segunda-feira, novembro 01, 2021

* ANO 1755: O terramoto em Óis da Ribeira! A digressão da Tuna de Óis da Ribeira em 1906; o polidesportivoa da ARCOR em 1992; e a praga dos jacintos na pateira!

A carta do padre Francisco Almeida
para o Bispo-Conde de Coimbra e
o Marquês de Pombal
Marquês de Pombal


O terramoto de 1755, há 266 anos, também se fez sentir em Óis da Ribeira e o inquérito nacional mandado fazer pelo Marquês de Pombal foi respondido pelo padre Francisco de Almeida, o pároco de Sant Adrião, já a 15 de Maio de 1756.
A resposta foi enviada ao Bispo Conde de Coimbra, Diocese a que, ao tempo, pertencia a Paróquia de Santo Adrião de Óis da Ribeira e o padre Francisco de Almeida era o clérigo titular, dando conta que o terramoto se fez sentir por volta das 9,06 horas da manhã, durante 4 minutos e sem causar «muita bulha».
Repetiu-se 40 dias depois, por coisa de 2 minutos e «com menos estrondo que o primeiro». O sacerdote informou também não saber se outras réplicas houve, mas precisava que ao rio não chegou maré, nem alterações se viram, como não se viram bocas abertas na terra ou alguma fonte rebentou. 
O povo, ainda segundo o padre Francisco de Almeida, «despertou para Deus» e registaram-se muitas confissões e várias penitências. Por exemplo, em três noites seguidas realizaram-se procissões à capela de Santo António, com o clero e o povo descalços, cantando a ladaínha e «chorando muitos amargamente».
Óis da Ribeira, a esse tempo, tinha 125 homens e rapazes de comunhão e 146 mulheres. Cabanões era lugar meeeiro e tinha 39 homens e 93 mulheres.


Outros tempos,
outros factos !
A digressão da Tuna de Óis da  Ribeira em 1906; o polidesportivo da AERCOR em 1992; a praga dos jacintos na pateira em 2020!

Jacinto Matos
A bandeira da Tuna oferecida
pelo Conde de Sucena 


1 - ANO 1906,
há 115 anos
- DIGRESSÃO DA TUNA MUSICAL A ESTARREJA  E À TORREIRA, COM CONCERTOS EM AVEIRO,  ESGUEIRA, EIXO, ALMEAR, TRAVASSÔ E CABANÕES:  A Tuna de Óis da Ribeira fez, a 1 de Novembro de 1906, há 115 anos, uma memorável digressão a Estarreja e à praia da Torreira.
O grupo era formado por mais de 40 pessoas, que viajaram de barco, pelos rios Águeda e Vouga, depois na Ria de Aveiro, e a Tuna apresentou-se com peças do seu variado reportório, coroadas de aplausos, quer na vila estarrejense - onde desfilou com a bandeira oferecida pelo Conde Sucena na frente... -, quer na praia, onde se juntaram milhares de pessoas, que se despediram do barco agitando lenços.
A Tuna tinha 20 músicos e era ao tempo dirigida por Jacinto Matos, ferreiro de profissão. Já em Aveiro, voltou a tocar e, sempre de regresso a casa, também em Esgueira, Eixo, Almear, Travassô e Cabanões.
O professor Joaquim Augusto Tavares da Silva e Cunha era o presidente da direção, com o secretário Manuel Claro de Almeida, o tesoureiro Jacinto Matos (o maestro) e os vogais José Ferreira das Neves Júnior e Manuel Maria Tavares da Silva.
O cimentado do polidesportivo


2 - ANO 1992,
há 29 anos !
- A DECISÃO DE CONSTRUÇÃO DO 
POLIDESPORTIVO DA ARCOR:  A direção da ARCOR, reunida a 1 de Novembro de 1992, há 29 anos, deliberou avançar com as obra do do polidesportivo da associação, no baldio das Pedrinhas da Forca.
O executivo era presidido por José Melo Ferreira, que nesse dia decidIu ir ao local para fazer a marcação do cimentado, com a aberura dos alicerces e a compra de materiais.
A abertura dos alicerces viria a ser executada por António Manuel dos Reis, o actual presidente da direção da Tuna / Associação Filarmónica de Óis da Ribeira. O transporte de materiais foi entregue a José Pires e os primeiros trabalhos tiveram apoio do Regimento de Engenharia de Espinho, da Junta de Freguesia de Óis da Ribeira e da Câmara Mnicipal de Águeda  
A pateira e os jacintos na margem de Óis da Ribeira


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A draga esta lá, mas quase sempre parada
  

3 - ANO 2020,
há um ano!
- A PRAGA DOS JACINTOS
NA PATEIRA
: Há um ano, e sobre os jacintos na pateira,  o d´Óis Por Três escrevia o que a seguir se lê e, infelizmente, continua actual:
«Os jacintos são já praga redundante da pateira: falar deles é tempo perdido e enrodihado nas promessas em visitas de políticos, moções de partidos e associações ambientais. E o blá-blá-blá das autoridades locais.
É tudo, infelizmente, um dramático «faz de conta» que deveria envergonhar as autoridades responsáveis e todos quantos, pelo seu dever público - de eleitos ou de meros cidadãos... -, deveriam ter acção e operação activas, profíquas e atempadas.
O lamaçal de notícias que todos os dias nos azucrinam a vida sobre os jacintos só nos nos tornam mais infelizes, como cidadãos e amantes da lagoa.
As reações do povo, por muito indignadas que sejam, não tem, infelizmente, contrapartida dos vários 
poderes locais.
Que mandam umas papaias, gritando como se fosse cair o mundo, o carmo e a trindade, mas a verdade é que isso não vai adiante de uma mera «ficção» e que solução para o problema dos jacintos.... continuamos a vê-la pelo canudo da mentira em que se especializaram o(a)s eleito(a)s que pregam promessas a pontapé.
O que mais aflige, no meio disto tudo, é que esses tais poderes locais não se unam e façam do problema dos jacintos um problema para... resolver. 
Aí, e nesse combate, é que os queríamos ver!
Não, meramente, a editar peleio fiado em páginas de facebook».
||| Ontem, como hoje, sobram jacintos e promessas. Faltam soluções!

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