sexta-feira, outubro 20, 2006

OS JACINTOS DA PATEIRA


AI A PATEIRA- QUEM TE VIU E QUEM TE VÊ!
É desolador o aspecto panorâmico da pateira - bonito para um jardim, é certo, se se tratasse de um campo florido - mas chocante para quem a conheceu como lagoa de águas límpidas, aonde barcos moliceiros, jangadas com pinheiros inteiros para construção de navios, regatas, barcos de pesca e caça gaivotas, barcos motorizados fazendo sky aquático, enfim, todas as espécies que flutuavam a belo prazer de cada um e iam desde o cais do então chamado Porto de Asna até ao porto de mar, na Gafanha, rio abaixo-rio acima.

Presentemente, os barcos que se lá encontram são pouco mais que as gaivotas que se podem ver na foto, “prisioneiras” mas de branco, como esperançadas de que ainda hão-de voltar a sulcar as novamente límpidas e libertas águas na pateira. Sim, porque presentemente quem as sulca de norte para sul e de nascente para poente, e vice-versa, ao sabor dos ventos, são mesmo, e só, os jacintos.
- AMÉRICA: Daí, a informação de um conhecedor em terras americanas de casos idênticos que foram inciados por cabos de vai-vem, arrastando a “praga” para as margens, aonde grandes pás mecânicas carregavam caminhões para terrenos de cultivo, cujos campos eram fertilizados por aquelas algas, tirando delas bons proventos. Não me consta, continua, “que no caso em causa, fosse necessário recorrer, de princípio, à ceifeira, exactamente porque os jacintos, inicialmente, são flutuantes”.
A nós, parece-nos também que muito trabalho se podia ir efectuando, até que aparecesse uma outra e melhor solução. Agora, nada fazer, isso é manifestamente “não tentar a cura” e concordar com a morte lenta e prematura. Para complemento informativo da foto que se publica, esclarecemos que foi tirada no domingo, dia oito, e mostra a paisagem entre Ois da Ribeira e Fermentelos, que outrora tinha passagem contínua de barco, entre as duas margens. E agora?… + A. CARVALHAL
+++
2x3: Somos consumidores da net em tudo o que tiver a ver com Óis da Ribeira. Hoje, descobrimos esta peça no Jornal Regional - jornal que não conhecemos nem sabemos de onde é.

Sem comentários: