domingo, janeiro 22, 2017

O presidente da AG, a Arcor e o dilúvio...




A Arcor festejou 38 anos na noite de ontem e quando se esperaria o anúncio da solução directiva, por todos desejada, eis que o presidente da Assembleia Geral, o eminente causídico Paulo Alexandre de Medeiros Teixeira e Santos (à direita, na foto), em discurso oficial e muito solene, expectorou sobre a sua própria missão: ou há direcção, ou é o fim. O fim da Arcor. O enterro. A tragédia. Comentou mesmo do seu desgosto de poder ser o coveiro da associação, queira isto dizer o que seja.
O causídico pouco ou nada era conhecido em Óis da Ribeira até que, há dois anos, se apresentou como PAG no almoço do aniversário e filho de Óis da Ribeira, cheio de 9 horas e presunçoso, muito altivo e senhorial. Em Agosto de 2016, na homenagem ao canoísta Tiago Tavares (foto), repetiu a presunção e, como PAG, debitou o que bem entendeu, reclamou a importância do momento (e era um grande momento) e não se escusou a posar na foto oficial da histórica homenagem. Os grandes dirigentes nos grandes momentos!
Ontem, porém e em delicada altura de dificuldades electivas, apareceu acusador dos valores associativos, catastrófico, e como anunciante do fim da associação, na falta de novos órgãos sociais. 
Por partes e na verdade, Paulo Alexandre de Medeiros Teixeira e Santos é filho de sangue ribeirense e, há 2 anos, sucedia-se como PAG do então vogal (ele mesmo) da direcção anterior, esta como a de agora presidida pelo tio Manuel Santos, o Soares. Só que ontem desbaratou o próprio sangue e argumento: não será de Óis da Ribeira e, pelo surpreendente teor do dramático discurso, aproxima-se o dilúvio da Arcor. Faltarão, sugeriu a ilustre figura, homens em Óis da Ribeira.
Esqueceu (ou interessa-lhe esquecer) o ilustre causídico que, por mor da sua função estatutária (a de presidente da Assembleia Geral, cargo que aceitou de livre vontade), cabe a ele mesmo, precisamente a ele mesmo e institucionalmente, resolver a crise directiva. Se é que há crise. Se há, pois que a resolva e não esfacele a instituição, não diminua os valores que em Óis da Ribeira, sem saber quem ele era e a ele nada pedirem, ergueram a obra social que agora ele e a direcção parecem querer abandonar. Dizem mesmo que vão abandonar. Este tipo de abandonos tem um nome, que o d´Óis Por Três, por respeito, se recusa a pronunciar.
Sobram da noite de ontem - noite que deveria ser de festa e foi, afinal, anúncio de putativa catástrofe, de iminente morte associativa (a levar à letra as palavras do PAG) - as afirmativas intervenções do comendador Augusto Gonçalves, do representante da Segurança Social, de Sérgio Neves (presidente da Assembleia de Freguesia) e do vereador Edson Santos. Para sermos justos, também a de Manuel Soares, o presidente da direcção, que, entre outras coisas e num discurso que gostaria que fosse outro, falou da saúde financeira da associação.

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