quarta-feira, abril 20, 2022

Tuna / Associação Filarmónica fora do circuito de concertos da Câmara e UBA!

A Tuna / Associação Filarmónica de Óis da Ribeira
continua «excluída» pela Câmara / UBA

A música, em Águeda,
não é igual para todos



A Tuna / Associação Filarmónica de Óis da Ribeira não integra o circuito de concertos que é organizado, entre 24 de Abril e 15 de Agosto de 2022, pela
Câmara Municipal e União de Bandas de Águeda (UBA).
O grande objetivo do circuito é «divulgar a nossa cultura pelo nosso território e dinamizar o excelente trabalho que as nossas bandas realizam», declarou Edson Santos, vice-presidente da Câmara e bisneto de Óis da Ribeira, frisando que «este projeto reconhece ainda o papel que aquelas estruturas associativas têm na formação cultural e musical dos jovens do concelho».
Aquelas estruturas, que não a Tuna / Associação Filarmónica de Óis da Ribeira, embora tenha actividade formativa e educação cultural/musical que é, de novo citando Edson Santos, «uma premissa estratégica para a Câmara de Águeda».
Câmara que, sublinha ainda o mesmo autarca bisneto de Óis da Ribeira, «presta apoio aos alunos/formandos nas diferentes organizações concelhias, acreditando que a formação é essencial para a criação cultural «made in Águeda» e que é essa aposta que permite a Águeda afirmar-se, cada vez mais, como um concelho produtor de arte e cultura».
Melhor não diria qualquer um outro!
Tuna de Óis da Ribeira em 1931. De pé, José Framegas,
Abílio Viegas (bisavô de Edson Santos), Edmundo Reis,
Manuel Carvalho (Girão), Neca Resende (com bandeira),
David Santos, Serafim Reis e Óscar Matos. Ao centro,
Fernando Soares, Virgilino Carvalho, José Maria Costa
 e Aires Carvalho. À frente, Alberto Almeida, José
Ferreira dos Reis (Luz) e José Maia

Tuna/AFOR esquecida
ou... ignorada, por mais
de uma vez!

O vice-presidente da Câmara Municipal de Águeda, Edson Carlos Viegas dos Santos, diz que reconhece as associações que «têm na formação cultural e musical dos jovens do concelho». Mas, diríamos nós, reconhece mais umas que outras.
Por exemplo e uma vez mais, exclui uma instituição centenária de Óis da Ribeira, de que, por curiosidade história e coincidência actual, seu bisavô materno Abílio foi dirigente e músico durante dezenas de anos. 
Nasceu a 12 de Maio de 1894 e faleceu a 24 de Outubro de 1942, 
Edson Santos
vítima de doença e no Hospital de Águeda, aos 48 anos.
Exclui, como já a excluiu, a 29 de Agosto 
de 2021, do projeto intermunicipal «3 Territórios, 1 Rio que nos une», realizando um concerto em Óis da Ribeira com a OF 12 de Abril, de Travassô, e olimpicamente ignorando a Tuna / AFOR.
O vice-presidente da Câmara proclama também que «a iniciativa concretiza um outro objetivo estratégico do Município»: «A descentralização da cultura, promovendo cada vez mais espetáculos e atividades culturais da mais diversa índole nas freguesias, ao mesmo tempo que dinamiza os equipamentos culturais existentes no concelho».
Descentralização e dinamização de esquipamentos?
Será mesmo?! 
Só que Óis da Ribeira, mesmo sendo vila de fartas e centenárias tradições musicais e culturais, não aparece nessa programação camarária... aparentemente e ilusoriamente descentralizadora.
Isto enquanto, das 10 acções programadas, há freguesias repetentes, como à frente se verá: Fermentelos (o que até se entenderia, pois tem duas bandas...), mas porquê Trofa e Travassô?
Certamente que a Câmara e a União de Bandas de Águeda têem  a resposta na ponta da pauta...
Há pautas diferentes
para as associações

Espetáculos das bandas em
concertos nas romarias !

A iniciativa, ainda segundo Edson Santos e «para além da promoção dos espetáculos das bandas», pretende integrar estes concertos nas romarias do concelho.
«Pretendemos que este projecto seja o ponto de partida para algo mais abrangente e diferenciador que queremos implementar, dinamizando a participação das bandas nas festas e romarias do concelho, revitalizando e promovendo as nossas raízes culturais e tradicionais», frisou ainda Edson Santos, que acredita que esta «é uma oportunidade para que estas tradições não se percam e sejam passadas de geração em geração».
O programa é o seguinte:
- Dia 24 de Abril, em Aguada de Cima: Banda Alvarense e Banda Nova de Fermentelos.
- Dia 15 de Maio, na Trofa, em Crastovães: Banda Castanheirense.
- Dia 22 de Maio, Trofa, em Os Pioneiros: Orquestra Filarmónica 12 de Abril, de Travassô.
- Dia 10 de Junho, em Macinhata do Vouga: Banda Marcial de Fermentelos.
- Dia 12 de Junho, Águeda, São Sebastião: Orquestra Filarmónica 12 de Abril, de Travassô.
- Dia 18 de Junho, em Travassô: Banda Castanheirense.
- Dia 19 de Junho, em Fermentelos: Banda Marcial de Fermentelos.
- Dia 19 de Junho, em Valongo do Vouga: Orquestra Filarmónica 12 de Abril, de Travassô.
- Dia 15 de Agosto, em Travassô: Banda Alvarense, de Casal de Álvaro.
- Dia 15 de Agosto, em Fermentelos: Banda Nova de Fermentelos.

Óis da Ribeira é que não tem festa nem romaria!!! Ah, esperem..., tem, tem! Há a de Nossa Senhora de Fátima, de 29 de Abril a 1 de Maio de 2022. Com a Tuna / AFOR! 
- O d´Óis Por Três não tem procuração, nem tem que ter..., nem sequer assume as eventuais dores da Tuna / AFOR sobre esta sua continuada exclusão da iniciativas da coligação CMA/UBA. Comenta pelo que lê e pensa. Agora, talvez e entretanto
 estas «coisas» ajudem melhor algum dirigismo associativo local a perceber as «pautas» em que se mete(u).

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