segunda-feira, fevereiro 15, 2021

A ARCOR de ontem e de hoje, a crise directiva, o futuro!

 

O terreno adquirido pela Câmara Municipal de Águeda a Armando Resende

O terreno visto do Largo do Cruzeiro

A ARCOR continua na ordem do dia (e das noites), enquanto se espera pelo messiânico protocandidato a presidente da direção que assuma a gestão de uma instituição periclitada por sucessivas e desastrosas gestões.
Há candidato ou não há candidato? Assume ou não assume o profético e promitente sugerido candidato?
O tabu e os silêncios que rodeiam a magna questão nada ajudarão a... ajudar, antes fragilizam e desmotivam quaisquer apoios, mas quem sabe das coisas é que sabe como as remediar. E, assim, honrar uma história que já vai no 43º. ano. Mas isso são outras histórias.
Sobre a ARCOR e honrando a sua memória vale(rá) a pena, até por isso, recordar que, há precisamente 32 anos, no dia 15 de Fevereiro de 1989, foi celebrada a escritura de venda, por Armando Resende e à Câmara Municipal de Águeda, do terreno onde hoje está construído o centro social e a sede da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira.
A Câmara Municipal era presidida por José Júlio Ribeiro (PSD), que encarregou os então vereadores Silva Pinto (PS) e Horácio Marçal (CDS) de negociar a operação, para o efeito se deslocando a Óis da Ribeira nos dias 24 de Março e 6 de Abril de 1988.
Fernando Pires e Celestino
Viegas, presidentes da
Junta e da ARCOR

Terreno por 7 500 contos,
hoje seriam 110 170 euros

Armando dos Santos Ala de Resende, que foi presidente da Junta de Freguesia em vários mandatos, aceitou negociar com algumas reservas mas acertou o negócio, desde que fosse para fins de interesse público - fixando-se o valor da operação em 7 500 contos - seriam agora 110 170,07 euros.
Vendeu e descontou/ofereceu 500 contos (ou 7 344,67 euros nos dias de hoje). A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira «participou» com 1500 contos (hoje, seriam 22.034,01 euros).
Operação que foi publicamente conhecida a 8 de Julho de 1988.
O terreno, com o fim social e público exigido por Armando Resende, foi doado pela Câmara Municipal de Águeda à Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, com obrigação de esta o ceder à ARCOR, por escritura assinada, respetivamente, pelos presidentes Dinis Ramos Padeiro e Fernando Pires, a 28 de Setembro de 1989.
A obrigatória doação à ARCOR foi assinada a 23 de Julho de 2004, por escritura pública assinada pelos presidentes Fernando Pires (JF) e Celestino Vegas (ARCOR) e o tesoureiro desta, Agostinho Tavares.
A primeira placa da ARCOR

Construção e funcionamento
do Centro Social da ARCOR

A epopeia da construção do centro social começou no mandato de Fernando Reis, com lançamento da primeira pedra, a 27 de Fevereiro de 2000, e construção da cave (pequena, a que se vê na imagem ao lado), com obras iniciadas a 3 de Maio. 
O projeto teve, entretanto, de ser reformulado, só entrando na Segurança Social a 15 de Outubro de 2000, ainda na direção de Fernando Reis. A 14 de Maio de 2001 e já na direção de Celestino Viegas, foi retificado, por incumprimento de 14 formalidades legais, e só a 29 de Junho foram abertas as propostas do concurso público.
Concurso ganho pela empresa Construções Marvoense, da Mealhada - concorrendo com a Construtora da Bairrada, de Perrães (que fizera a primeira fase), a Socértima, de Anadia, e a Encobarra, também da Mealhada
A fase decisiva e definitiva da construção do centro social foi iniciada a 22 de Outubro de 2001, já na direção de Celestino Viegas - que tomara posse a 1 de Maio. 
Os primeiros utentes foram as crianças do jardim de infância, a 22 de Setembro de 2004. O centro de dia começou a funcionar no dia 22 de Novembro do mesmo ano e, já em 2005, o acordo de cooperação para apoio domiciliário (e ampliação da creche) foi assinado a 17 de Março do mesmo ano de 2005, ainda na direção de Celestino Viegas. O SAD iniciou actividades a 1 de Julho de 2005, já na direção de Agostinho Tavares.

O compromisso 
de uma geração 
com a História da ARCOR !!!

O que sumariamente atrás fica escrito faz memória de uma geração que, sabe-se lá com que sacrifícios e dificuldades, ergueu o centro social.
E o equipou!
E o pagou!
Sem dívidas e com superavit de centenas de milhares de euros. Basta recordar que, da parte do Estado e através da Segurança Social, só a 14 de Junho de 2006 foi recebida a última tranche da sua comparticipação de 501 000 euros: 201 836 euros. 
A valores de hoje, seriam 235.954,44 euros.
E o centro social e equipamentos estavam pagos.
A ARCOR desse tempo - não tão distante assim, embora já tenham passado 16 anos!... - apresentava contas positivas todos os anos, mesmo a pagar os custos de construção do centro social.
A título de exemplo, e segundo dados publicados na revista da associação, a assembleia geral de 24 de Março de 2006 aprovou as contas de 2005, na direcção de Celestino Viegas, com imagine-se, resultados líquidos de 107 360,08 euros.
A actual geração deve, tem a obrigação de honrar esta história, assumindo o compromisso de a continuar, de a desenvolver e prestigiar.
Onde estão, por onde andam os homens activos de Óis da Ribeira?

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