sexta-feira, março 31, 2006

CHEIAS DO RIO ÁGUEDA DANIFICAM CAMPOS E CAMINHOS DE OIS DA RIBEIRA

A subida da margem de Travassô do rio Águeda prejudica Ois da Ribeira, a Junta de Freguesia alertou a situação e, dia 24 de Março, reuniu com Fernando Alcatrão, do Instituto Nacional da Água (INAG), para estudar a viabilidade da construção de uma vala hidráulica que evite os graves prejuízos ocorridos em períodos de cheia.
O presidente da JF de Travassô, Mário Martins, acusado de a ter subido, discorda: “O INAG disse que estava tudo em conformidade”.
Fernando Pires, PJOF, propôs ao técnico do INAG a construção da vala. "Por um lado, regularizam-se as cheias e, por outro, evita-se o assoreamento da Pateira", alegou o autarca, referindo que “todos os anos, em época de cheias, a água sai do leito do rio, atravessa os campos agrícolas, em direcção à pateira, causando avultados prejuízos aos agricultores e danificando os caminhos que a Junta de Freguesia é obrigada a reconstruir, com toneladas de terra".
* TRAVASSÔ SUBIU A MARGEM: As causas do problema estão, no seu entender, nas obras feitas em 2003 pela Junta de Freguesia de Travassô, na margem direita do rio Águeda, que foi alteada. "Nada tenho contra a Junta de Travassô, mas subiu as margens do rio e as cheias passaram a estragar campos e caminhos, sobretudo o da Mota", referiu Fernando Pires.
Mário Martins, PJFT, tem opinião contrária: "Reconstruimos uma margem que foi danificada pelas cheias e, na altura, os técnicos do INAG verificaram que estava tudo em conformidade".
O autarca de Travassô disse que o problema até deveria ser invertido. "A Junta de Ois fez uma drenagem na Pateira, levantando terrenos que diminuiram a quota de cheia, com prejuízo para Travassô", referiu Mário Martins, acrescentando, que apenas pediu para nivelar as quotas, no sentido de evitar que as sementeiras fossem atrasadas.
Quanto a Fernando Pires, a reunião com Fernando Alcatrão "foi muito proveitosa" e a solução passará pela vala na curva do rio Águeda, entre Ois da Ribeira e Requeixo, que “fará com que as águas entrem directamente na Pateira”.
PROBLEMAs A MONTANTE: Mário Martins, diz não se opor a esta solução mas opinou que “o problema está a montante, pois só com a construção de algumas barragens este problema será solucionado de vez”.
"Além da regulação das cheias, o aproveitamento hídrico daria também para a produção de energia eléctrica e para armazenamento de água", sublinhou Mário Martins, referindo-se à Redonda, Alfusqueiro e Ribeiradio.
Texto e foto do jornal Soberania do Povo de hoje (31/Março/2006)

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