O Juntos tem amanhã o jantar de apresentação dos candidatos, incluindo os de Travassô & Outras Terras Que Não Óis da Ribeira. Garbosos e confiantes, lá irão estar, na Casa do Povo de Valongo, os transitados do socialismo travassÓi-
sense que aderiram ao Movimento Independente e que, de alma desprendida, se oferecem para o sacerdotal sacrifício de servir o povo.
E para servir o querido povo - servi-lo generosa e desinteressadamente, mesmo com prejuízo pessoal e da própria família... - não se olham a cores partidárias, mesmo que independentistas, nem a sacrifícios.
Os candidatos da lista do Separados do PS de Travassô & Outras Terras Que Não Óis da Ribeira estão, na verdade, muito confiantes e certos, absolutamente certos da vitória.
A pagela da sua propaganda eleitoral é inequívoca: tem a experiência de 14 anos do veterano Mário Martins (ele mesmo o diz, citando os «últimos mandatos») e está certo que «trabalhando em sintonia com a Câmara Municipal liderada por Jorge Almeida, temos a garantia de que serão realizadas as obras importantes que marcarão o futuro da nossa União de Freguesias». E como por aqui já falámos, a lista do Juntos vai, e citamos MM, «melhorar e desenvolver objectivos estratégicos, empreendedores e inovadores nas áreas da Saúde, Educação, Reabilitação, Turismo e Associativismo».
Compreendendo o entusiasmo que sempre se enfatiza nestes manifestos e bondade de intenções dos generosos candidatos, a algumas conclusões se chega:
1 - O Juntos dá por certa a sua vitória em TravassÓis. É «trigo limpo, farinha Amparo». Ora, as eleições são só no dia 1 de Outubro, ainda faltam mais de duas semanas.
2 - Dá como certa, também, a vitória de Jorge Almeida para a presidência da Câmara Municipal de Águeda. Idem, aspas, aspas.
3 - Não se conhece a lista das «obras importantes que marcarão o futuro da nossa União de Freguesias». São, quais?
3 - Não explica (mas há-de explicar) quais são os «objectivos estratégicos, empreendedores e inovadores nas áreas da saúde, educação, reabilitação, turismo e associativismo».
Aliás, e tendo em conta o que aconteceu no mandato de 2013 a 2017, do presidente-candidato, vejamos:
- Saúde: A Junta da União de Freguesias de TravassÓis continuou a impingir um novo posto médico (promessa que já vinha de outros mandatos do mesmo presidente) e... nada.
- Educação: Fechou a escola primária de Óis da Ribeira (de três salas) e a luta pelo IDL teve cumplicidades inentendidas do executivo mariano.
- Reabilitação: Reabilitou, o quê?
- Turismo: Vendeu as árvores do parque da pateira, nem as podou (estas e todas) e vastas vezes o parque esteve inundado de lixo. Que ternurento turismo! E cadê, por exemplo, o percurso pedestre de Almear à pateira, com um pontão sobre o rio Águeda?
- Associativismo: Para além de esmolas ocasionais, nem o regulamento teve apoio de todos os eleitos da Assembleia de Freguesia. Julgamos mesmo que nem sequer chegou a ser aprovado.
Vamos confiar que, em caso de eleição, o executivo (se de novo for mariano) emende a mão, honre promessas, fale menos, menos prometa e mais execute.
5 comentários:
Sabem qual a definição de insanidade? Fazer sempre tudo da mesma maneira e esperar resultados diferentes...
A lista dos "juntos" de travassois bem que se poderia chamar "uma no cravo outra na ferradura"!
-educação: pretendemos investir e valorizar a educação. Quando? Como?
Quando condenou o futuro das escolas, levando ao seu fecho, de facto foi uma obra que atravessou vários mandatos, nós não esquecemos o circo a quando da construção de um polo educativo entre ois, travassô e espinhel. Ah mas como fica bem no primeiro dia de aulas e dar material escolar aos alunos do primeiro ano, não estivéssemos nós em ano de eleições...
-saúde: construção de um posto médico novo. Aí sim? Não me digam que há necessidade? Inacreditável em pleno século XXI, ter um centro de saúde que serve tanta gente sem as mínimas condições e muito menos condições de acesso sendo extremamente penalizante para as pessoas mais vulneráveis da sociedade : idosos, portadores de deficiência, crianças e grávidas.
-turismo- investimento que fomente o turismo.
Só se for o turismo invertido com cada vez mais pessoas e jovens a deixar ambas as freguesias, deixando a desejar quanto a níveis de atractividade, quando são freguesias com excelentes localizações e com recursos naturais excepcionais.
-obras: como com as obras do passado, queremos mais.
Claro que queremos mais, até porque do passado ainda não vimos nada. Ou será que fazer um serviços de trator privado serve como argumento de obras públicas.
Pois a mim, parece-me inacreditável, que com 14 anos volvidos, com 14 anos de experiência como o próprio afirma, continue iludido, julgando ser um peremptório e excelente exemplo de presidente de Junta.
Presunção e água benta...
Mas também tem razão, estamos em época das vindimas e é caso mesmo para dizer...
Gaba-te cesto que vais para vindima!
Então mas afinal são 14 ou 24 anos de Junta, em que é que ficamos? Contas feitas são 24, desde 1993, ou não é assim?
Por outro lado, basta de bater no ceguinho, deixem lá o homem em paz, o povo vai dizer de sua justiça no dia 1 de Outubro.
Mas vão apresentar a lista a quem?
Aos outros separados do PS, a kem avia de ser?
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