quinta-feira, maio 31, 2018

Obras, há 72 anos, na sede da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira

Ois da Ribeira: sede actual da União de Freguesias
de Travassô e Óis da Ribeira, inaugurada em 2009

A Junta de Fre-
guesia de Óis da Ribeira, há 72 anos e no tempo em que não se «empatavam» decisões ou se apontavam de-
dos a adversá-
rios políticos - como, infeliz-
mente, agora acontece... - construía a sua sede, que se localizava mais 
Benjamim Soares
de Freitas
ou menos onde é a rua que vai para a ponte, mais ou menos em frente ao fontenário.
A leitura do livro «Óis da Ribeira -  A História, as sedes e as Juntas» permite ao d´Óis Por Três que a sede se localizava numa casa que tinha sido de Ana Alves de Carvalho e depois da filha, que se chamou Olívia Pires Soares.
Tinha sido expropriada (a casa) pela Câmara Mu-
nicipal de Águeda, por 1000$00 e a 18 de No-
vembro de 1944, que foram entregues a Diaman-
tino Francisco da Silva, procurador de Olívia - que, supomos, estava ausente no Brasil.
Há 72 anos, precisamente, a casa andava em obras, com o pintor José Marcos dos Reis e o carpinteiro Invêncio Viegas assentavam madeiras, portas e janelas. A madeira foi toda oferecida pelo padre José Bernardino dos Santos Silva.
A sede seria oficialmente inaugurada a 7 de Setembro de 1947 e demolida em Novembro de 1951, por causa das obras de cons-
trução da ponte e pelo espaço passando a actual Rua Jacinto Bernardo Henriques (Rua da Ponte).
O presidente da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira era, em 1946, o benemérito Benjamim Soares de Freitas e o executivo incluía José Maria Estima (o secretário) e Manuel Soares dos Santos (Manuel Lopes, o tesoureiro).

quarta-feira, maio 30, 2018

Marchas de Óis da Ribeira a 9 de Junho de 2018

A Marcha da Arcor de 2017, aqui desfilando nas festas de Aguada de Cima

Marcha da Tuna, de 2016, em Aguada de Cima

As Marchas Po-
pulares de Óis da Ribeira já tem data: dia 9 de Junho de 2018.
A presença da Arcor é certa, pelo menos 
com dois grupos (infantil e adulto), esperando-se que a Tuna / Associação Filarmónica reapareça, depois do hiato de 2017. Todavia, nada há de no-
tícia nos seus canais habituais de informação: as páginas de facebook da associação e, desta, a das marchas.
«Somos a informar que por vários e diversos motivos, a Marcha da Tuna não irá sair à rua neste ano de 2017», informava a direc-
ção da Tuna / AFOR, em nota (ver ao lado) publicada a 2 de Junho do ano passado, na página oficial das marchas, frisando que «esperamos voltar em 2018 cheios de força».
A expectativa, pois, é a de que volte às marchas.


Arcor ensaia grupos
e tem bar na pateira

A Arcor há semanas que ensaia a sua gente de dança e canto, preparando-se para o desfile da  noite de 9 de Junho e repetirá o serviço de bar e restaurante no parque sul da pateira - mesmo ao lado do largo em frente ao restaurante, onde decorrerá a exibição dos grupos.
A ementa é de gastronomia bem apetitosa e marcadamente popu-
lar e o serviço de atendimento estará disponível para o público, em geral, a partir das 19,30 horas, começando com o tradicional e popular caldo verde e, depois, com variados petiscos para saborear: sardinha, chouriça e lombinho (tudo assado), feijoada e bifanas (no prato, ou no pão). 
Há também diversas sobremesas, numa ementa a condizer com as características bem populares da festa e dos arraiais desta época de cantares e bailaricos.
Bastará escolher (da ementa) e fazer acompanhar o pitéu escolhido com as bebidas adequadas.

