sexta-feira, setembro 08, 2006

OS PACTOS DA POLÍTICA E A FRAGILIZAÇÃO DA DEMOCRACIA

A não ser em situações de crise institucional ou de grande gravidade não vejo para que são necessários os consensos ou os pactos. Não só discordo como considero que os consensos levam a soluções piores. Prefiro as rupturas, aos conformismos consensuais.
Numa democracia parlamentar, o partido que ganhou as eleições recebe um mandato para desenvolver os projectos que propôs, cabe à oposição criticá-los, procurando mostrar que as medidas propostas são más ou piores. Negociar um pacto no segredo significa reduzir o parlamento a uma repartição publica.
Os deputados dos partidos excluídos do negócio vão falar para as paredes e a generalização desta política de consensos pode levar a que o Parlamento tenha mais semelhanças com a antiga Assembleia Nacional do que com um parlamento de uma democracia, os deputados estão lá para fazerem figura de corpo presente, e, de vez em quando, vão engalfinhar-se em torno de questões menores.
Se ainda por cima Sócrates continuar a manter em segredo as suas propostas, impedindo o seu próprio partido,de se prepararem devidamente para a discussão, o melhor é colocarem umas mesas de bilhar no hemiciclo. Nas próximas eleições em que partido iremos votar? No da primeira ou no da segunda assinatura dos pactos?

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