sexta-feira, maio 04, 2007

OIS NO SÉCULO XX - 3

Festa de S. Pedro
em 1901

"Ois, no dia 28 de Junho, despertara aos sons festivos do sino da sua egreja, N´esse dia, esta verdejante ilha perdida entre crystalinas aguas, rejuvenescia ás sonoras risadas da sua alegre rapaziada."

O S. Pedro !....

Sim, festejara-se aqui, pela rapaziada das ruas da Igreja e Viveiro, o chaveiro do céu. Quem não se recorda com saudade d´esse dia tão alegre?

"Não é nosso fim vir aqui fazer a apologia do santo, nem a história da decadência dos festejos em sua honra; mas dizer umas breves palavras sobre a festa que este ano fez com que a Ois affluisse muita gente das povoações limitrophes. Em frente ao adro da egreja erguia-se um elegante e bello pavilhão, artisticamente architectado e que merece louvores. Junto d ´este via-se um jardim, cujas plantas, dispostas em perfeita harmonia, encantavam a vista. Do meio d´este pequeno paraizo, e para mais realçar a sua belleza. Elevava-se um jacto de água, cujas pérolas diamantinas vinha, cair por entre uns rochedos graciosamente collocados.

Da egreja até ao «Águeda», aquellas duas ruas, onde se notava um delirante enthusiasmo, estavam caprichosas e pitorescamente ornamentadas, produzindo o seu aspecto belo efeito. No largo do rio via-se outro jardim e outro pavilhão (…). No centro deste e d´uma pyramide primorosamente revestida de pinhas, brotava um outro repucho, sendo cercados por um simétrico gradeamento ornado das mesmas. Por cima d´este jardim estava o pavilhão, cujo effeito era surpreendente. Além d´isso havia uma coreto onde por vezes tocou a «tuna» Fermentelense, estando aquelle largo e rua entretecido de fios, uns vestidos de bogalhos e outros de buxo e outros vegetaes, d´onde pendiam balões venezianos, cuja luz em myriadas de tons se reflectia nas serenas aguas do «Águeda».

Passamos aos festejos. No dia 28 das 9 e meia à 1 e meia, tocou no pavilhão que estava em frente do adro, a conceitoada tuna Fermentelense «que se portou à altura». Em seguida foi tocar para o do Viveiro até ás 3 horas da madrugada. No dia seguinte, 29, a mesma tuna tocou novamente nos dois pavilhões, desde as 6 horas da tarde até ás 11 de noite."
* Tavares da Cunha

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2X3: Notícia retirada DAQUI.

1 comentário:

Anónimo disse...

Agora não há festas, já não há festeiros para além das pançadas da tuna.