Desfile da Igreja
para a pateira 

A concentração dos grupos está marcada para as 21 horas, no Largo da Igreja Paroquial - de onde partirão, em desfile, para a pateira, seguindo pela Rua Benjamim Soares de Freitas, Largo do Centro Social e Ruas Manuel Tavares (a do Cabo) e Pateira.
O largo em frente ao restaurante Pôr do Sol será o espaço para a exibição dos grupos participantes e onde decorrerá toda a animação popular da noite de festa.
«A Arcor tem a honra de convidar todos os clientes, amigos, só-
cios e comunidade, em geral, a participar nas marchas popula-
res de Óis da Ribeira», refere a direcção da associação ribeirense, no cartaz de propaganda oficial do evento.

terça-feira, maio 29, 2018

Encontro de gerações de Óis da Ribeira

José Bernardino Estima Reis (Zeca da sra. Minda),
promotor do Encontro de Gerações de Óis da Ribeira

O d´Óis Por Três surpreendeu-se, muito agradável-mente, com a di-
vulgação do 
«Encontro de Gerações» de Óis da Ribeira, que está marca-
do para o dia 17 de Junho de 2018, na pateira. Uma interes-
sante e feliz iniciativa, promovida pelo ribeirense José Bernardino Estima Reis - o Zeca da sra. Minda.
O encontro é destinado a todas as gerações e visa a participação de todos os que têm raízes em Óis da Ribeira, residentes ou não, onde quer que estejam, mulheres e homens, particularmente os mais idosos da aldeia e nomeadamente os que estão em centro de dia ou de noite.
O objectivo, se o d´Óis Por Três entendeu bem, é avivar memórias dos tempos da infância e da juventude, com muitas histórias e jogos tradicionais, música, fotografias, filmes, recortes de jornais e por aí fora. Tudo o que puder contribuir para dinamizar o conhe-
cimento da história e das estórias de Óis da Ribeira.
Daí se pretender a participação dos mais idosos, que tantas coisas podem lembrar e ensinar aos mais novos.
Zeca da Minda

Estima Reis, o
Zeca da sra. Minda!

José Bernardino Estima Reis é natural de Óis da Ribeira e residente no Porto, licen-
ciado em Direito (pela Faculdade de Di-
reito de Coimbra) e Economia (pela Fa-
culdade de Economia da Universidade do Porto). Para os ribeirenses, é o Zeca da Sra. Minda - filho de Jaime Pinheiro dos Reis e de Erminda Estima (Minda), ambos já falecidos.
Estudou em Óis da Ribeira (no ensino pri-
mário), seguindo-se a Escola Industrial e Comercial de Águeda (curso comercial), antes do Instituto Comercial do Porto e das duas faculdades do ensino superior.
Profissionalmente, trabalhou em grandes empresas celulósicas e, desde 1994, é em-
presário - fundador e administrador da BSL - Comércio Internacional, uma sociedade anó-
nima (de trading) que opera na área internacional das madeiras, produtos siderúrgicos, produtos têxteis e cimento. 
A BSL tem relações comerciais com países como a Espanha, a França, Turquia, Alemanha, Ucrânia, Rússia, Suécia, Finlândia e Estónia, entre outros. Exporta madeira para Espanha e França e importa de França, Finlândia, Estónia e Madagáscar, entre outros países. Da Ucrânia, Rússia e Turquia, vêm os produtos siderúrgi-
cos. O cimento também tem a sua origem na Turquia.
A sua vantagem competitiva, segundo seu site oficial,  advém do transporte das mercadorias pois os contactos que detém a esse nível são bons, particularmente nos transportes por via marítima pois detêm uma parceria com um grande grupo alemão da área dos transportes -  a MTL- Maritime Transport Logistic -, assim como com a também alemã Intersee.

