
Numa democracia parlamentar, o partido que ganhou as eleições recebe um mandato para desenvolver os projectos que propôs, cabe à oposição criticá-los, procurando mostrar que as medidas propostas são más ou piores. Negociar um pacto no segredo significa reduzir o parlamento a uma repartição publica.
Os deputados dos partidos excluídos do negócio vão falar para as paredes e a generalização desta política de consensos pode levar a que o Parlamento tenha mais semelhanças com a antiga Assembleia Nacional do que com um parlamento de uma democracia, os deputados estão lá para fazerem figura de corpo presente, e, de vez em quando, vão engalfinhar-se em torno de questões menores.
Se ainda por cima Sócrates continuar a manter em segredo as suas propostas, impedindo o seu próprio partido,de se prepararem devidamente para a discussão, o melhor é colocarem umas mesas de bilhar no hemiciclo. Nas próximas eleições em que partido iremos votar? No da primeira ou no da segunda assinatura dos pactos?
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