segunda-feira, junho 17, 2019

Arcor com prejuízo de 79 417,17 euros em 2018!


O centro social e sede da Arcor - Associação Recreativa e Cultural de Óis da Ribeira
O presidente Mário Marques, o tesoureiro Joel Gomes 
Manuel Soares, o anterior presidente da direcção e 
actual presidente da assembleia geral da Arcor

A Arcor tornou públicas as contas do exercício de 2018, com um surpreendente e assustador saldo negativo de 79 417,27 euros. 
A direcção pre-
sidida por Mário Marques justifi-
ca-se num «ano atípico, devido a inúmeras situa-
ções surgidas, sem estarem programadas». E refere que «temos que ter insta-
lações em bom estado, devidamente apetrechadas com material e recursos humanos, meios de transporte em condições, etc.».
«Quando não temos essas condições, ou até mesmo quando exis-
tam mas que necessitam de constante manutenção, a parte finan-
ceira acaba naturalmente por se ressentir», proclama a direcção de Mário Marques, justificando as contas negativas.
A presidencial explicação vale o que vale e, na assembleia geral, valeu a aprovação das contas.

Prejuízo diário
de 354,5 euros !

O relatório de actividades e contas de 2018  está publicado no site oficial da associação, onde o recolhemos, e nele pode ler-se, por exemplo, que «os gastos verificados sofre-
ram um aumento extraordinário, quando comparados com a tendência que vinha a ser verificada em anos anteriores».
O d´Óis Por Três foi ver os resultados dos anos anteriores, com dados retirados das contas oficiais, e apurou que a Arcor desde 2016 que vem apresentando resultados negativos:

- Ano de 2016, da presidência de Manuel Soares: 12 448,81 euros.
- Ano de 2017, da presidência de Mário Marques: 22 509,86 euros.
- Ano de 2018, da presidência de Mário Marques: 79 417,17 euros.

Isto, soma 114 375,84 euros! 
É «obra», pela negativa.

Os resultados, como se verifica, entraram numa crescente espiral de prejuízos. Mais que sextuplicaram de 2016 para 2018. O ano que a direcção aponta como atípico. E o de 2017? E o de 2016?
As contas de 2018 foram aprovadas em assembleia geral realiza-
da no dia 29 de Março de 2019 e permitem verificar, também, que a actual direcção «retirou» 50 000 euros da aplicação financeira (de 200 000) que tem (tinha) numa instituição bancária, a prazo. Isto é, «somando»  estes 50 000 aos 79 417,17, ficamos a consi-
derar 129 417,17 euros.
A média negativa é absolutamente assustadora e claramente in-quietante: uma média de 354,567 euros de prejuízo por dia, in-
cluindo sábados, domingos e feriados.
É dramático! Profundamente dramático!
Manuel Soares, anterior presidente e actual 
PAG, e Mário Marques, anterior tesoureiro 
e actual presidente da direcção

Contas e 

explicações

O conselho fiscal, no seu relatório, constata que «o resultado positivo previs-
to para 2018 não foi alcan-çado, tendo sido registado um prejuízo de 79 417,17 euros».
A aquisição de uma nova viatura, conservações e reparações são justificações alegadas pelo CF, assim como o «aumento dos custos do pessoal, que afectam significativamente os resultados». Embora, precisa, tenha sido feito «um esforço extraordinário na redução dos custos correntes», o que, ainda segundo o CF, não foi suficiente, devido à «continua diminuição dos apoios estatais», que, sublinha o mesmo CF, «a instituição se tem preocupado ultrapassar com outros meios de angariação de fundos».
A direcção, no relatório de contas, fala disso e da «falta de liqui-
ez», que, de resto, «obrigou a que alguns investimentos fossem adiados ou não fossem mesmo efectuados». E aponta o dedo (aponta a direcção de Mário Marques) à comunidade e sócios, que têm «adesão diminuta» aos eventos da Arcor, nomeadamente os realizados para angariação de fundos.
«Os rendimentos foram inferiores aos custos, com tendência para aumento da diferença entre estes», proclama a Arcor, no relatório de actividades e contas, assinado pelo presidente Mário Marques, pela vice-presidente Teresa Cardoso, pelo tesoureiro Joel Gomes, pelo secretário Rui Fernandes e pelo vogal  Carlos Pereira. O actual executivo.
Os grandes senadores da associação, tão exultados, homenagea-dos e adulados nos últimos aniversários da Arcor, nomeadamente pelos méritos e brilhantismo das suas gestões, que puxem dos seus galões para reverter a situação. Não há outra forma. Ou são ou não são os grandes baluartes do actual vida arcoriana.

1 comentário:

Anónimo disse...

Podem explicar como é que se gasta dinheiro que não se têm?

Quando uma equipa não ganha o primeiro a ser despedido é o treinador!