Encontro sem nada pagar,
mas com inscrições!
- Dádivas (voluntárias) são para a Arcor e a Tuna / Associação Filarmónica

A organização deste «Encontro de Ge-
rações» de Óis da Ribeira faz questão se destacar que os participantes deve-
rão concentra-se na pateira às 11,30 horas e «nada terão a pagar».
Por razões de natureza logística, as de reserva de refeição no restaurante «Pôr do Sol», porém, os interessados terão de se inscrever até ao próximo dia 31 de Maio (quinta-feira) - bastando indicar o respectivo nome e ano de nascimento. Muito fácil!
Os contactos (de inscrição para o encontro) são os seguintes, para os seguintes telefones e pessoas:
- Carlos Matos (Bigodes): 234721392.
- Arcor: 234629818 e 910509929.
- Marília Soares: 234629686.
- Maria Erminda Estima Reis: 965597656.
- José B. Estima Reis: 935517024 e joseestimareis@gmail.com.
- Pedro Estima da Costa: 910430226.
As eventuais dádivas (voluntárias) reverterão a favor da Arcor e da Tuna / Associação Filarmónica de Óis da Ribeira (AFTOR).
- Fotos de JBER da net

segunda-feira, maio 28, 2018

Arcor abriu inscrições para a creche e o pré-escolar



A ARCOR tem abertas as inscrições para o próximo ano lectivo, o de 2018/2019, para as valências de creche e pré-escolar. As infantis.
A resposta social creche, em articulação permanente com as famílias, contempla a promoção do desenvolvimento integral da criança, dos 4 meses aos 3 anos, proporcionando um clima de segurança afectivo e físico, acompanhando e estimulando o seu processo evolutivo, através de práticas adequadas para cada faixa etária.
Quanto ao pré-escolar, esta resposta social destina-se a proporcionar actividades educativas variadas a crianças dos 3 aos 5 anos de idade, de forma a prestar o primeiro nível de educação, preparando-as para o ingresso na escolaridade básica.
Os interessados deverão formalizar as inscrições na secretaria da associação, situada no Centro Social (no Largo do Centro Social, em Óis da Ribeira), entre as 9 e as 19 horas de todos os dias úteis e até ao próximo dia 8 de Junho de 2018.
Já não falta tudo!
Quaisquer dúvidas e/ou pré-esclarecimentos poderão ser dados pelos telefones 234629818 e 910509929, ou ainda pelo email geral@arcor-ipss.pt.

domingo, maio 27, 2018

Ana Paula Rada (en)cantou em Óis da Ribeira


O concerto da Tuna / Asso-
ciação Filar-
mónica de Óis da Ribeira foi enriquecido com a partici-
pação e en-
canto de Ana Paula Rada, a cantora fina-
lista do último The Voice Portugal - o concurso da RTP.  
A feliz inicia-
tiva encheu a Igreja Paro-
quial de Óis da Ribeira, hoje aberta ao povo e a ou-
tros cantos, mas também aos religiosos. E o momento foi muito emotivo, até sensibilizante.
Foi majestosa interpretação da jovem cantora romena, afectivamente ligada a Óis da Ribeira pela relação da mãe com o conterrâneo Rui Reis, que faz vida pelo Algarve. Com um pormenor assaz curioso: foi ligeiramente atrasada uma das peças pelo toque do sino da torre, que fez parar os sons da Tuna/Filarmónica, quando esta «arrancava» os primeiros sons.
O presidente António Reis saudou Ana Paula Rada e Ana Paula Rada cantou e encantou, arrancando fartos aplausos do público que encheu o templo e se deixou embebecer e admirar pela voz extraordinária da jovem e talentosa cantora.
Parabéns à Tuna/AFOR, pela iniciativa!

Parabéns a Ana Paula Rada, pelo seu enorme talento e cativante disponibilidade para (en)cantar em Óis da Ribeira.

A arte de prometer e não cumprir, a propósito da pateira, há 11 anos!

