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Maria Anatólia Nascimento e João da Maia Pires dos Reis em 1945 |
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O registo do passaporte da João da Maia Pires dos Reis. Há 111 anos! |
O óisdaribeirense João da Maia Pires dos Reis nasceu a 30 de Fevereiro de 1890 e emigrou para o Brasil, para o Estado do Espírito Santo, em 1913. Tinha 23 anos.
O passaporte foi emitido a 15 de Agosto desse ano, pelo Governo Civil de Aveiro - que dá conta de alguns dados pessoais: tinha 1,70 metros da altura, rosto comprido e cabelos e sobrolhos pretos, nariz e boca regulares, sabia escrever e era trabalhador.
João era da família dos Maias de Óis da Ribeira e foi um dos 12 filhos do casal José Constantino dos Reis e Maria Rosa Soares (Maia), que se consorciaram a 31 de Janeiro de 1878, na Igreja de Santo Adrião de Óis da Ribeira.
Há quase 147 anos!José Constantino era agricultor e tinha 21 anos, nascido a 10 de Setembro de 1856, filho de José Francisco dos Reis e de Maria Teresa de Almeida. Neto paterno de Manuel Francisco Gomes e de Maria Francisca Reis, neto materno de José Marques de Almeida e de Maria Teresa Estima.
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Coronel João N. Reis |
Nasceu a 21 de Agosto de 1959 e era neta paterna de José João e Maria Gomes dos Reis, neta materna de António Pires Soares e Caetana Emília da Maia. Faleceu a 31 de Agosto de 1942, mais de 47 anos depois de enviuvar.
João emigrou para o Brasil, fixando-se no Estado do Espírito Santo, lá conhecendo a professora Maria Anatólia Nascimento, que dava aulas gratuitas para os moradores analfabetos de Conceição de Muqui, precisamente numa sala cedida por João Pires dos Reis - que já por lá era comerciante.
Muqui é a cidade onde o padre José José Bernardino dos Santos Silva, que por lá evangelizava, iniciou a construção da Igreja da Paróquia de S. João Baptista, que foi criada por Decreto Episcopal de 1924, de D. Benedito Paulo Alves de Souza, Bispo da Diocese do Espírito Santo, nesse ano tomando posse como primeiro vigário.
João e Anatólia casaram e tiveram 5 filhos: Mariazinha, Célia, Énio, João (na foto ao lado) e Hélio.
O irmão José Maria Pires dos Reis juntar-se-lhe-ia em 1921 e por lá casou com Regina do Nascimento (ver mais à frente).
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Ana Maia Reis |
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Sebastião Reis |
Um casamento
e 12 filhos !
6 - JOÃO: Nasceu a 30 de Janeiro de 1890 e emigrou para o Brasil, para o Estado do Espírito Santo (ver acima).
7 - SEBASTIÃO: Nasceu a 8 de Maio de 1892 e faleceu a 11 de Outubro de 1980, aos 88 anos. Casou com Maria da Graça Sucena Estima e teve os filhos Deolinda e Manuel (Neca), já falecidos, e Rogério (residente em Oeiras). Morava na Rua Manuel Tavares, na casa que depois foi de seu filho Manuel (Neca).
com Manuel Maria (filho de António José da Costa e de Rosa Gomes de Carvalho, ambos de Óis da Ribeira e a 26 de 1931, ou 1938?), de quem enviuvou a 1 de Julho de 1941. Maria Rosa faleceu a 6 de Setembro de 1972.
A cerimónia matrimonial de José Constantino dos Reis e Maria Rosa Soares da Maia foi celebrada a 31 de Janeiro de 1878, na Igreja de Santo Adrião de Óis da Ribeira e pelo padre Venâncio Pereira, testemunhada por Augusto Pires Soares da Maia e José Patrício Simões.
O casal teve pelo menos 12 filhos.
Os seguintes:
1 - MARIA AUGUSTA: nascida a 25 de Novembro de 1878 e falecida a 31 de Janeiro de 1977, aos 99 anos. Era a pessoa mais velha da freguesia de Óis da Ribeira e vivia na casa do irmão Manuel Maria, já então falecido e herdada pelo sobrinho Élio Framegas dos Reis.
2 - LEONOR: Nascida a 29 de Março de 1885 e falecida em data desconhecida, ainda criança.
3 - MANUEL MARIA: Nascido a 21de Junho de 1881 e falecido a 24 de Novembro de 1969, aos 88 anos. Solteiro, era o chamado Regedor Velho e vivia na casa que foi de Élio dos Reis Framegas.
4 - JOAQUIM: Nascido a 21 de Novembro de 1886 e falecido a 7 de Julho de 1893, aos 7 anos.
5 - ANA: Nasceu a 2 de Abril de 1888 e faleceu a 9 de Outubro de 1989, aos 99 anos. Casou com José Maria Framegas, a 14 de Dezembro de 1919, e o casal teve os filhos Valter, Élio, Célia e Cármina (Victor), já falecidos, e de Graciete (Benjamim), da Rua Manuel Tavares.
1 - MARIA AUGUSTA: nascida a 25 de Novembro de 1878 e falecida a 31 de Janeiro de 1977, aos 99 anos. Era a pessoa mais velha da freguesia de Óis da Ribeira e vivia na casa do irmão Manuel Maria, já então falecido e herdada pelo sobrinho Élio Framegas dos Reis.
