terça-feira, janeiro 31, 2017

Maria e António em bodas de ouro de casamento

O casal Maria Martins de Oliveira Martins e António Tavares da Conceição celebrou as bodas de ouro matrimoniais no passado domingo, anteontem, dia 29 de Janeiro de 2017. Casados, pois, há 50 anos, na mesma Igreja de Óis da Ribeira que agora lhe dourou o enlace.
O casal esteve emigrado em França durante alguns anos e teve dois filhos - António José e Fernando Jorge. E estes deram-lhe quatro netos, todos rapazes, dois de cada um. Um dos netos é Tiago Tavares, o canoísta internacional que é vice-campeão da Europa e campeão do mundo de C1 200 metros de sub-23.
Bons frutos deu o casal de ouro. Parabéns!
Fotos do facebook da Paróquia
de Óis da Ribeira

segunda-feira, janeiro 30, 2017

A santíssima família..., o se e o se!

A certidão de óbito da instituição pôs a santíssima família no tribunal supremo da opinião pública ribeirinha. Como assim e como assado, o que é e o que não é, a fúnebre pré-sentença do prestante orador teve o condão de acordar a comunidade. Então e se?

d´Óis Por Três (2x3): Então diz-se para aí que a santíssima família vai extinguir a instituição?! Se... não sei o quê?
d´Óis Por Dois (2x2): Parece que sim e assim proclamaram tio e sobrinho... Se até veio nos jornais, é porque é verdade.
2x3: Mas isso pode lá ser?!
d´Óis por Um (2x1): Claro que pode, se a santíssima família o diz...
2x2: Nem quero acreditar numa coisa dessas... Uma família tão dada à instituição, a esta e a outras! Mas realmente, se o dizes...
2x1: Pois acredita, se quiseres, mas se a santíssima família falou é porque sabe... E falou, tá falado. Extinga-se, pois!
2x3: Mas ouçam lá, então mas isso é mesmo assim, chega-se ali e dizem-se meia dúzia de lérias ao povão e toda a gente se cala? E mata-se a instituição?! Extingue-se? Eu nem quero acreditar!
2x1: Tal e qual... Assim foi dito e redito, solenemente e com ar grave, e assim será, provavelmente. Os santíssimos familiares dizem que a lei é assim e, pronto, nada a fazer... que se extinga a instituição. Se é que é essa a lei! Eu sei lá!... Já estou como o outro, desde que viu um porco a andar de bicicleta.
2x3: E não se esqueçam que a santíssima família sempre assim foi, mandona e sábia, poderosa, presidencial e senhora, até na política local, até na música...
2x2: Oh pá, eu nem quero acreditar que as pessoas, por muito santíssimas que sejam, possam pensar, quanto mais considerar extinguir a instituição, assim sem mais nem menos. 
2x1: Vai-te habituando, vai-te habituando..., as coisas mudam, até as pessoas mudam... E se não houver lista...
2x2: Se? Mas qual se?
2x1: Sim, se...


A santíssima família gosta muito de «ses», é especialista em «ses». 
Se não aparecer lista, 
se não houver eleições, 
se tiver de ser a coveira.

2x2: Então mas a instituição não está de saúde e cheia de massa? É o que se ouve dizer! Aqui, nestas coisas, pá..., não há se nem meio se: ou se está ou não se está de saúde!
2x1: Depende do ponto de vista. Se...
2x2: Não me venhas cá com ses..
2x1: Ó pá, se não houver lista, pronto, o que é que queres?, a santíssima família fecha a loja. O homem até disse que terá um dia triste, o mais triste da vida..., se tiver ele de ser o coveiro... O homem falava a sério, via-se bem como lhe doía a alma.
2x3: Shiiiiiii, pá..., tenham calma, pá... Se a santíssima família tiver coragem para fechar, se a fechar...
2x2: Não me venhas lá outra vez com essa história do se...


A santíssima família 
gosta muito do «se»
adora os «ses»,
o se é o sal da vida,
em tudo põe «ses»: 

- se a relação institucional não funcionar, 
- se não aparecerem candidatos,
- se a terra é assim tão rica que não precisa da instituição, 
- se não aparecerem pessoas com um tempinho para a  instituição, 
- se este é provavelmente o maior desafio da sua história,
- se não há pessoas para gerir uma instituição estável e equilibrada,
- se, idem, do ponto de vista económico e financeiro,
- se uma crise nesta altura é tudo o que a instituição não precisa,
- se é constrangedor ver o estado actual da instituição,
- se é um desgosto enorme ser o coveiro da instituição,
- se a lei diz que o destino é a extinção,

pois extinga-se o «se», 
esfole-se o «se» 
e ponha-se o «se» em lume brando...


