sexta-feira, setembro 15, 2017

A finada Assembleia de Freguesia da (des)União de TravassÓis

Os eleitos de TravassÓis reunidos na sede da União de Freguesias, em Óis da Ribeira,
numa das muitas polémicas sessões de aprendizagem da... democracia
Sede da União de Freguesias de
TravassÓis, em Óis da Ribeira 

A Assembleia de Freguesia da (des)União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira teve ontem a sua última reunião. Tocou a finados. Que a terra lhe seja leve.
O adeus dos eleitos de 2013/2017 ocorreu no modes-
to salão da Delegação de Travassô da UFTOR, sala de espera do posto médico, e o veterano e recandidato pre-
sidente do executivo lasti-
mou-se: faltou-lhe colabo-
ração dos eleitos. Que, por exemplo e por acaso, ou talvez não, lhe chumbaram as contas por duas vezes. Este executivo travassÓisense, de resto, deve ter batido um record mundial: o de contas chumbadas em 4 prestações. Duas vezes! Contas de 2 anos por aprovar. É... obra!
A principal oposição ao mariano executivo teve a singular curiosidade de ter sido principalmente assumida pelos eleitos socialistas de Óis (Diamantino Correia e Vital Santos) embora todos estejamos lembrados dos desarranjos argumentativos e acusatórios (a rasar a boçalidade) entre os presidentes Mário Martins (o eleito do CDS, depois do PS e agora candidato dos independentes Juntos, da Junta) e Sérgio Neves, da Assembleia de Freguesia (do PSD). Ou da truculência interventiva do dinossáurico Manuel Almeida (Capitão), que, acusado (com outros eleitos do PSD) de roubo de documentos da Junta de Freguesia, ameaçou com o Ministério Público.
Ou das queixas oficiais dos eleitos do PSD sobre contas do executivo. Ou dos regulares «não respondo» com que Mário Martins «respondia» a interpelações dos eleitos da Assembleia de Freguesia. Ou das veementes interpelações do público, por vezes roçando o insulto ao executivo. Lembram-se?
O melhor é esquecer.
Os mimos de ontem foram mais revivalistas que actuais e/ou oportunos, em duas horas de conversa a «fiar» tempo e algumas picardias. Por exemplo, avivando memórias sobre as obras aprovadas em orçamento e plano de actividades e que ficaram por fazer, tendo sido feitas outras. Outras, recordemos, não planificadas, não orçamentadas e não aprovadas e de interesse geral pouco ou nada reconhecido.
O socialista Diamantino Correia apontou e elencou várias e houve troca de mimos entre outros socialistas: Zélia Matos, sobrinha do presidente da UFTOR (de Travassô), e Vital Santos (de Óis). O público divertiu-se e até achou graça à oração do presidente Sérgio Neves, da AFTOR, evocando, modestamente e num momento de rara humildade democrática, a experiência destes 4 anos de mandato, com coisas boas e outras menos boas. Muito modesto, o recandidato do PSD.
Óis da Ribeira não tem razões para se lembrar, positivamente, desta experiência de (des)União de Freguesias: a freguesia foi prejudicada. Lembram-se, por exemplo, dos 15 000 e tal euros de saldo positivo da última Junta local (a de Fernando Pires), que deviam ser e não foram gastos em Óis da Ribeira? E das obras aprovadas e não executadas, elencadas nos planos de actividades só para eleitor ver?!
A primeira Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira faleceu ontem. Paz à sua alma e que os deuses lhes perdõem os seus pecados. Amen!

1 comentário:

Anónimo disse...

Será mesmo que vão acabar as poucas vergonhas da Assembleia?
A próxima não será pior?
Sabe-se lá.