Os eleitos do Juntos - Movi-
mento Indepen-
dente (4) e do PS (1) abandona-
ram, na noite de ontem, a 4ª. sessão da As-
sembleia de Freguesia da Travassô e Óis da Ribeira destinada a eleger os vogais da Junta de Freguesia e a Mesa da Assembleia de Fre-
guesia - aparentemente em protesto quanto à condução da agenda de trabalhos, presididos por Sérgio Neves (PSD).
Com motivo?
Sem motivo?
A sua (deles) consciência o dirá.
Mas a verdade é que desrespeitaram, com o abandono, a própria Assembleia - que ficou sem quórum... - e, mais e pior que isso, desrespeitaram quem lhes creditou o seu voto. O voto do povo que confiou neles e lho deu há precisamente um mês.
Dar-lho-ia agora?
A atitude dos 4 juntistas e da única socialista, ontem, ficará nos anais de história da (des)União como um triste e mau exemplo e revela a estirpe de gente que se comporta como um menino birrento e amuado porque não lhe deram o chocolate preferido, ou lhe tiraram o brinquedo mais desejado.
A luta tribal que persiste neste areópago autárquico travas-
sÓisense, que deveria ser de honra e de elevação e multiplicação da democracia, de prestígio e valorização da política, atingiu o pior patamar: o da FALTA DE VERGONHA!
Triste democracia!
O povo ficou
a saber!
Em apenas um mês, hoje precisamente se faz, e em dois pares de sessões de uma só Assembleia de Freguesia, o povo ficou a saber:
1 - Que deve desconfiar, interrogar-se sempre, e não pode contar com alguns baronetezecos que por aí andam a pavonear-se pelos salões do regime autárquico.
2 - Que há gente que, da política, tem a ideia (e a prática) de ser uma arte de engano, de sedução e de fantasia circenses. Também do ludibrio e da mentira.
3 - Que não pode acreditar, deve ser prudente e jamais deve confiar nas habilidades e desvergonhas e nos truques e mistificações de alguns politicotecos.
4 - Que, para alguns politicotecos, a democracia só existe, só é válida, quando eles próprios exercem o poder. Quando ganham, quando mandam. Só quando são eles os donos e senhores.
5 - Que não devem (os eleitores) deixar-se mais influenciar pela sedução de gente que não honra os votos que lhes são confiados.
6 - Que quem abandona, levianamente, precipitadamente, um órgão de eleição - um órgão representativo da vontade popular!..., a que voluntariamente se candidatou... - não mais faz (e não é pouco) que assumir o assustador ridículo da sua prepotência e irresponsabilidade, fazendo criar e multiplicar um clima de suspeição generalizada e contraproducente à própria democracia autárquica.
Este triste
espectáculo!
O presidente Sérgio Neves, na presidencial dupla empreitada que exerce com virtudes (algumas) e defeitos (também alguns e vários e repetidos erros), tem um mar de espinhos pela frente - até que aconteça, de lei, a doutrina e a razão que gerirá o caso.
Entretanto:
1 - A União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira vai continuar a assistir a este triste e vergonhoso espectáculo?
2 - Vai continuar de sessão em sessão (agora já para a quinta) a primeira Assembleia de Freguesia? Até quando?
3 - O presidente terá, alguma vez, a capacidade para gerar consensos que lhe legitimem o seu mandato - com a necessária eleição do secretário e do tesoureiro do executivo?
4 - Será capaz de ultrapassar as dificuldades e dilemas do futuro que tem nas mãos - o da (des)União de Freguesias?
5 - Terá competência e senso para gerir este complexo problema? Com irá sair dele?
6 - Por que não se demitem todos, deixando para outra gente as mais que prováveis eleições intercalares?
Democracia
e tribalismo!
O que está em causa em Travassô - com prejuízo para Óis da Ribeira -, não é só a luta tribal e divisora de sinergias que tem de-
sonrado a democracia representativa e enver-
gonham os seus actores.
Há, neste caso, também um problema de sistema e não apenas de governantes, de personalidades ou de partidos.
Governar é um acto difícil e complexo. E é o governo da (des)União que está em causa - muito acima do que (não) valem os 9 eleitos.
A opinião pública travassÓisense é, entretanto, repetidamente intoxicada pela excessiva atenção que se concentra nos partidos e nos seus candidatos, nas eleições, nos boatos, nos alegados líderes politicotecos, nas conjunturas e contingências que influenciam a governação.
E nas birras e amuos dos eleitos!
Talvez por isso, pouco ou nada se tem discutido, que se saiba, na perspectiva do governo do futuro (que é já hoje e já era ontem...), ou seja, sobre o funcionamento governativo, para melhor responder às necessidades dos cidadãos e aos desafios da (des)União de Freguesias.
Os eleitos andam-se aos encontrões, odeiam-se.
Não se respeitam. Nem respeitam o povo eleitor.
Triste democracia!
4 comentários:
obrigado pela vergonha que faz passar os ribeirenses
Muito bem explicado só não entende quem não quiser
Muito bem explicado só não entende quem não quiser
Isto é uma vergonha!
Contadores de histórias da aldeia manipulam a opinião do povo! Triste Democracia!...
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