A pateira a 12 de Abril de 2018, quase em frente ao restaurante. Passados 11 anos
desde a petição camarária na Assembleia da República, fez-se o quê? 
Os peticionários da pateira, a 12 de Abril de 2007, na Assem-
bleia da República: Amílcar  Dias, Fernando Pires, Gil Nadais,
Célia Laranjeira, Paulo Matos e Manuel Campos (foto da net)

A habilidosa arte da propaganda tornou-se arma populista da ge-
neralidade dos políticos, que não passam de actores e profe-tas com um um-bigo do tama-nho do mundo e se apoiam em agências e ór-
gãos de comu-
Petição teve 5 145 assinaturas e valeu o... quê? (net)
nicação social, redes sociais e outras que tais para «ampliar» o que anunciam fazer e nas mais das vezes não fazem.
O ex-presidente da Câmara Muni-
cipal de Águeda foi habilissíssimo nessa arte, como todos sabemos: mandou despachar notícias atrás de notícias para tudo o que eram jornais, rádios e televisões, para tudo o que era (é) caixa de eco das suas poções mágicas e os órgãos de comunicação publica(ra)m, divulga(ra)m e amplia(ra)m os ecos e nunca mais pergunta(ra)m pelos resultados - pelo anunciado.
A arte e o interesse dos políticos nestas «notícias» são óbvios e públicos: prometem os fundos e os mundos (nomeadamente em anos eleitorais), com o maior desplante e, no geral, já sabendo que não serão cumpridas. E que ninguém lhes pede contas.
Os órgãos de comunicação social, ou ociosos ou muito (des)in-

teressados, dão conta desses anúncios, como se fossem verda-
des adquiridas, e nunca mais os vão conferir.
Quantas e quantas vezes fica a aldrabice como verdade.
A pateira, os jacintos e a canoagem da Arcor, a 17 de
Dezembro de 2017. Foto de Luís Neves (net)

O caso da
 pateira

A 17 de Abril de 2007, há mais de 11 anos e na As-
sembleia da Re-
pública, a patei-
ra foi motivo para uma dessas notícias, quando se apresentou a Petição 99/X, pelo grandiloquente Gil Nadais e outros, a solicitar medidas legislativas para salvaguarda da dita pateira.
Gil Nadais, anote-se, foi primeiro subscritor da petição, com 5 145 assinaturas, e o séquito oficial incluía os presidentes da Assem-
bleia Municipal (Paulo Matos) e das Juntas de Freguesia de Fer-
mentelos (Amílcar de Lemos Dias, já falecido), Óis da Ribeira (Fer-
nando Pires) e Espinhel (Manuel Campos), o assessor de impren-
sa da autarquia municipal, a técnica bióloga que acompanha(va) o processo de recuperação da pateira e um jornalista.
Gil Nadais, em síntese, pediu medidas legislativas para salvaguar-
dar a pateira, que, lembrou na AR, é uma Zona de Protecção Especial (ZPE). E recapitulou acções camarárias para que a lagoa fosse Zona de Paisagem Protegida (ZPP). 

Acta que (não
faz... história !

A acta nº. 79 da Comissão de Poder Lo-
cal, Ambiente e Ordenamento do Terri-
tório, da X Legislatura (2ª. Sessão Le-
gislativa), das 15,30 horas de 7 de Abril de 2007, dá conta que o presidente Gil Nadais entregou um CD e uma brochu-
ra apontando «as medidas e acções que visam o desenvolvimento sustentável, a conservação e protecção da maior lagoa natural da Península Ibérica».
A saber e citando a referida acta da AR:
1- Desassoreamento do fundo da pateira.
2 - Reconstrução do “açude” localizado a jusante da lagoa.
3 - Construção de um canal de ligação do Rio Águeda à Pateira.
4 - Construção de um Fluviário / Centro de Interpretação.
5 - Paisagem Protegida da Pateira de Fermentelos. 
6 - Requalificação e valorização das margens.
7 - Definição de itinerários e percursos temáticos intermunicipais.

Palavras ditas
há 11... anos!

