O que está em causa não é a qualidade dos cartunes (já vimos muito melhor) ou pretensas motivações xenófobas de um pequeno jornal de direita dinamarquês. Estamos perante uma simples escolha: defendemos a nossa liberdade conquistada em centenas de anos de luta contra os fundamentalistas e os inquisidores da Igreja Católica ou metemos o rabinho entre as pernas perante o chantagismo desses fanáticos que queimam bandeiras e instigam à violência contra os infiéis.
Esse tipo de comportamento é conhecido na Europa - erradicá-lo custou-nos muitos anos e muitas vidas. Giordano Bruno, por exemplo, foi queimado na fogueira da Inquisição por ousar defender as teorias de Copérnico, falando de uma infinitude de mundos e a possibilidade de outras vidas no cosmos. Defendeu, entre outras coisas, que a Terra se movimentava em redor do Sol, sustentando as ideias heliocêntricas de Copérnico e rejeitando o mundo fechado de Aristóteles. Vinte anos depois, Galileu foi também acusado de blasfémia e heresia por defender as mesmas ideias, só não tendo o mesmo destino de Giordano Bruno porque teve medo e deu o dito por não dito.
Não se podem comparar a importância dos ensinamentos de Bruno e Galileu à produção medíocre de doze cartunistas dinamarqueses, mas a intolerância, o fanatismo e a barbárie que despoletou são familiares.
O escritor Salman Rushdie foi condenado à morte por causa do livro Versículos Satânicos e nunca mais teve um minuto de sossego na vida.
O realizador holandês Theo van Gogh foi assassinado por um extremista muçulmano por causa de um filme em que denunciava a violência exercida sobre as mulheres no Islão.
O que nos separa dos extremistas muçulmanos são 400 anos de luta pela liberdade. E está visto que essa luta ainda não terminou. Ainda bem que sou Europeu.
P.S. - O ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral (na fotomontagem), em nome de Portugal, criticou a publicação dos cartunes sem sequer referir a violência que despoletou? Depois veio dizer que não referiu a violência porque já se sabe que somos todos contra? Mas desde quando é que condenar a violência passou a ser uma mensagem que se diz nas entrelinhas? O homem tem uma venda nos olhos?
Esse tipo de comportamento é conhecido na Europa - erradicá-lo custou-nos muitos anos e muitas vidas. Giordano Bruno, por exemplo, foi queimado na fogueira da Inquisição por ousar defender as teorias de Copérnico, falando de uma infinitude de mundos e a possibilidade de outras vidas no cosmos. Defendeu, entre outras coisas, que a Terra se movimentava em redor do Sol, sustentando as ideias heliocêntricas de Copérnico e rejeitando o mundo fechado de Aristóteles. Vinte anos depois, Galileu foi também acusado de blasfémia e heresia por defender as mesmas ideias, só não tendo o mesmo destino de Giordano Bruno porque teve medo e deu o dito por não dito.
Não se podem comparar a importância dos ensinamentos de Bruno e Galileu à produção medíocre de doze cartunistas dinamarqueses, mas a intolerância, o fanatismo e a barbárie que despoletou são familiares.
O escritor Salman Rushdie foi condenado à morte por causa do livro Versículos Satânicos e nunca mais teve um minuto de sossego na vida.
O realizador holandês Theo van Gogh foi assassinado por um extremista muçulmano por causa de um filme em que denunciava a violência exercida sobre as mulheres no Islão.
O que nos separa dos extremistas muçulmanos são 400 anos de luta pela liberdade. E está visto que essa luta ainda não terminou. Ainda bem que sou Europeu.
P.S. - O ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral (na fotomontagem), em nome de Portugal, criticou a publicação dos cartunes sem sequer referir a violência que despoletou? Depois veio dizer que não referiu a violência porque já se sabe que somos todos contra? Mas desde quando é que condenar a violência passou a ser uma mensagem que se diz nas entrelinhas? O homem tem uma venda nos olhos?
Ele há coisas... E acreditem, estas coisas chateiam-nos.
1 comentário:
Este Freitas nunca me enganou desde que esteve no CDS, foi candidato do PSD e agora está no PS e ainda há-de chegara o PCP ou ao Bloco, vão ver...
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