sábado, novembro 04, 2017

A política como arma de arremesso...

Óis da Ribeira: sede da União de Freguesias
de Travassô e Óis da Ribeira


O problema que se vive na União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira não é de Tra-
vassô e Óis da Ribeira: é de duas famílias políticas.
É verdade que as várias ses-
sões da Assem-
bleia de Fregue-
sia de instalação dos órgãos políticos eleitos a 1 de Outubro
Travassô: delegação da União de Freguesias
de Travassô e Óis da Ribeira
- e já lá vão 4 delas, sus-pensas... e uma quinta virá, e lá se sabe se mais... - de-correm em Óis da Ribeira, no salão da sede da União de Freguesias. Mas há ra-
zão para isso: calhou ser em Óis da Ribeira, no seguimento da rotação de AF´s entre a sede de OdR e a Delegação de Travassô. Que não tem espaço que dê para a afluência do público que se tem registado.
Mas nem é isso que está em causa - ser aqui ou ser ali. Em causa está a «falência» da política travassÓisense, política que deixou de ser instrumento de desenvolvimento (por curto e magro que fosse) para se tornar numa arma de arremesso e/ou de sobrevivência política. O que, convenhamos, é, por três razões essenciais, uma mudança profundamente anti-democrática.

1 - Primeiramente, porque desvirtua a democracia representativa definida pelos eleitores. Na verda-
de, as populações elegem os seus representantes em eleições livres e para um mandato de duração previamente definida. 

2 - Depois, se os eleitos, sejam quais forem, não são capazes de cumprir as suas funções, o Estado de Direito tem mecanismos próprios para os destituir. 

3 - Se os eleitores não estão satisfeitos com a actuação dos seus representantes, podem castigá-los nas urnas eleitorais, desde que a elas concorram.
O problema, porém, não tem solução mágica. E muito menos tem quando os eleitos se fazem surdos e mudos ao povo que os elegeu. Se destituem do compromisso com que se apresentaram nas eleições de 1 de Outubro.
O problema tem é consequências, podendo já antecipar-se alguns danos futuros: falta de plano e orçamento para 2018, impossibili-
dade prática de pagar a pessoal e fornecedores, entre outros.
Nada disto será uma catástrofe. Não será. Mas é a prova real da insensatez dos (ir)responsáveis políticos, ante o crescente desagrado do povo eleitor que está a ficar farto da bagunçada que se vive e não tem culpa alguma do tribalismo que tem enfraque-
cido a mais honrada missão dos eleitos: o serviço público.
O indevido acto político está a abusar dos sentimentos populares e é umas das maiores das muitas ameaças à democracia. Enfraquece-a.
Falta saber se há solução para a crise e se, verdadeiramente e genuinamente, os eleitos a desejam. Antes que todos percam a paciência. Que os eleitores tem cada vez menos.

2 comentários:

Eagle disse...

Demitam-se todos! É o que vos resta para manter alguma dignidade!

Anónimo disse...

N'óis queremos saber se a Comissão Politica da Concelhia do PS mandatou os ratos para falarem pelo o Partido Socialista?