sábado, agosto 24, 2019

Água e saneamento de OdR: é uma vergonha, é o que isto é!...

O reasfaltamento das valas «está» no princípio da Rua Manuel Tavares
Máquina estacionada na Rua da Pateira

As obras de reasfalta-
mento das valas das re-
des de saneamento e águas de Óis da Ribeira andam a passo, a passi-
nho de caracol. 
Após duas semanas de férias da obra, imagine-se só..., recomeçaram na semana que hoje acaba, fizeram uns poucos, os pouquinhos metros que restavam da Rua da Pateira, fez-se a de Santo António e o boca-
dinho da Rua Manuel Tavares que se vê na foto de cima. 
Esta rua, também conhecida por Rua do Cabo (mas que no prin-
cípio da democracia, terá sido?, ganhou o nome do benemérito Manuel Tavares), irá certamente demorar ainda mais tempo, será mais vagarosa, lenta, lenta, lentinha..., pois tem de ser limpas («desassoreadas») duas valas: a da água e a do saneamento.
O princípio das obras,
a 3 de Setembro de 2018
É verdade que o prazo indicado pala AdRA, a dona da obra, ainda não acabou, o mês de Setembro, mas quem é que pensa e/ou acredita em prazos com o pó a entrar-lhes pela casa dentro, todos os santos dias, a todas as santas horas?
E também é verdade que o prazo contratualizado (conhecido) para a execução das obras era de 180 dias e acabou em... Fevereiro de 2019. Já passaram os meses de Março, de Abril, o Maio, o Junho, o Julho e estamos a uma semana de acabar o de Agosto.
Quem é que incumpriu?
Quem «paga as favas», que engole o pó, dá cabo das suas viatu-
ras, tem a sua qualidade de vida violentamente fragilizada e vê a sua vida a andar para trás, altissimamente prejudicado, é o povo de Óis da Ribeira e quem por estas estradas e ruas tem de passar.
Os políticos, os gestores da causa pública, esses prometem e incumprem e assobiam para o lado.
Máquinas na R. Santo António

É uma vergonha,
é o que isto é!...

Enquanto isso, continuam críticas e não são poupadas palavras a esta morosidade, a este «pára-arranca» com que os trabalhos tem decorri-
do - em evidente prejuízo de todas a gente e, muito principalmente, dos moradores das várias ruas e vielas  intervencionadas. 
«Isto nunca mais acaba, é uma ver-gonha..., uma vergonha, pá..., uma vergonha para todos, tratam-nos abaixo de cão...», reclamava hoje, exaltadíssima, uma mulher óisda-
ribeirense, chamemos-lhe a Senhora A, gesticulando com vio-lência e parecendo perder as estribeiras da melhor calma para estas situações. «Já lá vai um ano, pá... Um aaano!», precisou.
A interlocutura, chamemos-lhe a Senhora B, esfregava as mãos no avental e também não poupou palavras e autarcas: «Agora não temos Junta nenhuma, ninguém nos defende, só ouvi dizer que andaram aí uns rapazotes a mandar bocas contra a Câmara, diz que na internet até apareceram uns chapéus de chuva... Tu por acaso viste isso? Eu não cheguei a ver»
«E isso o que é que vale? É só folclore, pá... - replicou a outra, a Senhora A -, só fazem isso porque não são do partido da Junta, é tudo uma canalhada pegada!».
«Ali o... (...) até me disse que nem sequer os jornais falam destas coisas, só trazem notícias da Tuna e lá não sei quê da internet da Junta», retorquiu a B: «A nossa terra é uma tristeza!».
«Poiiiis.... e diz até que um neto da Maria Pedronha foi lá falar a Águeda, na Câmara. Ele é da Junta?», perguntou a Senhora A, com ar bastante sério: «Mas, olha lá..., afinal quem é que de Óis está na Junta?».
Os chapéus do AgitÓis
«Sei lá eu bem quem é!...», retorquiu a B.
«Olha, sabes uma coisa? Eu só ia votar porque lá em casa me chateavam, pronto..., algumas vezes quase obrigaram mesmo. Mas nas próximas não vou votar, não... Votar para isto? Esta porcaria? Mas votar em quem? Ai isso é que não vou...», anunciou a Senhora A, de costas das mãos empurradas na cinta e muito decidida.
«Olha que se calhar vou fazer o mesmo», condescendeu a Senhora B, arredando-se do automóvel que passava, em marcha lenta, é certo, mas a levantar pó pela rua abaixo, rua feita picada africana, e tentando pisar o alcatrão que resta da abertura das duas valas.
As obras, recordemos (aos mais distraídos) começaram há quase, quase um ano. A 3 de Setembro de 2018.

1 comentário:

Anónimo disse...

O autor do blogue tinha jeito para reactivar o teatro da Arcor...