terça-feira, abril 04, 2017

Oposição travassÓisense, votos, denúncias e chinfrins!

Uma das sessões da Assembleia de Freguesia de TravassÓis, no salão da sede
oficial, em Óis da Ribeira. A Mesa da AF (à esquerda), o executivo socialista
de Mário Martins (ao centro) e os restantes eleitos (à direita)
A oposição (PSD) travassÓisense ao executivo de Mário 

Martins (PS/CDS): Germano Venade, Sérgio Neves, 
Sofia Marques e Manuel Almeida (Capitão)


A oposição, em TravassÓis é obviamente o PSD, que tem 4 eleitos na Assembleia de Freguesia - contra os 5 do PS. E é o pre-
sidente Sérgio Neves quem mais tem dado a cara, nem sem-
pre com sereni-
dade e objectividade, mas mostrando (embora signi-
ficativamente melhoran-
do) a verdura da sua am-
bição política. Ele mes-mo, no seu manifesto eleitoral de 2013, mani-
festo de compromisso, admitia que poderiam (os eleitores) achá-lo «demasiado jovem».
Os últimos candidatos da lista do PSD
nas Eleições Autárquicas de 2017 
Ser jovem, todavia, não é pecado e muito menos defeito. Pode até ser alavanca e razão de grandes projectos, esperança de um bom futuro, uma poderosa e ponderada motivação para construir o novo tempo que qualquer político promete -mesmo que não cumpra. Ele mesmo sugeria, no manifesto de 2013, «uma postura activa e dinâmica», afirmando que, e citamo-lo de novo, «não abdico de vos ver a todos, sem excepção, neste projecto». O dele e do PSD.
- ABDICAR. Abdicar, abdicou (dele) a maioria dos eleitores de TravassÓis e principalmente os de Travassô, que deram a vitória ao PS e ao socialistas (do CDS) Mário Martins. Embora «tangen-
cialmente», ficou a 121 votos: PS teve 698 (51,10%), sendo 182 de Óis; e o PSD 577 (41,73%), sendo 227 de Óis. 
Note-se a curiosidade de o PSD ter tido mais votos (227) em Óis da Ribeira que o PS - que se ficou pelos 182, menos 45!
O PS, com ex-CDS´s, porém, «esmagou» em Travassô, a sua base eleitoral: teve 516 votos. O PSD de Sérgio Neves ficou-se pelos 350, a 166 do socialismo democrata-cristão de Mário Martins.
Membros da Assembleia de Freguesia de Tra-
vassÓis: Diamantino Correia, Vital Santos,
Germano Venade, Filipe Almeida e Zélia Ma-
tos. Um PSD (Venade) no meio de 4 PS´s
- PEDIR E EXIGIR: O líder oposicionista e presidente da AF de TravassÓis declarou, em 2013, «ir sempre pedir e exigir o máximo que pudermos e a que tivermos direito». Pois bem, muitas vezes pediu explicações ao execu-
tivo socialista mariano, mas a poucas respostas teve direito. A principal ferramenta de que a oposição dispôs para expor as fragilidades da «monárquica» gover-
nação mariana (o direito à informação e ao escla-
recimento dos seus actos de gestão da coisa pública) não passou, nas mais das vezes, de um enorme chinfrim - no qual, de resto, voluntária ou incons-
cientemente, alinharam quase todos os eleitos da Assembleia de Freguesia, de um e de outro partido - às vezes mais parecendo um concurso de quem fala mais alto, ou interrompe mais vezes.
- DENÚNCIA: O acto mais visível da oposição foi a denúncia de actos administrativos da Junta de Mário Martins. Com uma «vitória» na queixa de Presidente da Assembleia de Freguesia de Travassô e Óis da Ribeira contra o Presidente da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira - Processo n.º 196/2015, teve o Parecer n.º 205/2015, com a relatora drª. Helena Delgado António. Aprovado por unanimidade, o parecer refere que “deve ser facultado o acesso aos documentos solicitados existentes”.
Ao contrário, a que tinha sido feita em Julho de 2015, também pelo presidente da Assembleia de Freguesia, não teve acolhimento da Inspecção Geral de Finanças e foi arquivada.
Brasões de Óis da Ribeira (4 castelos)
e Travassô (com 3). O brasão oficial da
União de Freguesias continua por
aprovar e oficializar. Há 4 anos!
- ASSEMBLEIAS: As sessões da Assembleia de Freguesia foram repetidamente tumul-tuosas e basta lembrar a últi-ma, a de Dezembro de 2016, que foi de caixão à cova, com interpelações agrestes e pro-vocadoras, ameaças de de-núncia ao Ministério Público e acusações de mentiroso, al-drabão, ladrão, parvo e outros mimos, entre os eleitos.
As ameaças de Ministério Pú-
blico foram de Manuel Mar-
ques Capitão (PSD), que exigiu explicações a Mário Martins sobre a acusação (de roubo, afinal...) de que os «laranjas» teriam tirado documentos da se-
cretaria da Junta na Delegação de Travassô, aquando de uma sua fiscalização. Acusação anotada em acta, assim ficando registada para a história de democracia travassÓisense.
Isto foi possível? Foi possível, sim senhor, aconteceu e foi visto e ouvido por muita gente, sob o olhar cúmplice e a participação activa do líder da oposição - que, aliás, frequentemente foi actor activo dos tumultos em que transformaram as Assembleias de Freguesia de TravassÓis, nomeadamente nas suas réplicas e tréplicas com Mário Martins, o presidente da Junta de Freguesia.

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