A apanha do moliço já não é bem do tempo do d´Óis Por Três, mas há histórias da lareira dos avós que nos levam a recuar para o dia 25 de Agosto, quando o sino da Igreja de Fermentelos dava o sinal para que os povos das freguesias ribeirinhas pusessem mãos à vara e galgassem as águas da pateira para o apanhar, de ancinho puxado ao ombro e força de homens para o chegar à bateira e depois remar esta até aos portos da margem e lá a descarregar.
O moliço servia de adubo para as terras e tinha duas épocas de apanha. Era esta, a que abria a 25 de Agosto, e outra que seria por finais de Março e até Junho, salvo erro. Era carregado à força braçal, em carros de bois (foto ao lado) e mais tarde em tractores, para as terras.
O moliço deixou de existir, principalmente depois da dragagem da pateira, já poucos se lembram dele e da importância que tinha na economia agrícola local. Muito menos do 25 de Agosto e do seus rituais, dia do qual o d´Óis Por Três gostaria de conhecer mais pormenores. E alguém quiser ajudar...
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