quarta-feira, março 24, 2021

* ANO 1946: A terraplanagem dos terrenos da escola primária...

As três salas da escola primária de Óis da
Ribeira estão abandonadas pela Junta


Os primeiros passos para a construção da escola primária de Óis da Ribeira foram dados há 75 anos e a Junta de Freguesia, na reunião de 24 de Março de 1946, nomeou o seu secretário José Maria Estima para acompanhar e dirigir os trabalhos de terraplanagem.
O executivo era liderado pelo presidente Benjamim Soares de Freitas, com o secretário Manuel Soares dos Santos
Benjamim S.
de Freitas
 (Lopes) e, devido à escassez de fundos da autarquia, entendeu pedir apoio a agricultores e lavradores da freguesia para colaboraram na terraplanagem, fazendo-o gratuitamente - o que aconteceu.
A escola era considerada grande ambição de Óis da Ribeira e estava quase concretizada. O edifício, que supomos ser o que corresponde à hoje conhecida como sala velha (a de apenas um piso, a poente do bloco) já estava levantado. A terraplanagem era a dos terrenos circundantes - o recreio.
O executivo, na mesma reunião de há 75 anos, deliberou encarregar Manuel Tomás Carretas para tratar da limpeza e conservação do cemitério e apresentou o primeiro orçamento suplementar, com receita e despesa de 1 632$40à volta de 1000 euros, actualmente.
Apreciado e aprovado pelo executivo, por unanimidade, foi decidido afixar edital com as contas, convidando a população a examiná-las, por um prazo de 8 dias.
Tempos em que contas públicas iam a sufrágio do povo eleitor.

Outros anos,
outros factos!
ARCOR Teatro 1, Padre Manuel, ARCOR Teatro 2, 
Música de Câmara, vala hidráulica rio/pateira e ARCOR Contas

O cartaz de 1985
L. Costa

ANO 1985, há 36 anos !
1 -  ARCOR TEATRO 1: O Grupo de Teatro Amador de Óis da Ribeira (GTAOR) deslocou-se a Eirol no dia 24 de Março 1985, onde representou a peça «Da miséria à loucura», drama em três actos.
O programa deste «magnífico espectáculo» - como se lê no cartaz de há exactamente 36 anos, incluía as comédias «Um médico à pressa» e «Os dois vadios» e também o monólogo «S´tá aqui... mas é meu».
Os ensaios e caracterização foram de Leonildo Costa, com interpretações dos actores amadores António Tavares (interpretando Jorge), Celestina Dias de Oliveira (Emília), Lotário Ribeiros dos Santos (António e vilão), José M. Oliveira (Pedro), Dionísio Gomes Prazeres (Marcos e fidalgo), António Horácio Tavares (enfermeiro), José Melo (médico), Maria de Lurdes Campos (turista e ponto) e Armando Meireles (policia).
O espectáculo, muito aplaudido pelo muito público presente, decorreu no salão cultural do Centro Social de Eirol. Armando Ferreira era o presidente da direção.
Padre Manuel

- ANO 2007, há 13 anos!
2- PADRE MANUELO padre Manel Simões da Silva, pároco de Santo Adrião de Óis da Ribeira de 1966 a 1969, faleceu a 24 de Março de 2007, há 14 anos e aos 75 de idade.
Natural de Oiã, lá nasceu a 10 de Outubro de 1931 e foi ordenado a 21 de Setembro de 1958, por D. Domingos da Apresentação Fernandes. Exerceu nas paróquias de Águeda e Castanheira do Vouga (1958/66), Travassô e de Óis da Ribeira (1966/69), Vilarinho do Bairro (1969/76), Avanca (1976/89), Amoreira da Gândara (1989/2003) e Troviscal (de 1989 até à morte). Também foi professor de Educação e Moral Católicas na Escola Industrial e Comercial de Águeda e no Colégio de S. Bernardo, em Águeda. 
Durante a doença e após a morte do pároco de Oliveira do Bairro, padre Miguel Duarte, ainda ali foi administrador paroquial (2003/04). Desde o princípio de 2007, o padre Manuel residiu no Lar de S. Martinho de Ouca, sem deixar o seu dever paroquial no Troviscal. Muitos óisdaribeirenses agora na casa dos 50 e mais anos se lembrarão do padre Manuel, como era conhecido na paróquia, onde foi sucedido pelo padre António Nunes da Fonseca.
Elenco de «Quem matou?»