Por esses «ses» todos da vida associativa, e outros que tais e tão «ses», é que, pensa o d´Óis Por Três de que..., se (outra vez?) se extinguir a instituição, se ressuscitará a morta para além dos deuses santíssimos e dela se fará o que sempre foi: do povo e não de dinastias que não são assim tão santificadas como isso.

2x3: Ó pá, fosga-se..., isso dos ses parece assim uma coisa tão mais absurda. Para que é tanto se, tanto se..., afinal, se uma relação se quer sempre apaixonada e duradoura?
2x2: Tás a ver, lá estás tu com os ses. Mas olha que isso das relações apaixonadas e duradouras é como quem diz..., já é chão que já deu uvas. E quanto à relação da santíssima família com a instituição parece ser como a dos casais novos: juntam-se para experimentar e logo se vê!
2x1: E viu-se o quê, neste caso? O se?
2x2: Se assim achas! Ó pá, aquilo foi mas é um momento menos bom que lhes deu e já andavam cansados de papéis. O santíssimo mais velho começou a chatear-se e deprimiu-se. Já estava farto de instituições, já não tem vida nem idade para certas coisas e assim como se separou das outras, quer agora separar-se desta. É assim uma espécie de divórcio, tás a ver?!
2x1: Se assim é, por que o faz de forma litigiosa? Iam a um bom advogado e faziam um acordo amigável...
2x3: Isso estaria muito bem, se esta «noiva» não fosse melhor que as outras. Se, tás a ver..., cá está mais um se. A vida é um mundo de ses.
2x2: Isso é tudo uma treta...
2x1: Se assim fosse, se fosse assim...
2x3: Não me venhas outra vez com o se...
2x2: O melhor é proporem uma adenda ao se...
2x3: Então adenda lá...
2x2: Se a santíssima família quer extinguir, então que extinga mas fique lá até ao fim e organize o funeral, um funeral como deve ser, com todas as honras.
2x1: E olha que para isso, quase nem precisam de sair de casa..., tem lá um cangalheiro!!!
2x2: Tá claro... e sempre terão o funeral mais barato.
2x3: E como a santíssima família é muito tunante, tocará a Tuna a marcha fúnebre na procissão lutuosa. Talvez Chopin, o que é que achas? O terceiro andamento da sonata nº. 2 ficaria muito bem. Ou a «Heroica», de Beethoven...
2x1: Seria realmente uma bonita homenagem, com a santíssima família a levar a chave e as grinaldas e a cadenciar o passo ao som da marcha fúnebre.

domingo, janeiro 29, 2017

A Arcor e os santos da casa que (não) fazem milagres...

Dias de festa na Arcor, que se hão-de repetir: Mário Marques (tesoureiro), Mário Martins (presidente da União de Freguesias) e, da direcção Fernando Pires (vice-presidente), Manuel Soares (presidente) e Luís Ferreira (vogal)
As declarações dos srs. presidentes da assembleia geral e da direcção da Arcor, no jantar comemorativo dos 38 anos, não caíram bem entre a generalidade de quem os ouviu e, depois de ampliados pelos dois jornais de Águeda, ainda mais se acentuou a opinião crítica sobre a oportunidade do que foi dito. 
A ameaça de extinção da instituição, dita como foi, onde foi e diante de quem foi, não a beneficia, antes compromete o seu estatuto de prestígio. Não caiu bem e deixou depreender que, afinal, santos da casa (não) fazem «milagres».
Ontem, dando atenção ao reportado pelos jornais de Águeda, comentámos as afirmações do sr. presidente da assembleia geral - o causídico Paulo Alexandre de Medeiros Teixeira e Santos; hoje, damos atenção às do sr. presidente da direcção, o sr. Manuel Soares dos Reis e Santos, o mais presidente de todos os ribeirenses: da Junta de Freguesia, da Assembleia de Freguesia, da Tuna Musical e da Arcor. E mais não há.


Jornal
Soberania do Povo

Manuel Soares, num discurso emocionado, referiu que a instituição está provavelmente a passar pelo maior desafio alguma vez visto até então (...)
- O maior desafio alguma vez visto? O maior desafio é substituir os órgãos sociais? Ah, provavelmente..., o advérbio que significa de modo provável; em que há uma grande probabilidade de se realizar alguma coisa; certamente; que designa incerteza ou dúvida; possivelmente.

