segunda-feira, junho 17, 2019

Paredão tem 84 anos, a requalificação espera desde 2017!

O paredão ao longo do Rio Águeda e em Óis da Ribeira
O paredão nas Areias e uma das estacas de marcação

O paredão dos campos de Óis da Ribeira come-
çou a ser cons-
truído há exacta-
mente 84 anos e foi (é), sem quaisquer dúvidas, um dos maiores investi-
mentos públicos locais de todo o século XX. 
Ainda hoje é o único, ao longo de todo o rio Águeda. Maior, em Óis da Ribeira, só talvez só a ponte.
Hoje e quase, quase dois anos após a adjudicação, em Julho de 2017, continuam por efectuar as obras de requalificação, desde o Largo do Zebedeu (imediatamente a juzante da ponte) e até ao limite de Requeixo.
Adjudicadas à Aborridas Terraplanagens, de Arouca e pela Câma-
ra Municipal de Águeda, por 218 822 euros, a verdade é que os trabalhos nunca começaram. Previam alguns alargamentos ao actual troço - o edital da Câmara Municipal de Águeda chamava-lhe correcções de largura - e chegaram a estar colocadas estacas a identificar esses locais, com o objectivo de os proprietários saberem onde teriam de ser feitas cedências de área e, até 28 de Julho de 2017, poderem contestar, caso não concordassem.
Vá lá saber-se a razão, mas obras ainda não começaram, o que não se entende.

O paredão,
há 84 anos !

O paredão de Óis da Ribeira começou a ser construído em 1935 e continuou por vários verões, até à década de 60 do século XX, em sucessivos lanços. Foi já nesta década que foi construído o troço entre o Largo do Zebedeu e as Areias.
A Junta de Freguesia do tempo era presidida por João de Oliveira Matos com os vogais Manuel Simões dos Reis (Manelzito) e Sebastião Pires dos Reis, que tinham sido empossados a 14 de Abril desse ano de 1935. O executivo anterior, o que naturalmente mais acompanhou e influenciou o processo deliberativo da construção do paredão, era liderada por José Maria Estima,  com os vogais Joaquim Maria Viegas e Manuel Maria dos Reis (Regedor), de 11 de Março de 1934 a 14 de Abril de 1935. O anterior, também liderado por José Maria Estima e com os vogais Joaquim Maria Viegas e José Simões dos Reis, de 28 de Novembro de 1928 e 11 de Março de 1934.  
Eram tempos em que o poder local assumia, sem remunerações e prebendas, os combates que defendiam os interesses do povo. E por eles movia montanhas!


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