quinta-feira, fevereiro 02, 2006

ANIVERSÁRIO DA ARCOR


Associação de Ois da Ribeira
ARCOR AOS 27 ANOS
DESAFIA O FUTURO PRÓXIMO
A ARCOR assinalou o 27º. aniversário no domingo, 29 de Janeiro, num almoço que contou com a presença de centena e meia de pessoas (...), servido nas suas novas instalações, ainda por inaugurar, abrilhantado pela Tuna de Ois da Ribeira.
O presidente Agostinho Tavares referiu ser "com alegria e orgulho o facto de estar a liderar esta instituição", mas quando o convidaram há 27 anos para fazer a escritura de constituição "estava longe de pensar que haveria de sero presidente".
A obra do Centro Social da ARCOR esteve presente em quase todos os discursos proferidos pelos oradores. Orçada em 1,25 milhões de euros, possui 2.897 metros quadrados de área de construção e alberga um salão cultural e recreativo polivalente, uma biblioteca e estúdio de teatro, um ginásio, gabinete médico e quarto de retenção, barbearia e lavandaria e um parque para 40 viaturas. Ao lado encontra-se ainda um parque de lazer, agrícola e ambiental com 6.235 metros quadrados.
A ARCOR possui actualmente às valências de creche (com 23 crianças), jardim de infância (31), ATL (25), centro de dia (9) e apoio domiciliário (5). Em breve está prevista a construção de um novo edifício, junto a este, que servirá para centro de noite.
Instalações de qualidade ímpar
O comendador Adolfo Roque, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Águeda, referiu ter ficado surpreendido com as instalações apresentadas por esta "instituição de qualidade e abrangente em valências". O empresário da Revigrés sublinhou a "sorte de terem quem tivesse a iniciativa da construção deste empreendimento e arranjasse dinheiro, sensibilizando as entidades oficiais e particulares". Adolfo Roque foi mais longe e considerou o Centro Social da ARCOR de "instalações de qualidade ímpar", elogiando os seus dirigentes por conseguir tê-las a funcionar.
O aguedense Celestino de Almeida, director da Segurança Social de Aveiro, salientou "o período curto de execução da obra" e considerou "tratar-se de uma obra de nível superior realizada num tempo próximo do ideal, desde a sua projecção até à sua execução e utilização, ao contrário de cerca de 50 obras do distrito de Aveiro que, apesar de se terem iniciado na mesma altura, ainda estão em construção".
Estes atrasos, vêm, no seu entender provocar desfasamentos relativos aos propósitos iniciais, já que terão de ser alterados e adaptados. Celestino de Almeida lembrou que só nos últimos quatro anos, a Segurança Social contribuiu com mais de 200 mil euros, dos quais 120.760 só em 2005, provenientes de receitas extraordinárias do Euromilhões e prometeu tudo fazer para "amenizar os responsáveis pelas dívidas desta obra", porque "admiro a dinâmica e a coragem dos dirigentes da ARCOR".
O pároco de Ois da Ribeira, Júlio Granjeia, reiterou as palavras do bispo deAveiro, que considerou "a obra maior que a freguesia" e QUE "não fosse a carolice, a abnegação e a disponibilidade de uns tantos, sacrificando o lazer e disponibilidade em casa, e esta obra não estaria em pé", salientou. Júlio Granjeia denunciou o problema da ARCOR. "Não se trata de dinheiro, mas a assunpção de todos nesta obra que é para todos" e lamentou aqueles que faltaram a este aniversário "porque ainda não acreditam nesta obra que até é para eles".
De tempos difíceis a obra digna
Gil Nadais, presidente da Câmara Municipal de Águeda, recordou os tempos difíceis em que a ARCOR apenas possuía uma cave na Junta de Freguesia, onde funcionava um ATL para crianças. "Hoje estamos numa obra muito digna, muito grande", sublinhou o autarca, que lembrou ainda a modalidade da canoagem, a que a ARCOR se dedica, garantindo melhores condições da Pateira.
As sucessivas direcções da ARCOR foram enaltecidas por Gil Nadais, como verdadeiros responsáveis pelo sector social de Ois da Ribeira.
A obra social da ARCOR, baseada na "carolice" , foi igualmente realçada por Paulo Matos, presidente da Assembleia Municipal de Águeda, que enalteceu o papel de Manuel Soares, antigo presidente da Junta de Ois da Ribeira, nas diligências que fez, nos anos 80, para que a Câmara Municipal adquirisse os terrenos onde hoje se encontra construído o Centro Social. "Deve-se fazer a justiça de enaltecer a Junta de Freguesia que soube ter esta visão de apresentar o primeiro projecto deste verdadeiro centro comunitário que é um orgulho para toda a comunidade ribeirense", sublinhou Paulo Matos.
Os apoios da Câmara, que se estimam em 50.000 euros por ano, e de alguns mecenas, como o comendador Adolfo Roque, foram ainda lembrados pelo presidente daAssembleia Municipal que considerou "uma obra que está para além das fronteiras de Ois da Ribeira".


2X3: Notícia e foto do jornal Soberania do Povo, de 3 de Fevereiro de 2006, asssinada por Edgar Jorge

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