sexta-feira, dezembro 01, 2023

1 - ANO 1906, há 117 anos: A inauguração da Escola Feminina de Óis da Ribeira! A primeira professora foi D. Alzira Tavares, de Travassô, e houve festa! 2 - ANO 1935, há 88 anos: A Resturação de Portual nas escolas primárias! 3 - ANO 1951, há 72 anos: A demolição da sede da Junta de Freguesia! 4 - ANO 2003, há 20 anos: ARCOR decidiu comprar o terreno da casa e quintal do padre José Bernardino! 5 - ANO 2011, há 12 anos: JSD em Óis da Ribeira e a questionar a Junta! 6 - ANO 2013, há 10 anos: «Solas Rotas» a passear em Óis da Ribeira! 7 - ANO 2017, há 6 anos: O desassoreamento da pateira prometido pela CIRA! 8 - ANO 2019, há 4 anos: As várias cenas do teatro amador de Óis da Ribeira, com a ARCOR e a Junta! A Junta de Freguesia gostava de reactivar (mas não eactivou) !

 

A escola feminina de Óis da Ribeira é agora
a casa de Tobias Framegas dos Reis
O decreto de nomeação da
professora Alzira Tavares



1 - ANO 1906,
há 117 anos!
A inauguração da Escola Feminina de Óis da Ribeira!

A escola primária feminina de Óis da Ribeira foi inaugurada a 1 de Dezembro de 1906, há 117 anos e com festa rija, foguetes e duas tunas - a local e a de Travassô.
As autoridades foram recebidas em Cabanões, o desfile atravessou o rio de barco (a ponte só viria em 1952) e à uma hora da tarde chegaram as autoridades de Águeda, formando-se «um cortejo imponente, pela grande quantidade de povo» e deitaram-se muitos foguetes, com as ruas embandeiradas e «os diferentes e bonitos arcos de flores apresentavam uma vista lindíssima».
A inauguração foi à 1,30 da tarde, falando o padre Marques de Castilho, director da Escola Distrital de Aveiro (em nome de Manuel Homem de Mello, o Conde de Águeda e «a quem se deve a criação da cadeira»), o padre José Bernardino dos Santos Silva e Domingos Cerqueira - que encerrou a sessão.
A notícia nos jornais de Águedada

A primeira professora
foi D. Alzira Tavares, de
Travassô, e houve festa!

A primeira professora da escola feminina de Óis da Ribeira foi Alzira Tavares da Silva, natural de Travassô, e a festa foi encerrada no «palacete do padre José Bernardino», onde o pai da professora (António Tavares da Silva) ofereceu «a cerca de 200 pessoas, um lauto jantar, que decorreu animadíssimo, havendo champanhe e brindes entusiásticos e brilhantes».
As duas tunas, as de Óis da Ribeira e de Travassô, «acompanharam sempre, tocando ambas ao banquete belas e variadas peças, que muito agradaram».
- NOTA: A escola ficava na casa que é hoje de Tobias Framegas dos Reis, na ao tempo Rua do Cabo), agora Manuel Tavares) e, inicialmente, tinha sido construída por este Manuel Maria Tavares da Silva - para residência do cunhado Acúrsio Sucena Estima, que estava emigrado no Brasil, onde faleceu. 

Restauração de Portugal

2 - ANO 1935,
há 88 anos !
A Resturação de Portual
nas escolas primárias!
 
As escolas primárias de Óis a Ribeira comemoraram a restauração da independência nacional no dia 1 de Dezembro de 1935. Há 88 anos!
«A data não passou despercebida. Os professores das escolas primárias oficiais reuniram naquele dia os seus alunos demonstrando-lhe o que é o dia comemorativo de 1 de Dezembro de 1640», relatava o jornal «Independência de Águeda» de 15 de Dezembro de 1935.
Restauração da Independência é o nome que se dá ao golpe de estado revolucionário de 1 de Dezembro de 1640, chefiado por um grupo designado de Os Quarenta Conjurados e que se alastrou por todo o reino, pela revoplta dos portugueses contra a tentativa da anulação da independência do Reino de Portugal pela governação da Dinastia filipina de Castela (Espanha).
O golpe culminou com a instauração da 4ª. Dinastia Por Portuguesa (a Casa de Bragança), com a aclamação de D. João IV - a que se seguiram 28 anos de guetrra com a Coroa de Castela.
- NOTA: O mesmo jornal, na mesma edição e ainda e sobre funcionamento da escola, escrevia que «consta-nos que a do sexo feminino não abre à hora regulamentar».
«Porque será?», interrogava o jornal, acrescentando que «nós entendemos que em primeiro lugar devem estar as obrigações».

