- «Sabias que o Natal, segundo das leis canónicas, deve ser composto por 4 missas: a vigília nocturna, a da meia-noite, a da aurora e a da manhã?", perguntou o Três.
- «Claro que sabia... Contudo, em termos práticos não se conseguem celebrar as 4 vigílias. Por isso que é normalmente dispensada a da noite e a da aurora. Assim, a primeira missa celebrada no Natal é a da meia-noite", disse o d´Ois.
- «Pois... - comentou o Três... - e esta missa, na passagem do dia 24 para 25, denomina-se de Missa do Galo. Apareceu no século V, pelos católicos romanos».
- «E sabes que em relação à missa do Galo há duas questões muito interessantes. Saber o porquê da missa ser celebrada à meia-noite e a razão porque é chamada de missa do galo...», disse o d´Ois.
- «Ai é?! E porquê?!!...», perguntou o Três.
- «Quando à missa ser celebrada à meia-noite, parte-se da ideia de que celebra o nascimento de Cristo e por isso deve ser celebrada à mesma hora do nascimento d´Ele», disse o d´Ois.
- « A segunda questão eu conheço-a e cria maior discórdia - interveio o Três - pois há várias teorias que tentam explicar qual o motivo denominação de missa do galo. A mais comum é a da lenda que conta que o galo foi o primeiro animal a presenciar o nascimento de Jesus, por isso ficou com a missão de anunciar ao mundo o nascimento de Cristo, através do seu canto. Sabias?...».
- «Claro que sabia...», respondeu o d´Ois. Até ao início do século XX, a tradição ditava a meia-noite para anunciar, dentro da igreja e através do canto de um galo, real ou simulado. No princípio, a missa do galo era uma celebração jubilosa, longe do carácter solene que existe nos dias de hoje...».
- «As coisas que tu sabes!!!...» - referiu o Três. Já agora tambem de digo que até princípios do século XX manteve-se o costume do privilégio de os primeiros a adorarem o Menino Jesus serem os pastores lá congregados. Durante a adoração ao Menino, as mulheres depositavam doces caseiros e recebiam pão bento ou pão do Natal. Outro costume era o de se guardar um pedaço desse pão bento como amuleto, ao qual só se podia recorrer em caso de doença grave. Sabias?».
- «Claro... E havia a tradição de se levar um galo para a Missa do Galo. Se cantasse, era prenúncio de boas colheitas para esse ano. ..». disse o d´Ois.
- «Sempre achei piada a essa história - comentou o Três. Ainda me lembro de meu avô contar isso e que, com o regime republicano e a falta de padres, fizeram com que a Missa do Galo começasse a cair em desuso».
- Vais logo à Missa do Galo?», perguntou o d´Ois.
- «Não... Vou vê-la na internet do padre Júlio!...», respondeu o Três.
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2x3: Erradamente, alguns atribuem a S. Francisco de Assis a criação da Missa do Galo. Contudo, a existência desta é muito anterior à época na qual S. Francisco viveu (no século XIII).
1 comentário:
Este post, caros d´Ois Por Três, dá bem para ver que o escreve. Lá vou eu ver a missa do galo na internet do padre Júlio.
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