidades e Histórias», de Luís Neves (ver AQUI) realizou-se em 1989. Não sabemos se de-
A nota de serviço da Emissora Nacional
pois, mas pelo menos nesse ano.
A programação da Emis-
sora Nacional (a actual RDP) de 26 de Julho desse mesmo ano dava conta da emissão, às 15 horas, de um programa sobre essa actividade «na freguesia de Óis da Ribeira» e sendo «cerimónia tradicional da apanha das algas na pateira de Fermentelos».
A Emissora considerava que era «espectáculo único no género no País» e também explicava que «manhã cedo, ao toque da alvorada dum sino, centenas de barcos moliceiros entregam-se afanosa-
mente à recolha das algas, ate ao meio dia».
«Sucedem-se, então, com as refeições, danças e descantes regio-
nais, com grande animação até ao pôr do sol»», explicava a nota de serviço da Emissora Nacional, a agora a RDP.
Outros tempos!...

Hugo Costa, da Arcor, ambiciona pagaiar nos Jogos Olímpicos

Hugo Costa, paracanoísta da Arcor, com a camisola de Portugal no Mundial da Hungria
Hugo Costa com a camisola da Arcor

O paracanoísta interna-
cional Hugo Costa, atleta da Arcor, terminou a final B da prova de KL2 200 metros do Campeonato do Mundo de Velocidade e Paracanoagem na 8ª. po-
sição, como já aqui de-mos conta. O que, na prática (e ranking) cor-
responde a ser o 17º. melhor paracanoísta do mundo nesta especialidade olímpica.
«É muito bom competir com os melhores, principalmente para mim, que sou novo, com apenas três anos de canoagem, compa-
rado com eles», comentou Hugo Costa, em declarações à RTP, em directo da Szeged, na Hungria, e sublinhando que «estar aqui ao mesmo nível, já é muito bom».
O paracanoísta português da Escola da Arcor, e citamos o site oficial da Federação Portuguesa da Canoagem, assumiu o desejo de dar «o melhor para conseguir chegar a Tóquio 2020».
Todavia e apesar da enorme vontade demonstrada por Hugo Cos-
ta, quanto a marcar presença nas Olimpíadas do próximo ano, o técnico nacional, Ivo Quendera, prefere apontar a qualificação para os Jogos Paralímpicos de Paris 2024.