domingo, janeiro 29, 2017

A Arcor e os santos da casa que (não) fazem milagres...

Dias de festa na Arcor, que se hão-de repetir: Mário Marques (tesoureiro), Mário Martins (presidente da União de Freguesias) e, da direcção Fernando Pires (vice-presidente), Manuel Soares (presidente) e Luís Ferreira (vogal)
As declarações dos srs. presidentes da assembleia geral e da direcção da Arcor, no jantar comemorativo dos 38 anos, não caíram bem entre a generalidade de quem os ouviu e, depois de ampliados pelos dois jornais de Águeda, ainda mais se acentuou a opinião crítica sobre a oportunidade do que foi dito. 
A ameaça de extinção da instituição, dita como foi, onde foi e diante de quem foi, não a beneficia, antes compromete o seu estatuto de prestígio. Não caiu bem e deixou depreender que, afinal, santos da casa (não) fazem «milagres».
Ontem, dando atenção ao reportado pelos jornais de Águeda, comentámos as afirmações do sr. presidente da assembleia geral - o causídico Paulo Alexandre de Medeiros Teixeira e Santos; hoje, damos atenção às do sr. presidente da direcção, o sr. Manuel Soares dos Reis e Santos, o mais presidente de todos os ribeirenses: da Junta de Freguesia, da Assembleia de Freguesia, da Tuna Musical e da Arcor. E mais não há.


Jornal
Soberania do Povo

Manuel Soares, num discurso emocionado, referiu que a instituição está provavelmente a passar pelo maior desafio alguma vez visto até então (...)
- O maior desafio alguma vez visto? O maior desafio é substituir os órgãos sociais? Ah, provavelmente..., o advérbio que significa de modo provável; em que há uma grande probabilidade de se realizar alguma coisa; certamente; que designa incerteza ou dúvida; possivelmente.

(...)  considerando «as dificuldades que existem em encontrar pessoas que disponibilizem algum do seu tempo para assumir os corpos sociais».
- Quantas pessoas se negaram, nas diligências que fizeram? Fizeram?!

Manuel Soares afirmou que «do ponto de vista organizativo, económico e financeiro, a situação é estável e equilibrada» (...)
- Se é, e nada leva a supor que não seja, como há assim tantas dificuldades em organizar uma lista? Como se ameaça com a extinção da associação? 

(...) o aparecimento de uma crise directiva nesta altura é tudo o que a instituição não precisa».
- Faxavor, sr. presidente, mas qual crise? Organize lá a lista. Ou continue, até ser substituído. Tudo o que a associação menos precisa é de uma crise, saída das suas mãos, ou de quaisquer outras mãos. 


(...) lamentou a situação e apelou ao aparecimento de pessoas disponíveis, lembrando que a situação económica e financeira da associação é estável.
- Está tudo a favor de uma lista de continuidade, que assegure a mestria com que se atingiu «a situação económica e financeira estável». Qual a razão para agora gerar instabilidade? Não há.


(...) Manuel Soares declarou «ter ter sido uma honra ter servido a Arcor durante estes anos», garantindo que fez o que melhor podia e sabia. 
- É obviamente uma honra servir a Arcor e fez muito bem servi-la. E quem dá o que tem a mais não é obrigado.




Jornal 
Região de Águeda

(Manuel Soares) lamentou a situação e apelou ao aparecimento de pessoas disponíveis, lembrando que a situação económica e financeira da associação é estável
- Já todos sabem que é estável, embora devamos recordar que, e citamos o presidente no discurso oficial de 2015, «Arcor sem lar pode ser insustentável». Passados dois anos, o que aconteceu para esta (in)sustentabilidade?


«Este não era o discurso que gostaria de fazer neste aniversário»
- Acreditamos, sr. presidente. Estamos solidários com este momento menos bom do mandato que quer cessar. Mas não o cesse por via da extinção da Arcor! Não queira assinar a certidão de óbito de uma associação que tanto bem faz e tanto tem a dar à sociedade. 


***
Venha daí esse «milagre»!

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