Bandeira de Óis da Ribeira


3 - ANO 1951,
há 72 anos!
A demolição da sede
da Junta de Freguesia!

A Casa da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira inaugurada a 7 de Setembro de 1947, há 76 anos, foi demolida a 1 de Dezembro de 1951, há 72 e para ser aberta a rua que dá acesso à ponte.
A hoje conhecida Rua Jacinto Bernardo HenrIques.
A demolição já tinha sido decidida a 8 de Julho desse mesmo ano, «por ordem da Câmara Municipal de Águeda», que também expropriava uns casebres anexos, afim de desobstruir a estrada de ligação à ponte - assim se concluindo que ficavam onde hoje é a Rua Jacinto Bernardo Henriques (a da Ponte).
O presidente da Junta de Freguesia era Benjamim Soares de Freitas, com o secretário Arnaldo Rodrigues de Figueiredo e o tesoureiro Manuel Soares dos Santos (Lopes). 
A venda de pedra e madeiras do edifício rendeu 288$50 e o trabalho de demolição foi executado João Simões de Carvalho (Caçarolo), José Pereira dos Santos, José Rodrigues de Almeida (Padeiro) e Invêncio Viegas, que pelo serviço levaram 72$50. 
- NOTA: O orçamento da Junta de Freguesia para 1952, aprovado a 23 de Dezembro de 1951, era de… 601$75.
A casa do padre José Bernardino no dia da 1ª.
pedra da ARCOR, a 27 de Fevereiro de 2000

4 - ANO 2003,
há 20 anos !
ARCOR decidiu comprar
o terreno da casa e quintal do padre José Bernardino!

 A compra do terreno da casa e quintal que foram do padre José Bernardino dos Santos Silva foi decidida pela ARCOR a 1 de Dezembro de 2003, há precisamente 20anos.
A direção era presidida por Celestino Viegas e, negociada e decidida a compra, faltavam duas coisas: o necessário financiamento e a aprovação da assembleia geral.
A casa tinha sido demolida em Dezembro de 2002 e a compra aos herdeiros do padre José Bernardino (o casal Cândida Tavares Ferreira e José Bernardino Estima Reis, o actual presidente da ARCOR) foi aprovada na AG de 12 de Dezembro de 2003, por 140 000 euros (28 000 contos!). Seriam agora 176.699 euros.
- NOTA: O espaço destinava-se a construir o lar e espaços de lazer mas, infelizmente, passados 20anos e as direções de Agostinho Tavares, João Gomes, Manuel Soares, Mário Marques, Eva Santos e Estima Reis e agora Dinis Alves, o terreno está sem lar e aproveitado por apenas com uma hortinha feita por voluntários.
Sede da Junta de Freguesia,
agora da União de Freguesias
Sérgio Neves


5 - ANO 2011,
há 12 anos !
JSD em Óis da Ribeira
e a questionar a Junta!

A Comissão Politica Concelhia de Águeda da JSD visitou a freguesia de Óis de Ribeira, há 12 anos, e o presidente Fernando Pires apresentou vários problemas e valências da sua Junta, que «tem visto as suas funções mais dificultadas, desde a governação socialista no município de Águeda».
A JSD, segundo o presidente Sérgio Neves - o actual presidente da Junta de Freguesia da UFTOR - «ficou impressionada com problemas apresentados e com a falta de apoio e investimento da Câmara nesta freguesia», alguns dos quais «podiam ser feitos com meios próprios da autarquia».
Sérgio Neves comentou, então, que «há respostas que estão por dar à Junta, há cerca de quatro anos, quando vereadores socialista visitaram a freguesia, prometeram pequenas obras e ainda nada chegou, nem uma simples resposta». Investimentos que tiveram de ser assumidos pela Junta.
- NOTAComo hoje se sabe, não há Polo Educativo para ninguém e até fechou a escola primária. As crianças óisdaribeirenses vão paraTravassô e Fermentelos.