(...)  considerando «as dificuldades que existem em encontrar pessoas que disponibilizem algum do seu tempo para assumir os corpos sociais».
- Quantas pessoas se negaram, nas diligências que fizeram? Fizeram?!

Manuel Soares afirmou que «do ponto de vista organizativo, económico e financeiro, a situação é estável e equilibrada» (...)
- Se é, e nada leva a supor que não seja, como há assim tantas dificuldades em organizar uma lista? Como se ameaça com a extinção da associação? 

(...) o aparecimento de uma crise directiva nesta altura é tudo o que a instituição não precisa».
- Faxavor, sr. presidente, mas qual crise? Organize lá a lista. Ou continue, até ser substituído. Tudo o que a associação menos precisa é de uma crise, saída das suas mãos, ou de quaisquer outras mãos. 


(...) lamentou a situação e apelou ao aparecimento de pessoas disponíveis, lembrando que a situação económica e financeira da associação é estável.
- Está tudo a favor de uma lista de continuidade, que assegure a mestria com que se atingiu «a situação económica e financeira estável». Qual a razão para agora gerar instabilidade? Não há.


(...) Manuel Soares declarou «ter ter sido uma honra ter servido a Arcor durante estes anos», garantindo que fez o que melhor podia e sabia. 
- É obviamente uma honra servir a Arcor e fez muito bem servi-la. E quem dá o que tem a mais não é obrigado.




Jornal 
Região de Águeda

(Manuel Soares) lamentou a situação e apelou ao aparecimento de pessoas disponíveis, lembrando que a situação económica e financeira da associação é estável
- Já todos sabem que é estável, embora devamos recordar que, e citamos o presidente no discurso oficial de 2015, «Arcor sem lar pode ser insustentável». Passados dois anos, o que aconteceu para esta (in)sustentabilidade?


«Este não era o discurso que gostaria de fazer neste aniversário»
- Acreditamos, sr. presidente. Estamos solidários com este momento menos bom do mandato que quer cessar. Mas não o cesse por via da extinção da Arcor! Não queira assinar a certidão de óbito de uma associação que tanto bem faz e tanto tem a dar à sociedade. 


***
Venha daí esse «milagre»!

sábado, janeiro 28, 2017

As palavras e os actos, considerações e funerais...

O acto festivo dos 38 anos da fundação da Arcor, que devia ser realmente de festa, foi mais um acto de palavras «fúnebres» (para citar um momento da noite), na expressão do sr. presidente da Assembleia Geral, o causídico Paulo Alexandre de Medeiros Teixeira e Santos
Vejamos algumas afirmações dele mesmo, que são públicas (agora comentadas pelo d´Óis Por Três), reportadas nos jornais de Águeda, nas suas edições de 25 de Janeiro de 2017 e que, pela sua importância histórica, deverão ficar para memória de futuro:


Jornal 
Região de Águeda

«Será Óis da Ribeira uma terra tão rica que possa prescindir da Arcor»? 

- Tão rica, tão rica, tão rica, pelos vistos e pelos ditos, que ele mesmo, o PAG, citou a lei da extinção. É porque, por exclusão de partes, não precisa mesmo.

«É confrangedor ver o estado actual a que chegou a nossa instituição»

- É confrangedor? E quem a colocou ou deixou chegar a este confrangedor estado actual? 

«Seria para mim um desgosto enorme vir a ser o coveiro  desta casa» 

- Coveiro? Mas como, coveiro? Basta-lhe arranjar direcção. Tão simples. Como? Olhe, prolongando a dinastia.
   
«Quando não surgem pessoas para constituir lista, a lei diz que o destino das associações é a extinção».
- Faxavor, sr. presidente da Assembleia Geral: promova a lista. Não dramatize, não chantageie. Use as suas prerrogativas de PAG, os seus deveres e direitos. Pode saber-se o que fez para formar nova lista? Fez?

«A direcção permitiu que enfrentássemos os tempos difíceis sem que a crise que o país vivia se sentisse neste casa».
- Óptimo! Façam favor de continuar o trabalho.


Jornal 
Soberania do Povo


«Num discurso com palavras «fúnebres», Paulo Santos, presidente da assembleia geral da Arcor, referiu o constrangimento e grande tristeza que sente por «ver o estado actual a que chegou a instituição».
- Isto de palavras fúnebres tem alguma coisa a ver com a agência funerária do actual vice-presidente da direcção? E qual é, afinal, o estado actual da instituição? Não é o efectivamente resultante do trabalho dos órgãos sociais, e em particular da direcção, nos últimos 4 anos? 

