segunda-feira, setembro 13, 2021

Actriz Bi Fernandes, do «Gira Só», disposta a ressuscitar o teatro da ARCOR!

O cartaz do «Gira Só», inspirado na ARCOR e Óis da Ribeira
Andreia Pereira é a actriz Ni Fernandes
O espectáculo «Gira Só», de Bi
Fernandes, nasceu na ARCOR
e em Óis da Ribeira


A actriz Ni Fernandes, moradora em Óis da Ribeira, disse ao d´Óis Por Três «estar disposta a ressuscitar o Grupo de Teatro da ARCOR».
«O teatro é fundamental numa sociedade, é uma arte de resistência e de união», disse a actriz, respondendo a pergunta do blogue e a propósito do espectáculo «Gira Só», que vai estrear na próxima sexta-feira, dia 24 de Setembro de 2021, às 21 horas, na sala do Gripo Típico O Cancioneiro de Águeda. Repetirá no dia 25 (à mesma horas) e 26, domingo, às 16 horas.
Ni Fernandes é o nome artístico de Andreia Pereira e o enredo resulta de conversas da actriz com utentes do centro de dia da ARCOR e moradores de Óis da Ribeira, em plena pandemia. O enredo aborda o amor, os velhos tempos e a solidão.
«Não tenho qualquer relação familiar com qualquer dos intervenientes da minha performance. Saí do centro da cidade de Águeda, para o centro de Óis da Ribeira», afirmou Bi Fernandes, ouvida pelo d´Óis Por Três, a propósito deste espectáculo.
Os idosos da ARCOR a «girar»...

Teatro a «girar só
» para
apoiar os idosos e recuperar
factos e histórias!

 O «Gira Só» é uma performance teatral e surge no desenvolvimento do Projeto Fénix - Renascer das Memórias, integrado no Concurso «Mentes Inovadoras & Criativas», criado pela Câmara Municipal de Águeda, em 2014.
O Projeto Fénix foi concebido com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos idosos, na tentativa de recuperar factos e histórias alojadas na sua memória e que, posteriormente, possam ser transformados em performances e profundos momentos culturais.
- d´ÓdT: Mudou-se, entretanto, para Óis da Ribeira...
- BF: Mudei-me em plena pandemia, faz este mês um ano.
- d´OpT: Como surgiu a ideia do «Gira Só»?
- BF: O edifício da ARCOR saltou-me à vista e, num período conturbado na cultura e em que foi gritante o (ainda maior) isolamento dos idosos, fez todo o sentido aliar esforços e combater as duas frentes. Eu ofereci a minha companhia e eles, tão generosamente, as suas histórias.
- dÓpT: Foi bem recebida?
- BF: Tive a sorte de ser recebida em Óis da Ribeira pelas melhores anfitriãs. As vizinhas transformaram-se em amigas e tornaram todo o processo de mudança/pandemia, muito mais agradável. As conversas surgiram espontaneamente e foi impossível ficar indiferente às suas histórias, ao seu sentido de humor, à sua generosidade. 
- d´OpT: É boa agente, a gente de Óis da Ribeira... 
- BF: Sabia que tinha de as homenagear de alguma forma. Estar à varanda horas a conversar com a vizinhança era novidade para mim e foi uma surpresa. Fui adotada, é assim que sinto.
- d´OpT: O que nos pode antecipar do espectáculo?
- BF: O espetáculo tem duas figuras centrais: o tempo e a solidão, e ambos viajam por seis personagens sem nome. Personagens que representam as diferentes pessoas com quem conversei. As histórias são a fusão dessas mesmas conversas. Ouvir-se-ão também as vozes de todos os intervenientes.
- d´OpT: O espectáculo também vai subir ao palco em Óis da Ribeira, na ARCOR?
- BF: Apesar da generosidade na partilha, é fundamental salvaguardar a sua identidade/ privacidade. Acho que uma apresentação do espetáculo em Óis, no salão da ARCOR, seria dar uma exposição desnecessária a todas as pessoas com quem conversei. Porque são conhecidas, é uma terra pequena. Mas no futuro, com autorização de todos, quem sabe?
- AMANHÃ: O teatro intimista, com o público !... - 
Teatro, ensino e televisão!

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