terça-feira, junho 18, 2019

Gastos da Arcor com um «aumento extraordinário...». Pessoal custa 63%!

A sede e o centro social da Arcor
Viatura adquirida pela Arcor em 2018


A Arcor, como já ontem aqui re-
portámos, teve 79 417,17 euros de prejuízo em 2018 e a direc-
ção do presi-
dente Mário Marques justifi-
ca-se em «um ano atípico», repetidamente citado no rela-
tório de contas do ano.
Relatório que, alegadamente, e citamo-lo, «demonstra de forma clara as dificuldades com que se deparou». Demonstre clara-mente, ou não (isso pouco aqui interessa...), a verdade é que é para estas ou outras dificuldades que existem... direcções! Para as resolver. Ou não será assim?
A maior dificuldade de todas, sublinha o relatório, foi «garantir, na medida do possível, o equilíbrio entre dois dos objectivos funda-
mentais», que passam, e continuamos a citar o relatório, pela «manutenção de serviços de qualidade e manter a solidez financeira da instituição», sendo que, lá está escrito e segundo a direcção, que «neste aspecto, foi um ano completamente atípico, devido a inúmeras situações que surgiram sem estarem programadas».
Atípico por demais, assim parece..., muito embora prosseguindo as contas de resultados negativos dos dois anos anteriores - os de 2016 e 2017 (ver post de ontem).
Atípicos serão, por exemplo e continuando a citar o relatório publicado no site oficial da Arcor, serão os custos de energia e gás, protecção do sistema eléctrico, RGPD, qualidade, lavandaria, cozinha e reparação de veículos e do edifício. 
Aqui, e com o devido respeito, não se compreende como estes custos são atípicos. Atípicos porquê? Não estavam (ou estavam?) previstos no plano de actividades e orçamento de 2018.
Os gastos da Arcor, em 2018 e se-
gundo a direcção, «sofreram au-
mento extraordinário»

Pessoal representa
63% dos custos !

«Os gastos sofreram um aumento extraordinário (...)» no ano de 2018 e na Arcor. O relatório oficial de contas refere que «apesar do esforço para diminuir as despesas correntes, o mesmo só foi alcançável na aquisição de géneros alimentícios, não sendo nas restantes rubricas».
A direcção de Mário Marques sublinha a propósito, e como justificação, a «exigente manutenção de infra-estruturas, de equipamentos e viaturas, os gastos extraordinários com o fornecimento de elec-
tricidade e gás, a manutenção do Sistema de Gestão de Qualidade e as constantes alterações dos recursos humanos».
Recursos humanos - ou seja, o pessoal... -, ainda segundo o relatório oficial, cujo custo significa qualquer coisa como 63% da despesa da instituição.
Curiosamente, e ainda segundo o mesmo relatório e «para além do invariável decréscimo das receitas provenientes da Segurança Social», cresceram as mensalidades dos utentes (cerca de 1,5%) e os donativos e receita de eventos (3,5%).

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