- «O facto de «nos últimos anos a crise sentida em todo o país não se ter sentido na instituição graças ao excelente trabalho realizado por Manuel Soares e toda a sua equipa, bem como nestes último anos ter dado sempre lucro». 
- Então no que ficamos? Ou há crise ou há excelente trabalho realizado? Se não há aquela e há este, a solução é continuarem.

«Óis da Ribeira «precisa, como do pão para a boca, de uma entidade, de uma instituição como a Arcor».
- Se precisa, porque prenuncia a extinção?

«O momento actual é de bastante gravidade».
- Gravidade, como? Então «o excelente trabalho realizado por Manuel Soares e toda a sua equipa» criou, ou deixa em herança, um momento actual de bastante gravidade? Como assim?

(...) «hoje em dia gerir instituições como a Arcor exige responsabilidade civil e penal».
- Hoje, como ontem e sempre, sr. causídico.


(...) caso não surjam eleições, o destino é a extinção».
- Coisa fúnebre, realmente. Mas, se virmos bem, nem é preciso realizar eleições. Basta que Vexas. continuem o «excelente trabalho» e, já agora, façam a aproximação da Arcor à comunidade, aos sócios e ex-dirigentes, a todos. E, entre outras coisas, resolvam o problema do telhado pelos tais 100 000 euros que o actual sr. presidente da direcção, em entrevista, diz serem necessários. Problema que, ele mesmo e os seus órgãos sociais, não teve tempo de resolver nos 4 anos do seu mandato.

sexta-feira, janeiro 27, 2017

ARCOR: futuro incerto aos 38 anos!

O bolo dos 38 anos da Arcor, aplaudido pelo presidente da AG, Paulo Santos (à esquerda) e elementos da direcção: o tesoureiro Mário Marques, o secretário Joel Gomes, o presidente Manuel Soares, o vogal Luís Ferreira e o vice-presidente Fernando Pires. Palmas depois de fúnebres discursos
Foto do jornal Soberania do Povo



O jornal Soberania do Povo
desta semana também dedica quase uma página (a 15) ao tema «ARCOR: futuro incerto aos 38 anos?», subtitulando que «instituição ribeirense debate-se com um crise directiva e o futuro pode resultar na extinção». 
A jornalista Mariana Pinheiro dá conta das preocupações anunciadas e fala de discursos dramáticos mas... realistas. Citou as «palavras fúnebres» do presidente Paulo Santos (da assembleia geral), acentuando este que o «destino da instituição pode ser a... extinção».
Eis o texto:

ARCOR: futuro incerto aos 38 anos
- A instituição ribeirense debate-se com uma crise directiva e o futuro pode resultar na extinção



(...) Ao longo da noite, vários foram os apelos para que os sócios, ex-presidentes, fundadores e amigos da instituição se unissem e mobilizassem, contribuindo de forma activa e empenhada para encontrarem as soluções que melhor servissem a associação e os seus clientes.
O primeiro orador da noite foi o presidente da direcção, Manuel Soares, que num discurso emocionado referiu que a instituição está provavelmente a passar pelo maior desafio alguma vez visto até então, considerando «as dificuldades que existem em encontrar pessoas que disponibilizem algum do seu tempo para assumir os corpos sociais».
Manuel Soares afirmou que «do ponto de vista organizativo, económico e financeiro, a situação é estável e equilibrada, mas o aparecimento de uma crise directiva nesta altura é tudo o que a instituição não precisa».
Na sua última intervenção pública como presidente da instituição, declarou «ter ter sido uma honra ter servido a Arcor durante estes anos», garantindo que fez o que melhor podia e sabia.

Destino da instituição
pode ser a... extinção
(...)