6 - ANO 2013,
há 10 anos!
«Solas Rotas» a passear
em Óis da Ribeira!

O Grupo Solas Rotas andou, há 10 anos, pedestrianar por terras da vila de  Óis da Ribeira, no trilho inaugurado em Novembro de 2008.
Havia 5 anos antes e viajaram desde a Ilha da Madeira, o que foi obra!!!!
É sempre obviamente interessante ver que gente de fora (às vezes, ou a maior parte delas, nem se sabe de onde...) escolhe a nossa terra para fazer os seus passeios e viver a natureza. Mas fica-nos sempre esta interrogação: que benefício tem a população ribeirense deste investimento camarário? O d´´Ois Por Três não sabe, mal pergunte. E duvida que alguém saiba.
- NOTA: A foto, tirada DAQUI, mostra um grupo junto ao rio Águeda, pela margem esquerda e supomos que junto à zona dos Crastos, ou Pontepedrinhas.
A assembleia geral da CIRA de há 6 anos

7 - ANO 2017,
há 6 anos!
O desassoreamento
da pateira prometido
pela CIRA!


A Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) aprovou o orçamento e plano de actividades para 2017, no valor de 19,6 milhões de euros. Na parte que mais diz respeito à antiga vila de Óis da Ribeira, agora sede da União de Freguesias de TravassÓis, destaca-se o desassoreamento da pateira.
Indirectamente e entre outros projectos aparentemente relevantes para o desenvolvimento regional e no que tem a ver com os mais próximos interesses ribeirenses, sublinhe-se também o desassoreamento da Ria de Aveiro e ainda a negociação e formalização de um acordo sobre o contrato de delegação de competências da gestão da Ria de Aveiro com a Agência Portuguesa do Ambiente e o início da intervenção no Baixo Vouga Lagunar, para além de participar na AdRA.
O orçamento para 2017 prevê uma dotação de 19 084 179 euros, a que acrescem 599 836 para encargos de funcionamento, no total dos sobreditos 19 684 015 euros.
- NOTA: Hoje e aos passados, alguém nos pode dizer quando foi feito o prometido desassoreamentoda pateira? E por onde andam os nossos «milagreiros» políticos locais, que tamnto pprmetem, prometem e.... vai-se a ver e... nada!

O último Grupo de Teatro Amador (GTA) da ARCOR, a 4 de Fevereiro de 2012 e na estreia da peça
«O Avarento», de Molière. A última apresentação foi a 5 de Maio desse ano, há mais de 11,5 anos...
Teatro de Óis da Ribeira e da Arcor em 1990


8 - ANO 2019,
há 4 anos!
As várias cenas do  teatro
amador de Óis da Ribeira,
com a ARCOR e a Junta!

O teatro amador de Óis da Ribeira esteve em foco em assembleias gerais de duas instituições: da Junta de Freguesia e da ARCOR.
Teatro que está «morto» desde a última apresentação do Grupo de Teatro Amador (GTA) da ARCOR, a 5 de Maio de 2012 - já lá vão mais de11 anos e meio. 
A ARCOR, no seu plano de actividades para 2020, limpou o seu cabeceiro de responsabilidades, despachando-as em duas linhas. Literalmente, no Ponto 10, lê-se: «O Grupo de Teatro Amador (GTA) encontra-se actualmente inactivo. No entanto, a direcção encontra-se disponível para apoiar novos elementos que o pretendam reactivar»
Citámos.
Este «bota pró lado» suscita algumas evidências e interrogações:
1 - Então não é aos órgãos sociais da instituição que compete dinamizar o teatro?
2 - Então os actuais órgãos sociais não incluem 4 elementos ligados ao teatro amador de Óis da Ribeira?
     Recordemos:
     2.1 - O actual secretário, Rui Fernandes -  que foi ensaiador da peça «O Avarento», de Molière.
     2.2 - O actual vogal, Carlos Pereira - que foi ponto e animador de várias peças.
     2.3 - Cristina Maria Framegas Soares, presidente do conselho fiscal, foi actriz do Grupo de Amigos de Óis da Ribeira (GAOR), que em teatro até «competiu» com a ARCOR.
     2.4 - Maria de Fátima Figueiredo dos Reis, vogal do CF, foi actriz do GTA da ARCOR em várias peças.
3 - Então, 4 elementos dos actuais corpos sociais não são suficientes para reactivar o teatro da associação? 
E há ainda pelos menos três homens na canoagem que já foram elementos do teatro: Paulo Rogério Framegas, Paulo Gomes e João Ferreira. Já são 7... (s-e-t-e...).
O teatro arcoriano está no limbo!
Teatro da ARCOR em 1992: Paulo Rogério
Framegas, Ondina G. Soares, Jorge Brandão 
e Madalena Reis em «A Menina Feia»

