O presidente foi aos arames com o «vice» da Câmara

Fernando Pires, presidente da Junta de Freguesia de Ois da Ribeira (à esquerda, na foto, com o presidente Gil Nadais), mostrou-se indignado com a reacção do vice-presidente da Câmara Municipal, Jorge Almeida, relativamente à empreitada de construção dos sanitários sul da pateira.
“Não quero, de modo nenhum, ser desagradável com o vice-presidente da Câmara, mas a verdade é que andou a prometer a transferência da verba para que a Junta pudesse concluir a obra, e, até agora, ainda não o fez”, desabafou Fernando Pires, ouvido por SP.
“A Junta de Freguesia não tem dinheiro para concluir esta ambição antiga e o vice-presidente do município sabe disso!”, acrescentou o autarca, antes de revelar alguns contornos das conversações com a Câmara Municipal.
“Em meados de 2010, solicitámos a transferência dos 7.500 euros, para darmos início às obras, tendo o vereador Jorge Almeida sugerido que fosse feita uma intervenção no espaço, de modo a justificar a transferência dessa verba. Nesse sentido, lavrámos o terreno, retiramos os inertes e fizemos as fundações, com a indicação de que até ao final do ano receberíamos a verba”, disse.
“Ou seja, fizemos tudo de acordo com as directrizes do vice-presidente e, também, dos técnicos municipais, e o vereador até sabe que, no final da Assembleia Municipal de Março, quando o questionei das razões para que o protocolo não tivesse sido levado a essa sessão, me pediu para não fazer “ondas”, com a promessa de que o protocolo seria apresentado na sessão de Junho!”, desvendou Fernando Pires.“Só que o protocolo continua na gaveta, com a desculpa de que são precisas verbas para alavancar obras que serão comparticipadas pelos fundos comunitários”, referiu o autarca ribeirense, que disse não perceber “a razão de tanta dificuldade para transferirem uma verba tão insignificante para os cofres da Câmara Municipal”.
“Por mim, dou por encerrada esta discussão, que seria desnecessária se a palavra do vice-presidente fosse cumprida, mas não descansarei enquanto a obra não estiver concluída”, rematou o autarca.
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