Num discurso com palavras «fúnebres», Paulo Santos, presidente da assembleia geral da Arcor, referiu o constrangimento e grande tristeza que sente por «ver o estado actual a que chegou a instituição».
Por várias vezes questionou se a terra seria assim tão rica que pudesse prescindir da Arcor. Afirmou que Óis da Ribeira «precisa, como do pão para a boca, de um entidade, de uma instituição como a Arcor». Mencionou o facto de «nos últimos anos a crise sentida em todo o país não se ter sentido na instituição graças ao excelente trabalho realizado por Manuel Soares e toda a sua equipa, bem como nestes último anos ter dado sempre lucro». 
Garantiu que é necessário o ressurgimento de vida, de oxigénio associativo, tem de haver alma no interior da associação, vontade, predisposição para vir servir a casa». Acrescentou que «o momento actual é de bastante gravidade, que hoje em dia gerir instituições como a Arcor exige responsabilidade civil e penal, caso não surjam eleições, o destino é a extinção».
Edson Santos, vereador
da Câmara de Águeda

Discursos dramáticos
mas... realistas

Hélder Santos, em representação da Segurança Social de Aveiro, preocupado, afirmou não ir preparado para os discursos «bastante dramáticos, mas também bastante realistas» que lhe procederam.
Referiu a importância de instituições como a Arcor, por desempenharem um papel importantíssimo dentro das localidades, que «a nível das respostas que dão aos cidadãos, quer a nível do emprego que criam ou ainda da dinâmica que geram nos locais em que estão implantadas». Relativamente à nova direcção, afirmou que «não há pessoas insubstituíveis, as pessoas não são eternas, as instituições requerem e exigem para sobreviverem e se desenvolverem, sangue novo nos seus órgãos sociais, que entrem pessoas que consigam agarrar nas coisas que estão, desenvolvê-las e apresentar ideias novas».
Num discurso mais optimista, o vereador da Câmara Municipal de Águeda, Edson Santos, afirmando que a situação actual da instituição não o preocupava muito por «conhecer as pessoas de Óis da Ribeira e saber do que são capazes» e que «sempre deram a volta por cima». Mencionou o agrado que sentiu pelo discurso de Manuel Soares, afirmando que «o discurso com o coração tem outro impacto e você tocou-nos a todos». Deixou uma palavra de agradecimento à funcionárias, pelo «esforço e dedicação que dão à instituição, dando muito mais daquilo que têm».
Por fim, num breve discurso, Francisco Vitorino, presidente da Assembleia Municipal de Águeda, congratulou a associação pelo seu 38º. aniversário e sugeriu a Manuel Soares que não deixasse sair as pessoas da sala sem antes arranjar uma nova direcção, porque, com certeza, haveria «muita gente boa e capaz para resolver o problema».
MARIANA PINHEIRO
Augusto Gonçalves

Outras palavras
Coragem da quem criou a Arcor

O presidente da União Concelhia das IPSS de Águeda, Carlos Lemos, referiu como grande factor impeditivo o facto de actualmente os corpos sociais passarem a ser de 4 anos, de acordo cm a nova legislação, o que condiciona muito as pessoas, pois «tem que despender da sua vida pessoal e profissional para estar nestas funções». Acrescentou ainda a enorme responsabilidade que actualmente é necessária para quem está apenas «a título de voluntariedade» e salientou o facto de a Arcor ser uma instituições de referência no concelho de Águeda, graças ao brilhante papel desenvolvido por Manuel Soares.
Sérgio Neves, presidente da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira, começou por mencionar que as pessoas que servem uma instituição «devem dar de si, antes de pensarem em si». Apelou a todos que participassem, pois «a Arcor não é de ninguém, é de todos e como tal deve haver um esforço comum entre todas as partes», afirmando que «criticar não chega, é preciso intervir na sociedade que nos rodeia».
Augusto Gonçalves (foto) enalteceu a coragem de quem há cerca de 39 anos «teve a iniciativa de criar esta associação em Óis da Ribeira».
Referiu a grande dificuldade do que «custa gerir todo este complexo de opiniões, de necessidades, de ideias, de obstáculos e tudo aquilo que faz parte da vida de uma instituição». Depois, deixou uma palavra de apreço aos que durante 38 anos asseguram a vida da instituição, à actual direcção e a todos os colaboradores que desempenha um papel fundamental, garantindo que está «absolutamente convencido que os ribeirenses mais uma vez irão corresponder às necessidades futuras da instituição».

quinta-feira, janeiro 26, 2017

Vazio directivo trava discurso de festa no aniversário da ARCOR

O presidente da Assembleia Geral da Arcor, Paulo Santos, seguido de toda a Direcção: Mário Marques (tesoureiro), Joel Gomes (secretário), Manuel Soares (presidente),  Luís Ferreira (vogal) e Fernando Pires (vice-presidente)
Foto do jornal Região de Águeda 