O debate parlamentar realizou-se a 28 de Novembro desse mesmo ano (de há quase 11...), as senhoras e os senhores deputados debitaram lugares comuns para a acta e a resolução apontada para os problemas da pateira passaria por uma candidatura ao QREN - o Quadro de Referência Estratégica Nacional, «coisa» bem pomposa!
Isso mesmo, mui atenta, cortezmente veneradora e ociosamente obrigada, mais uma vez tal relatou a comunicação social, sem, aparentemente, cuidar de saber do rigor de tal informação. 
Dito isto, o que se deve perguntar, 11 anos depois - 11 anos!... -, é qual das 7 medidas foi concretizada? 
Qual foi, qual foi?
E aos órgãos de comunicação que espalharam a notícia, magnâni-
mamente arautos de tanta ficções do oficialato político, pergun-
tar-lhes, olhos nos olhos: já a conferiram? O que pomposamente foi anunciado, está concretizado?
E ao sexteto que foi até Lisboa: que raio de figura lá foram fazer?
- Foto e filme do padre Júlio Grangeia, AQUI
- Ver acta da Assembleia da República, AQUI
- Debate parlamentar de 29/11/2007, AQUI
- Detalhe da petição, AQUI

sábado, maio 26, 2018

A comissão de obras da sede da Junta de Freguesia

A sede da Tuna/Associação Filarmónica já foi sede
da Junta de Freguesia e da Arcor de Óis da Ribeira

O terreno onde hoje se situa a sede da Tuna/Or-
questra Filarmó-
nica de Óis da Ribeira foi com-
prado pela Junta de Freguesia a Mário Duarte de Almeida (avô de Manuel Almeida, o Capitão) a 11 de Janeiro e es-
criturado a 8 de Fevereiro de 
Aires C. Santos
Armando Resende
1953. A 26 de Maio de 1957 foi formada a comissão para cons-
truir a nova sede da autarquia. Há 61 anos, precisamente.

Comissão de obras

A comissão era formada por Benjamim Soares de Freitas e Manuel Maria Tavares da Silva (dois beneméritos da freguesia, com nomes atribuídos a duas ruas), monsenhor José Bernardino dos Santos Silva, professor Luís Almeida e Santos, Edmundo Reis e Custódio Lopes Correia, com o objectivo de «colaborarem com a Junta de Freguesia a procurar a maneira mais própria para se desenvolver a edificação de uma nova sede para a Junta de Freguesia, bem como para qualquer organização pública».
O executivo da Junta ribeirense da altura (26 de Maio de há 61 anos) era formado pelo presidente Aires Carvalho e Santos, com o secretário David Soares dos Santos e o tesoureiro José Pinheiro das Neves - já todos infelizmente falecidos.

Sede da Tuna 
por 99 anos

As obras de construção da sede só viriam iniciar-se 12 anos depois, a 24 de Fevereiro de 1969, na presidência de Armando dos Santos Ala de Resende, com o secretário Jaime Pinheiro dos Reis e o tesoureiro Custódio Lopes Correia - também já todos falecidos.
A sede não teve inauguração oficial, mas desde os anos 70 do século XX (pelo menos) lá funcionaram os serviços da Junta de Freguesia, até 2004. A partir de 1979 e na cave, também foi a sede da Arcor, igualmente até 2004 e o seu ATL (este, desde 2001 e também até 2004), quando transitaram para o centro social.
A 23 de Julho de 2012, já quase 6 ano, a Assembleia de Freguesia aprovou a proposta da Junta presidida por Fernando Pires, de cedência da sede por comodato e por 99 anos, à Tuna Musical de Óis da Ribeira (actual Associação Filarmónica), com 4 votos favoráveis do PSD e 2 do PS (faltou Carla Tavares).
- NOTA: Dados recolhidos a revista «Óis da
Ribeira | A História, as Sedes e as Juntas»

sexta-feira, maio 25, 2018

António Bernardino, o ribeirense Berna dos fados de Coimbra!