- ANO 2001, há 20 anos !
3 - ARCOR TEATRO 2: O Grupo de Teatro Amador (GTA) da ARCOR apresentou-se em Eirol a 24 de Março de 2001, há 20 anos, com a peça «Quem matou», num espectáculo que incluía a comédia «Prima Elvira» e o monólogo «Estou roubado».
A estreia tinha sido a 3 de Fevereiro, em Óis da Ribeira, seguindo-se actuações em Paradela (dia 10), Segadães (17) e Requeixo (24), Crastovães (10 de Março), Frossos (17) e Eirol (24), antes da última representação, em Óis da Ribeira (31).
O grupo, ver foto, era formado por Porfírio Pires, António Prazeres, João Paulo Gomes, José Manuel Alves, Carla Rodrigues e o ensaiador Firmino Santos (de pé), Carlos Pereira, Hernâni Pires, José Manuel Gomes, Isaltina Pires, Eliane Alves e Clara Santos.
A direção da ARCOR era presidida por Fernando Reis.

- ANO 2005, há 16 anos!
4 - MÚSICA DE CÂMARAO salão cultural da ARCOR foi palco, a 24 de Março de 2005, para um concerto de Música de Câmara, com a Academia Internacional de Sopros.
A direção era presidida por Celestino Viegas e a iniciativa estava integrada no ciclo «Música em Talábriga», do pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Águeda. Era especialmente dedicado à população sénior mas obviamente franqueado a todo o público óisdaribeirense e, naturalmente, aos utentes do Centro Social da ARCOR.
A reunião da JFOR e o INAG

- ANO 2006, há 15 anos!
5 - VALA HIDRÁULICA: Fernando Alcatrão, responsável distrital do Instituto Nacional da Água (INAG), esteve em Ois da Ribeira para estudar a viabilidade de construção de uma vala hidráulica entre o rio Águeda, na curva de Requeixo, e a pateira.
O objectivo era evitar os prejuízos que as cheias causavam aos proprietários dos terrenos daquela zona durante os períodos de cheias e Fernando Pires, presidente da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, argumentou que com a vala hidráulica se regularizavam as cheias e se evitava o assoreamento da pateira. para além de se evitar, também, a danificação dos caminhos rurais.
Hoje, 15 anos passados, sabe-se que a vala hidráulica não foi construída.
Celestino Viegas e
Agostinho Tavares

- ANO 2006, há 15 anos!
6 - ARCOR CONTAS: A assembleia geral da ARCOR, reunida a 24 de Março de 2006, aprovou as contas de 2005, com resultados líquidos de 107 360,08 euros.
As contas referiam-se a um ano com duas direções: a de Celestino Viegas, até 30 de Abril, depois a de Agostinho Tavares.
As principais receitas foram as de subsídios estatais, no valor de 180 742,96 euros (seriam agora 217 862,18) e as mensalidades das valências sociais, de 141 941,86 euros (agora seriam 171 992,49).
A ARCOR, na altura, tinha em funcionamento as valências de creche, jardim de infância e ATL, centro de dia e apoio domiciliário). E sonhava com o lar, cujo projecto que a direção de Agostinho Tavares prometia elaborar.
Além disso, tinha as secções de teatro (parada em 2006 e 20007 e de novo em palco a 2 de Fevereiro de 2008, entretanto extinta, em 2012) e canoagem (extinta em 2007 e restaurada em 2008), biblioteca e marchas populares (interrompidas em 2020), formação profissional (extinta), cultura, lazer e recreio (de que pouco se sabe).

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