A reportagem do Região de Águeda. - Clicar para ampliar
As declarações dos presidentes da Assembleia Geral e da Direcção da Arcor, no jantar comemorativo do 38º. aniversário, a falar de extinção da associação, foram reportadas pela jornalista Isabel Gomes Moreira, do «Região de Águeda», que, naturalmente mais atenta aos discursos que o comum dos mortais, por razões do seu trabalho profissional, deu notícia da fúnebre noite no seu jornal.
É o que reproduzimos, integralmente, da página de Óis da Ribeira (nas duas imagens), para memória futura e sob o título:

VAZIO DIRETIVO TRAVA
DISCURSO DE FESTA NO
ANIVERSÁRIO DA ARCOR 

Não houve discurso de festa no jantar dos 38 anos da ARCOR - Associação Recreativa e Cultural de Óis da Ribeira. Ouviram-se antes palavras de grandes preocupação em relação ao futuro da instituição, que não conseguiu ainda arranjar nova equipa para liderar os seus destinos»
«SERÁ Óis da Ribeira uma terra tão rica que possa prescindir da Arcor», questionou por várias vezes ao longo do seu discurso Paulo Santos, presidente da assembleia geral da associação, que na sexta-feira, véspera da festa, tinha reunido uma vez mais na esperança de encontrar sucessor para Manuel Soares e sua equipa.
«É confrangedor ver o estado actual a que chegou a nossa instituição», acrescentou Paulo Santos, no discurso mais assertivo da noite, referindo-se a falta de pessoas disponíveis para constituir uma lista e assim garantir a sobrevivência da associação.
O presidente da assembleia geral elogiou ainda o trabalho da direcção de Manuel Soares. «A direcção permitiu que enfrentássemos os tempos difíceis sem que a crise que o país vivia se sentisse neste casa». disse.

«Seria para mim um 
desgosto enorme
vir a ser o coveiro 
desta casa»

«Não é pela situação económico financeira que não aparece gente, porque esta casa deu todos os anos lucro com esta direcção», sublinhou ainda Paulo Santos. «Quando não surgem pessoas para constituir lista, a lei diz que o destino das associações é a extinção», afirmou, acrescentando: «Seria para mim um desgosto enorme vir a ser o coveiro desta casa».
Recorde-se que esta foi a segunda assembleia geral marcada para eleger os novos órgãos sociais da instituição. Uma reunião na qual compareceram apenas 19 dos 600 associados da Arcor, revelou Paulo Santos, ao longo da sua intervenção.
Agora, o presidente da assembleia geral vai aguardar algum tempo até marcar nova reunião, para ver se entretanto surge uma lista candidata.

«Este não era o discurso
que gostaria de fazer 
neste aniversário

Também Manuel Soares, que terminou o mandato de presidente da direcção em 31 de dezembro, mas que se mantém a frente da gestão da instituição, lamentou a situação e apelou ao aparecimento de pessoas disponíveis, lembrando que a situação económica e financeira da associação é estável. «Este não era o discurso que gostaria de fazer neste aniversário», desabafou.
Carlos Lemos, presidente da União Concelhia das IPSS de Águeda, por sua vez, lembrou que o que se passa na Arcor passa-se em muitas outras instituições, defendendo que o modelo de gestão das IPSS tem de ser repensado. Também Sérgio Neves, presidente da Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira, questionou o que seria da população se hoje não houvesse a Arcor?».
ISABEL GOMES MOREIRA  
Declarações de Augusto  Gonçalves, Hélder
Santos (SS), Edson Santos (vereador) e F. Vi-
torino (presidente da Assembleia Municipal)

Declarações de algumas

individualidades convidadas,
bem mais optimistas


«É uma instituição
que faz falta, hoje
mais do que  nunca»

AUGUSTO Gonçalves, sócio honorário da Arcor, manifestou-se convicto que «os ribeirenses irão saber corresponder às necessidades que há de formar um grupo de pessoas para tomar conta dos destinos da Arcor» para que «continue a navegar em águas tranquilas e equilibradas». «É uma instituição que faz falta, hoje mais que nunca, disse, apelando a que 'nenhum de nós se distraia dessa necessidade e que colabore dentro das suas possibilidades».
Hélder Santos, representante da Segurança Social, manifestou surpresa pelo que ouviu, manifestando-se preocupado com a situação, lembrando o importante papel que instituições como a Arcor desempenham nas suas comunidades, pelas respostas sociais que disponibilizam, pela sua dinâmica social e pelos empregos que geram. «Em 600 pessoas não acredito que não haja um conjunto de pessoas que se junte para fazer com que a instituição não acabe», disse.