António Bernardino, o Berna, em foto «captada» da capa do disco «Baladas por António
Bernardino», com Nuno Guimarães (guitarra) e Rui Pato (viola), em 1965
Capa do disco «Fado Corrido de Coimbra», de
 António Bernardino, com Nuno Guimarães e
Manuel Borralho (guitarra) e Jorge Rino e Rui
Borralha (viola)

O d´Óis Por Três anunciou a homenagem a António Bernardino, marcada para 2 de Junho de 2018, e hoje, citando o blogue «Guitar-
ras de Coimbra, AQUI, com a devida vénia, recorda al-guns dos seus dados cur-
riculares, como cantor do fado de Coimbra.
O autor é Octávio Sérgio, seu companheiro do fado coimbrão:
«António Bernardino Pires dos Santos (Berna), nas-
António Berna em 1965, no Chicote, em Lisboa,
com António Dias e Nuno Guimarães (violas)
e Jorge Rino, de Recardães (guitarra)
ceu em 20 de Agosto de 1941, em Óis da Ribeira, concelho de Águeda. Fez o liceu em Aveiro onde deu os primeiros passos nas cantigas, não só na Récita
de Finalistas de 1961/62, como também em inúmeras serenatas, tão em voga na época. Do seu primeiro Grupo de Fados de Aveiro marcaram presença Antó-
nio Andias, António Castro, Carlos Lima e Mário Cruz.
António Berna, à esquerda, Machado Soares
e Octávio Sérgio na Madeira (1983)
- Chegou a Coimbra em 1963 e desde logo as suas grandes capacidades de intérprete o guindaram à ribalta da Canção Coimbrã. Foram seus companheiros nessa época António Por-
tugal, os irmãos Melo (Er-
nesto e Eduardo), Octávio Sérgio, Nuno Guimarães, Manuel Borralho, Francisco Martins, Hermínio Menino, Jorge Rino, Rui Pato, Dur-
val Moreirinhas e Jorge Moutinho. Colaborou com quase todas as secções culturais da Associação Académica de Coimbra (AAC) - o Orfeão, a Tuna, o CITAC, o Coro Misto / Dan-
Armando Marta e António Bernardino, 
Octávio Sérgio e Durval Moreirinhas
ças Regionais - e manifes-
tações académicas - saraus, serenatas monumentais, latadas, festas de repúblicas, etc.
Disco de António Berna, com os temas Sé 

Velha e Fado Corrido de Coimbra (Face A),
Mar Largo e Fado das Águias (B)
- Gravou o seu primeiro disco em 1964, do qual faziam parte a “Samaritana” e “Fado do 5º. Ano Médico”. Alguns dos seus registos fonográficos, nomeadamente os de contestação, não chegaram ao grande público, embora existam alguns exemplares guardados religiosamente em colecções particulares. Em 1969, gravo o LP “Flores para Coimbra”, sem dúvida, o seu trabalho mais importante e que marcou um momento histórico de viragem. 
- António Bernardino considerou-se influenciado por José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e pela poesia de Manuel Alegre. Gravou oficialmente cerca de 50 temas. 
António Bernardino foi evocado a na Torre do An-
to, pela Câmara Municipal de Coimbra, a 18 de
Junho de 2016, aos 20 anos da sua morte
- Em 1967, foi mobilizado para a guerra colonial, em Moçambique, local onde permaneceu até 1974. Regressado de África, passou a residir em Lisboa a partir de 1975. Licenciado em Ciências A Geográficas, exerceu o cargo de vice-presidente dos Serviços Sociais da Universidade de Lisboa. Continuou sempre a cantar e a participar em espectáculos, gravações de discos e programas de televisão e rádio. Nesta fase, foi acompanhado por António Portu-
gal, António Brojo, João Bagão, Octávio Sérgio, Aurélio Reis, Luís Filipe, Rui Pato, Durval Moreirinhas e tantos outros.
- António Bernardino foi, seguramente, o cantor que mais divulgou a canção de Coimbra no estrangeiro. Dos Estados Unidos à ex-URSS, da América Central à Tailândia, da América do Sul à Malásia, da África a Macau, a todos levou um pouco da cultura coimbrã.
- No dia 10 de Junho de 1995, foi agraciado pelo então Presidente da Republica Dr. Mário Soares, com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, por serviços relevantes prestados à cultura.
- Faleceu em Junho de 1996.

quinta-feira, maio 24, 2018

No tempo em que havia obras públicas em Óis da Ribeira...

