Fiz, já adulto, peças jornalísticas de perder a conta. Sobre o que ouvira na infância e juventude mais os anseios da população ribeirinha e dos autarcas. Testemunhando visitas e veiculando promessas de quem poderia mudar o destino à lagoa.
Escuto sentimentos de angústia perante novas ameaças e gritos de alerta face à alegada indiferença de quem decide.
Assisto a tentativas políticas, a jogadas de charme, a reivindicações inconsequentes. A Pateira está hoje na agenda política local para além dos actos eleitorais. Quando os seus problemas são apresentados na distante Lisboa ainda lhe chamam... Barrinha - e confundem-na com a de Esmoriz.
Onde estão afinal, e o que têm feito, os deputados eleitos por Aveiro? Porque não são eles a apresentar em Plenário, na Assembleia da República, as preocupações dos autarcas de Águeda? Porque não se reúnem eles com as autarquias da região e preparam uma acção conjunta? Porque será que, tantos anos passados, essa Pateira que ninguém parece saber onde fica ainda se discute no Parlamento?
Temo que tudo continue na mesma. Que a personalização e as rivalidades predominem perante o essencial.
Há coisas que não mudam nunca. Mudarão um dia?
AUGUSTO SEMEDO
1 comentário:
Bom comentário, mas inocente: os deputados foram eleitos para garantir um bom ordenado e uma reforma antecipada cheia de prebendas.
Nem os de Águeda fizeram nada,estou a recordar-de há uns aos o Manuel Alegre estar em Espinhel a falar, falar sobre a pateira,que ia fazer isto e aquilo e não fez nada, que eu saiba. Fez?
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