Ribeirenses deram
sempre a volta
por cima

TAMBÉM Edson Santos, vereador da Câmara Municipal, se manifestou surpreendido com o que ouviu. «Não é nada que me preocupe porque conheço as gentes de Óis da Ribeira...e sempre deram a volta por cima», afirmou, desafiando Manuel Soares a fazer mais um mandato. O vereador mostrou-se ainda comovido quando dirigiu uma palavra especial às funcionárias da instituição.
Francisco Vitorino, presidente da Assembleia Municipal, também não fugiu ao tom dos discursos da noite, que visaram despertar os ribeirenses, colocando a tónica no pape das instituições não só social mas também desportivo.


quarta-feira, janeiro 25, 2017

Os «coveiros» da Arcor, o vazio directivo, os discursos...


A festa dos 38 anos da Arcor chegou aos jornais do concelho e a primeira página do «Região de Águeda» de hoje é elucidativa: «Seria para mim um desgosto enorme vir a ser o coveiro desta casa», disse, solenemente (em função do cargo), o presidente da Assembleia Geral, o causídico Paulo Alexandre de Medeiros Teixeira e Santos. 
O d´Óis Por Três já aqui fez a sua análise da situação de «Vazio directivo na Arcor», é este o título principal do jornal «Região de Águeda» (ver a imagem), que hoje vimos na sua edição digital, mas, todavia, sem acesso ao texto da reportagem, anunciado para a página 13 (que não está na net).
O presidente da direcção, Manuel Soares dos Reis e Santos, de sua parte, afinal, não foi mais positivo: «Este não era o discurso que gostaria de fazer neste aniversário», disse o actual responsável pelo executivo arcoriano, certamente apreensivo pelo inêxito das goradas diligências da véspera, na Assembleia Geral extraordinária, convocada pelo presidente Paulo Alexandre de Medeiros Teixeira e Santos, por acaso seu sobrinho de sangue.
Mais positivos foram dois convidados, curiosamente dois não ribeirenses e também oradores: «É uma instituição que faz falta, hoje mais que nunca», afirmou o comendador Augusto Gonçalves, referindo-se à Arcor. O vereador municipal Edson Santos, por sua vez, foi esperançosamente afirmativo: «Ribeirenses deram sempre a volta por cima».
Ora bem, é precisamente disso que a Arcor precisa: dar a volta por cima. E ter gente que não faça de coveiro, gente de trabalho e não de discursos, gente que assuma de corpo inteiro a importância da Arcor. Pensa o d´Óis Por Três de que...

terça-feira, janeiro 24, 2017

Luís Neves deixa a Tuna de Óis da Ribeira

O actual vice-presidente da direcção da Tuna Musical de Ois da Ribeira, agora Associação Filarmónica, anunciou o seu último serviço como músico da instituição ribeirense. «Primeiro serviço de 2017 e o meu último como músico da Tuna de Óis da Ribeira», escreve Luís Neves, na sua página pessoal de facebook, após a participação na festa em honra do mártir S. Sebastião, na vila de Albergaria-a-Velha, a 22 de Janeiro de 2017 (último domingo) e dando como «quase encerrado um loooooongo capítulo, para o qual só falta uma nova direcção para a associação». Presume-se que igualmente cesse a sua actividade directiva, que vem desde 2005 - há 12 anos.
Luís Carlos dos Santos Neves estudou música na Escola da Tuna e nesta foi saxofonista durante toda a carreira de executante. Entrou para os órgãos sociais no mandato correspondente a 2005/2007, na presidência de Hostilino Cardoso Matos. Assumiu a vice-presidência no triénio 2008/2010, no mandato de Manuel Soares.  Continuou no de António Horácio Tavares (2011/13) e no de António Melo, o actual (2014/16).
A Tuna/Associação Filarmónica teve a assembleia eleitoral marcada para 29 de Dezembro de 2016, mas não se realizou, por falta de lista(s) de candidatos - aguardando-se a marcação do acto eleitoral (em data a designar).


segunda-feira, janeiro 23, 2017

A Arcor de hoje e do futuro...