A estrada da pateira que foi empedrada há 17 anos (vista parcial). A foto é de
 arquivo, mas recente: mostra a pouca vergonha em que está transformado
o parque da pateira, coberto de jacintos e sem Junta ou Câmara que os limpe...



O Diário da República n.º 113/2001, no seu Apêndi-
ce 60/2001, da Série II, de 16 de Maio de 2001, há uma semana se fizeram 17 anos, publicou o anúncio de duas obras públicas em Óis da Ribei-
ra. Era o tempo, o bom tempo!!!..., em que se faziam obras públicas em Óis da Ribeira!!!
Isso, em boa, boa verdade, foi há 17 anos - como o tempo passa!... - e era Manuel Castro Azevedo o presidente da Câmara Municipal de Águeda e Fernan-
do Pires o da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira.
As duas obras eram, no fundo, duas em uma:

1 - Empreitada e empedramento em calçada do caminho Santo António/Pateira - 1.ª fase, em protocolo com a Junta de Freguesia. Atribuída em concurso limitado, à Urbiplantec, de Albergaria-a-Velha e por 9 900 contos. 
Seriam hoje 65.769,23 euros.

2 - Empreitada de pavimentação a tout-venant e alargamento da estrada que passa no polidesportivo/Pateira. Atribuída em concurso limitado e por 2 079 contos, à Terserra, de Castanheira de Pêra. Seriam hoje 13 811, 54 euros.
Ao tempo, valorizava-se a pateira e o seu parque. Agora, está abandonada, grávida de lixo e esquecida por aqueles que, em mar eleitoral, levantaram a bandeira de serviço público mas, 8 meses depois, continuam a ignorar a suas responsabilidades e, comprometidos, a defender as sua posições partidárias em prejuízo do interesse colectivo.

quarta-feira, maio 23, 2018

O Largo do Barqueiro Zebedeu Alves da Costa!

Placa do Largo Zebedeu Alves da Costa, o Barquei-
ro, descerrada a 30 de Setembro de 2000. Na ima-
gem, Dinis Alves Pereira (neto) e os presidentes
Fernando  Pires (Junta) e Castro Azevedo (Câmara)

O último barqueiro de Óis da Ribeira foi Zebedeu Alves da Costa, homena-
geado pela Junta de Fre-
guesia a 30 de Setembro de 2000, quando atribuiu o seu nome ao largo do rio, de onde partia e chegava, de uma margem a outra do rio Águeda. 
Zebedeu casou há precisamente 111 anos, a 23 de Maio de 1907, na Igreja Paroquial de Óis da Ribeira!  E por isso, e a propósito, hoje dele fazemos memória. 
Memória para quem o co-
nheceu e, principalmente, para quem não o conheceu e, até por isso, nem pode imaginar, sequer, o quão importante serviço a fa-
Casas da família de Zebedeu
 Alves da Costa, agora dos
netos Dinis (a primeira) e Joa-
quim (as duas antes da mais
 alta), na Rua do Viveiro
mília e Zebedeu prestaram ao povo de Óis da Ribeira e, obviamente, das freguesia circunvizinhas.

Uma família 
de barqueiros!

Zebedeu nasceu a 29 de Julho de 1886, filho de Joaquim Alves da Costa e Maria Bárbara Soares dos Santos. Era neto paterno de Manuel Alves da Costa e de Ana Maria Carvalho e materno de António Lopes dos Santos e Rosa Emília Soares. Casou a 23 de Maio de 1907, aos 20 anos (hoje se passam 111), com Maria Augusta Pires, de 25, ambos ao tempo jornaleiros, ela filha de Maria José Pires Ferreira.
Zebedeu foi o último barqueiro de uma família de barqueiros, que em mais de meio século (pelo menos) assegurou, por adjudicação em concurso público, a lendária passagem de e para a margem de Cabanões do Rio Águeda, antes da inauguração da ponte, que foi a 25 de Maio de 1952.
Ligando Óis da Ribeira ao mundo!
Faleceu a 24 de Maio de 1954, aos 68 anos e já não sendo bar-
queiro, depois de vários dias de internamento no Hospital Conde Sucena, em Águeda, devido a um ataque epilético.
Descendentes, na actualidade e entre outros, são os netos Dinis Alves Pereira, morador em Eirol (na foto), Zebedeu (ausente nos Estados Unidos) e Joaquim de Oliveira Costa (Quim da Maria Lá).