2 - LEONOR: Nascida a 29 de Março de 1885 e falecida em data desconhecida, ainda criança.
3 - MANUEL MARIA: Nascido a 21de Junho de 1881 e falecido a 24 de Novembro de 1969, aos 88 anos. Solteiro, era o chamado Regedor Velho e vivia na casa que foi de Élio dos Reis Framegas.
4 - JOAQUIM: Nascido a 21 de Novembro de 1886 e falecido a 7 de Julho de 1893, aos 7 anos.
5 - ANA: Nasceu a 2 de Abril de 1888 e faleceu a 9 de Outubro de 1989, aos 99 anos. Casou com José Maria Framegas, a 14 de Dezembro de 1919, e o casal teve os filhos Valter, Élio, Célia e Cármina (Victor), já falecidos, e de Graciete (Benjamim), da Rua Manuel Tavares.
Foi avó de Zélia, moradora em Carcavelos, e Clarinda, da Rua da Pateira (filhas de Élio), Manuel Horácio, Armando e Maria de Fátima (filhos de Valter), Zulmira e Fátima (de Célia), António Framegas (de Cármina), Teresa e o já falecido António Fernando (de Graciete).
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Augusto Maia |
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Maria Rosa |
7 - SEBASTIÃO: Nasceu a 8 de Maio de 1892 e faleceu a 11 de Outubro de 1980, aos 88 anos. Casou com Maria da Graça Sucena Estima e teve os filhos Deolinda e Manuel (Neca), já falecidos, e Rogério (residente em Oeiras). Morava na Rua Manuel Tavares, na casa que depois foi de seu filho Manuel (Neca).
Avô materno de Paulo Rogério e de Selda Maria (filhos de Deolinda) e materno de uma senhora de Oeiras (filha de Rogério). Neca não teve filhos.
8 - MARIA ROSA: Nasceu a 29 de Janeiro de 1895 e casou
8 - MARIA ROSA: Nasceu a 29 de Janeiro de 1895 e casou
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José Maria |
9 - JOSÉ MARIA: Nasceu a 26 de Abril de 1897 e emigrou para o Brasil, onde casou com Regina do Nascimento, a 7 de Abril de 1927. O filho dele, o advogado Rúbens Reis, foi quem, a 3 de Outubro de 2014, de férias na Europa e de visita a Óis da Ribeira, faleceu subitamente na Rua Manuel Tavares, ao avistar a casa onde o pai nascera.
10 - AUGUSTO: Nasceu a 30 de Setembro de 1898 e faleceu a 18 de Setembro de 1994. Casou com Mabília Framegas Alves, a 16 de Fevereiro de 1928, e enviuvou a 2 de Outubro de 1976. O casal teve os filhos Maria La-Salete, Hernâni e Maria Camélia (já falecidos), Tobias e Maria de Lurdes Framegas dos Reis, ambos moradores na Rua Manuel Tavares.
Avô de Jaime e Jorge (filhos de Hernâni), Mabília Rosa e Júlia Maria (de Maria Camélia), Jaime Osório e António Joaquim (de Maria de Lurdes), Óscar Augusto, António José, Aurélio e Maria Bernardina (de Tobias). Maria La-Salete foi casada com José Valentim Pinheiro Estima mas o casal não teve filhos.
11 - MARIA CELESTE: Nasceu a 27 de Maio de 1901 e faleceu a 14 de Fevereiro de 1938. Pouco antes de fazer 37 anos.
12 - FERNANDO, o mais novo: Nasceu a 13 de Dezembro de 1903 e faleceu a 28 de Janeiro de 2000. Casou com Elisiária Carvalho dos Santos, de quem enviuvou a 5 de Julho de 1991. Conhecido por Fernando Peralta, o casal teve as filhas Maria Benedita e Maria Celeste Tavares, do Café Império (ambas já falecidas) e Maria Ascensão (Aurélio), da Rua da Pateira.
Avô de Maria Gracinda, Maria Isabel e Joaquim, já falecidos (filhos de Celeste Tavares), das gémeas Fernanda Isabel e Elisiária Maria e de Maria Paula (filhas de Maria Ascensão), e de Maria Fernanda, moradora em Vale de Cambra (filha de Benedita).
num poço de Segadães!
José Constantino dos Reis era agricultor e viria a ter morte trágica, por afogamento num poço de Segadães, no dia 10 de Janeiro de 1905. Há quase 120 anos.
Esteve na feira da Fontinha e seguiu para Mourisca do Vouga, deixando de ser visto. A família, estranhando o atraso do regresso, o que não era costume, pediu apoio e foram diversas pessoas à sua procura - achando o corpo num poço próximo dos moínhos e do lagar de Segadães.
O local era distante do caminho para a Mourisca do Vouga e nunca se soube o motivo que o lá levou. Por roubo, não terá sido vítima: tinha duas moedas de 500 e de 200 reis de prata no bolso e uma carteira sem nada.
A justiça actuou no caso e veio a apurar-se que morreu por congestão, embora sem se identificar a razão por que apareceu o cadáver no poço. O registo de óbito (ver a imagem) apenas refere que foi encontrado pelas 4 horas da tarde do dia 11, num poço de Segadães «onde caiu».
«Tudo leva a crer que, quando por ali passava, por volta das 8 horas da noite do dia antecedente» - o dia 10 de Janeiro de 1905, pelo relato do padre Manuel Gomes de Andrade, o então pároco de Óis da Ribeira.
se&o
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