domingo, agosto 04, 2019

Ministério do Ambiente anuncia apoio à despoluição do Rio Cértima

Acções populares em defesa do Rio Cértima
Poluição no Rio Cértima
Matos Fernandes,
M. do Ambiente

O Ministério do Ambiente «comprometeu-se com os municípios de Oliveira do Bairro e de Águeda a  disponibilizar acompanhamento técnico e comparticipação financeira» para intervir no Rio Cértima e, assim, combater os problemas de assoreamento e despejos de efluentes poluidores que tem sido noticiados.
O apoio, segundo o Ministro Ma-
tos Fernandes (que nasceu em Águeda e morou em Oliveira do Bairro), será feito através do Fundo Ambiental (FA) e o comunica-
do conjunto das Câmaras estes dois municípios (ue citamos) adianta que «a disponibilidade do Governo» vem na sequência dos contactos dos autarcas junto das autoridades competentes, «manifestando a sua profunda preocupação com a poluição e degradação ecológica do rio» - que afluente da pateira.
Os presidentes das Câmaras de Águeda e Oliveira do Bairro esti-
veram reunidos, no dia 26 de Julho, com o vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (Pimenta Machado) e com o Director Regional da Administração da Região Hidrográfica do Centro (Nuno Bravo) tendo visitado a zona mais afectada do Rio Cértima.
A 30 de Julho, os líderes municipais reuniram, em Fermentelos, com os presidentes das Juntas de Barrô e Aguada de Baixo, Fer-
mentelos, Oiã, Oliveira do Bairro, Recardães e Espinhel e Travas-
sô e Óis da Ribeira, ali definindo uma linha de actuação conjunta, de forma a «por um lado, sensibilizar as autoridades competentes a agirem dentro das suas competências» e, por outro, a «propor-
cionarem aos dois Municípios as ferramentas que lhes permitam avançar com as devidas intervenções no Rio Cértima».
«Os produtores agrícolas locais, também se mostraram disponí-
veis para participar na melhoria das condições ambientais deste troço de rio”, refere o comunicado das Câmaras Municipais de Águeda e Oliveira do Bairro.
Peixe morto no Rio Cértima

Degradação do estado
biofísico e ecológico !
As duas Câmaras Muni-cipais sublinham a necessidade de remoção de árvores e ramos caídos sobre o leito, a reflorestação com espécies autóctones, a remoção de bancos de espécies invasoras (como por exemplo, a erva-pinheirinha), a remoção de monos e resíduos, entre outros, que prejudicam a livre circulação das águas e contribuem para a degradação do seu estado biofísico e ecológico.
Já quanto aos problemas e focos de poluição a montante, refere a nota camarária que «recairá a atenção e fiscalização das entidades competentes, com a aplicação das medidas devidas e consignadas na lei».
O rio Cértima e demais bacia hidrográfica reúnem  condições únicas de carácter ambiental e que lhe conferem o estatuto de classificação a nível Europeu, enquanto Rede Natura 2000. 
Todavia e nos últimos anos têm-se registado episódios de degradação ambiental do rio, «cuja severidade tem aumentado e, recentemente, culminou num evidente crime ambiental, denunciado pela comunidade e entidades locais».
Que o d´Óis Por Três aqui oportunamente reportou.

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