Homens deixaram crescer
a barba e passaram a cortá-la
à tesoura
Há 110 anos, carpinteiros e barbeiros de Ois da Ribeira resolveram aumentar salários e avenças, o que não caiu muito bem entre a população ribeirense.
N. Rique deu nota desse descontentamento:
«Há tempos os carpinteiros daqui resolveram augmentar os seus salários, fazendo anunciar esta resolução por meio de avisos affixados nos lugares públicos da freguezia. O povo não gostou e commentou desfavoravelmente a opinião dos artistas, que principiaram logo a receber o que haviam combinado.
Succede agora outro facto quasi idêntico. Os dois únicos barbeiros aqui existentes resolveram, de commum accordo, constituir-se em sociedade, augmentando as avenças para um alqueire de milho annual por cada freguez.
Resultado: a maioria dos freguezes deixaram crescer a barba e cortam-na à tesoura quando estiver crescida. Não é nosso intento apreciar se houve ou não razão para os artistas assim procederem e se foi boa ou má tal resolução. Nada d´isso. O que admiramos é o espírito d´esta gente supportar, sem incommodo, a alteração das suas ricas phisionomias por causa de uma grande economia de 500 reis, pouco mais ou menos, por ano».- Respeitada a redacção da época
NOTA ACTUAL (10/Outubro(2004): Um século depois, não há carpinteiros e barbeiros em Ois da Ribeira. Mudaram os tempos… Os barbudos de hoje não desfazem a barba por outras razões e estão pouco preocupados com a fisionomia.
Há 110 anos, carpinteiros e barbeiros de Ois da Ribeira resolveram aumentar salários e avenças, o que não caiu muito bem entre a população ribeirense.
N. Rique deu nota desse descontentamento:
«Há tempos os carpinteiros daqui resolveram augmentar os seus salários, fazendo anunciar esta resolução por meio de avisos affixados nos lugares públicos da freguezia. O povo não gostou e commentou desfavoravelmente a opinião dos artistas, que principiaram logo a receber o que haviam combinado.
Succede agora outro facto quasi idêntico. Os dois únicos barbeiros aqui existentes resolveram, de commum accordo, constituir-se em sociedade, augmentando as avenças para um alqueire de milho annual por cada freguez.
Resultado: a maioria dos freguezes deixaram crescer a barba e cortam-na à tesoura quando estiver crescida. Não é nosso intento apreciar se houve ou não razão para os artistas assim procederem e se foi boa ou má tal resolução. Nada d´isso. O que admiramos é o espírito d´esta gente supportar, sem incommodo, a alteração das suas ricas phisionomias por causa de uma grande economia de 500 reis, pouco mais ou menos, por ano».- Respeitada a redacção da época
NOTA ACTUAL (10/Outubro(2004): Um século depois, não há carpinteiros e barbeiros em Ois da Ribeira. Mudaram os tempos… Os barbudos de hoje não desfazem a barba por outras razões e estão pouco preocupados com a fisionomia.
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3 comentários:
Isto já eu vi publicado
No site antigo da Arcor
Bem que podia ser melhorado
Este blogue, p´ra ser melhor
Dá muitas antigas memórias
Mas copiadas de algum lado
Bom seria que as histórias
Não fossem à "Zé Copiado"...
Boa, ó São.
Esses tempos é qye eram bons, cortava-se a direito e coisa certa, agora corta-se na casaca uns dos outros.
Corta-se na casaca e na honra, desde que seja a dizer mal do rival político e então é Óis, meu Deus, é uma vergonha.
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