A Junta de Freguesia
gostava de reactivar 
(mas não eactivou) !

A Junta de Freguesia (JF) da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira (UFTOR), entidade política, é mais imperativa e conclusiva: «Gostávamos de poder voltar a reactivar um grupo de teatro nesta freguesia e recriar peças e palcos».
Isto é, quer, ou diz que quer, levá-lo ao éden.
1 - A Junta assume, ou faz crer que assume, as dores do «falecido» teatro da ARCOR, considerando que «foi ao longo da história algo sempre presente para o povo de Óis da Ribeira».
2 - A Junta faz fazer sugerir que, não encenando a ARCOR, encenará a Junta. Será isso?
Não lhe faltam actores:
3 - A vogal da Junta, Ondina da Silva Gomes 
A peça «Pedro - o Ididota» de 1989, com
Dina Gomes Soares indicada pela seta
Soares, foi secretária da última direcção da ARCOR a apresentar uma peça de teatro - «O Avarento», de Molière, em 2012. 
     3.1 - Ela mesmo foi actriz da GTA e integrou o grupo, prelo menos em 1992, quando, a 14 de Janeiro de 1989, se estreou a peça «Pedro, O Ididota», de 4 actos, ensadido pr Her´cilio de Ameida e com , da esquerda para a direita e no foto: Jorge Brandão, Rui, João Meireles, Dina Gomes, Susana Pinheiro (tapada), Hercílio de Almeida, Valter Polido, Eugénio Reis, Álvaro Soares, Madalena Reis, Cristina Silva, António Fernando Framegas, Silvério Reis e Paulo Rogério Frmegas.
E também, já em 1992, integrou o elenco da peça «A Menina Feia», estreada a 23 de Fevereiro de 1993 e com Dina Gomes (Soares), Carlos Reis, Nazaré Pinheiro, Dália Réis, Madalena Réis, Jorge Brandão, “Nani” Pires, Elizabete Fernandes, Hélder Prazeres, Carlos Gomes, Paulo Gomes, Rui Teixeira, Susana Pinheiro, Arlindo Réis, Susete Melo (Travassô) Paulo Rogério e João Viegas (que não está na fotografia).
     3.2 - É esposa de Pedro Soares, actor em várias peças apresentadas pela ARCOR.
     3.3 - É cunhada de Maria de Fátima F. Reis (ver à frente).
     3.4 - Ela própria, catequista, ensaiou peças com crianças.
4 - O presidente em exercício da Assembleia de Freguesia, Sérgio Almeida, era vice-presidente da mesma direcção, presidida por João Gomes.
     4.1 - É sobrinho de Maria de Fátima Figueiredo dos Reis.
5 -  Maria de Fátima Figueiredo dos Reis, membro da Assembleia de Freguesia, foi actriz e é vogal do conselho fiscal da ARCOR. 
6 - João Ferreira, também da Assembleia de Freguesia, participou como actor na experiência do GAOR.
7 - A Junta de Freguesia, uma instituição política de momento inteiramente social-democrata, e os seus eleitos da AFTOR, é que vão «substituir» uma instituição cultural como a ARCOR na área do teatro, logo pela sua própria identidade social e também porque representa(va) uma tradição que já passa por três séculos? 
O que quer isto dizer? Provavelmente, são coincidências entre entre ligada ao teatro! Só pode, como é evidente! São cenas! É teatro!
- NOTA: Os comentários de há 4 anos estão infelizmente actualizados. Diríamos que multiplicados por 4. É uma pena, senhores dirigentes arcorianos, os de ontem e os de hoje. E por onde andam todos estes actores amadores de Óis da Ribeira? 

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