terça-feira, maio 22, 2018

Padre/Monsenhor José Bernardino solto, há 106 anos, da prisão do Limoeiro

Padre/Monsenhor José 
Bernardino Santos Silva


O padre José Bernardino dos Santos Silva foi solto da prisão do Limoeiro, em Lisboa, a 22 de Maio de 1912, hoje se passam 106 anos. 
Esteve detido por acusação de traição à pátria, de que viria a ser absolvido. Como preso político, durante 5 meses, na sequência da implantação da Repú-
blica (em 1910), e, depois de cumprir prisão no Alto do Duque e Limoeiro, em Lisboa, foi solto sob fiança concedida pela Relação de Lisboa. 
Chegou a Ois da Ribeira nesse dia de Maio de 1912. Imediatamente antes, na estação ferroviária de Aveiro, foi surpre
endido pela recepção de vizi-
Igreja de Muqui (Brasil)
nhos e amigos, que o acompanharam 
até ao apeadeiro de Cabanões, onde, egundo a imprensa da época, «foi recebido com muitos cumprimentos de amizade e alegria pelos bons paroquianos de Óis da Ribeira».

Quem é quem?

José Bernardino dos Santos Silva era filho de Manuel Tavares Duarte e Maria José dos Santos Silva, tendo celebrado missa nova no Dia de Reis de 1903, na Igreja de Óis da Ribeira e aos 22 anos. 
Foi pároco de Trofa e Ois da Ribeira (onde entrou a 6 de Abril de 1908). Também exerceu em Coimbra e em muitas Paróquias do Estado do Espírito Santo (Brasil), onde foi um dos construtores da Igreja (hoje, a Sé) da cidade de Muqui (cujos trabalhos iniciou). 
Monárquico convicto e activo, foi denunciado no regime republicano por «suspeitas de alta traição», esteve preso, foi libertado e fugiu para o Brasil. Foi julgado à revelia, pelo Tribunal Militar de Coimbra. Foi presidente da Comissão da Ponte (de ainda antes da implantação da República) e à comissão voltou, depois do regresso do Brasil. Então, foi Consultor Diocesano, pároco e arcipreste de Águeda e, depois, pároco de Ois da Ribeira.
Igreja de  Óis da Ri-

beira no Século XX

Camareiro Secreto
da Igreja Católica

A 1 de Agosto de 1911, recusou participar no arrolamento dos bens mobiliários e imobiliários da Paróquia de Óis da Ribeira, arrolamento deliberado nos termos da pela Lei de Separação do Estado da Igreja.
A arrolados foram 94 móveis (alfaias, móveis e variados objectos religiosos), a casa da resi-
dência e o passal (nos terrenos imediatamente a norte da Igreja), o cemitério e também 15 ter-
renos e baldios. Da Igreja Católica e da Paróquia de Santo Adrião de Óis da Ribeira  passaram para a posse do Estado Republicano.
O Papa Pio XI elevou-o à dignidade de  Camareiro Secreto, com o título de Monsenhor e a comunidade católica de Águeda, então e por isso, prestou-lhe «justa e eloquente homenagem». 
Monsenhor José Bernardino dos Santos Silva faleceu a 18 de Janeiro de 1960, aos 79 anos e na sua casa de Ois da Ribeira - entretanto demolida e cujo espaço e quintal são agora proprie-
dade da ARCOR, imediatamente a poente do centro social. 
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