O Centro Social e sede da Arcor


O que é e o que (não) vale a chamada crise directiva da Arcor? Há, ou não, gente em Óis da Ribeira disponível para a gerir?
Mais que disponível, gente competente?
Os 38 anos de história que  a associação agora comemorou dizem-nos que sim.
São 38 anos que a multiplicaram e prestigiaram, desde o acto fundador e passando por direcções sucessivas, cada qual fazendo o seu melhor e fazendo-a crescer, argamassando o seu futuro, atraindo pessoas e realizando obra. Direcções presididas, por esta ordem, por Celestino Viegas, Armando Ferreira, José Maria Gomes, Sesnando Alves dos Reis, José Melo, de novo Sesnando Reis, António Tavares, Fernando Reis, de novo Celestino Viegas, Agostinho Tavares, João Gomes e agora Manuel Soares. Basta ler a revista editada pela inauguração do centro social - a obra maior destes 38 anos de história da Arcor e da actual geração ribeirense.

A associação cresceu e todos se lembram das palavras do Bispo de Aveiro, D. António Marcelino, quando, em Janeiro de 2002, esteve em visita pastoral a Óis da Ribeira e sobre o centro social que então se construía: «A obra é maior que a freguesia».
Há, pois, em Óis da Ribeira, gente competente e capaz!
Já está provado. Falta o quê?

O d´Óis Por Três acompanha a Arcor à distância, como que em «diáspora», e (pres)sente que há alguma indiferença da comunidade em relação à associação. É vulgar ouvir-se dizer que a associação esquece os sócios e população local. Há certamente exagero nesta qualificação, mas não deixa de ser verdade que a esmagadora maioria dos ribeirenses está «divorciada» da vida associativa.

«A Arcor não dá nada aos sócios», 

ouve-se frequentemente.

O último teatro da Arcor, há 5 anos!
A Arcor é associação cultural e recreativa, certo? Foi este o sentido fundador da instituição, associando-lhe o desporto.
A Arcor social
Mas que actividades culturais dinamizou, para não ir mais atrás, a actual direcção?

E que actividades recreativas proporcionou aos sócios?

Apenas as marchas, que meia dúzia de entusiastas vão mantendo.
Marchas da Arcor em Águeda
                                           
E a que data poderemos reportar a última apresentação do Grupo de Teatro, de tantas e tão seculares tradições em Óis da Ribeira e na associação?
A 4 de Fevereiro de 2012, com a peça «O Avarento», de Molière. Dentro de dias, passam-se 5 anos!
A Secção morreu.
A Tuna no Salão Cultural da Arcor

O salão cultural é da Arcor, naturalmente, mas está reservado quase em exclusivo para iniciativas culturais mas, imagine-se só..., actividades da Tuna.
Tuna que lá organiza as suas festas de aniversários e concertos, até cursos de formação musical.

É justo salientar o funcionamento oficialmente certificado e, de resto, bastante elogiado da Secção Social - sem perder de vista, porém, a lamentável perda de valências - sem que, todavia, seja conhecida luta directiva alguma, por elas. E,  dito de outra maneira, tal se deve principalmente ao quadro de pessoal e à directora técnica, como sempre faz questão de sublinhar o presidente da direcção. Sempre a elogiar as trabalhadoras, como se não lhes competisse (a elas) cumprir com zelo as suas obrigações profissionais.

Tiago Tavares, campeão do
 mundo de canoagem


A área desportiva (extra-canoagem) não existe, pura e simplesmente, e basta ir ver o estado degradado em que está o polidesportivo. Quando se realizou lá a última actividade?

O polidesportivo da Arcor
Até a equipa de futsal que habitualmente representava a freguesia em torneios populares deixou de existir.

A Canoagem funciona bem, temos um campeão do mundo e vários campeões regionais e nacionais. Mas a dinâmica do seu funcionamento é da responsabilidade dos seus interessados seccionistas. Não é da direcção.

A assembleia geral extraordinária, convocada para 20 de Janeiro de 2017, para analisar a situação decorrente da falta de lista de candidatos, teve participação de menos de 20 associados. Nem sequer todos os actuais órgãos sociais estiveram presentes, numa clara demonstração de desinteresse pela instituição.


O jantar comemorativo dos 38 anos teve menor participação que os anteriores. Participação que, de resto, tem vindo a decrescer. Dos antigos presidentes de direcção, só um esteve presente. Os outros não se viram e o presidente que esteve é até familiar do actual. Dirigentes antigos, contam-se pelos dedos! Pouquinhos!


É desta Arcor que se fala: uma instituição autofágica, diríamos, a que os ribeirenses são indiferentes, a de dirigentes que só aparecem nos actos principais (e nem sempre), uma associação que parece fechar-se sobre si mesma, sem abrir portas para o futuro.

Quem dera que estejamos enganados. E Deus ajude!
Quem dera que acordem e se voluntariem os verdadeiros ribeirenses e principalmente os arcorianos.