
Óis da Ribeira não é terra de casas solarengas, pouco se vendo de arquitectura de outros séculos. Mostrámos há semanas a da família Resende, que vimos em restauro. Sempre foi a nossa casa mais bonita de Óis. Parece impossível, mas não reparámos, mesmo em frente na Casa da Francesa.A Casa da Francesa era mesmo de uma senhora de nacionalidade francesa, que foi casada com um senhor de Óis que tinha sido oficial (?) da marinha mercante. Não o conheci. O que retenho, de era eu bem pequeno, é que os rapazes mais crescidos, lhe chamavam Madama... Significado que só mais tarde entendi. Pensava, na minha ingenuidade, que era um nome feio que lhe chamavam, até porque a senhora, sempre muito distinta, ainda mais distinta se tornava, sempre que a garotada lhe chamava Madama. «Olhá Madama...», gritavam, mas ela seguia, sempre de lábios pintados, o que também não era normal naquele tempo. E não há tanto assim.
Soube agora que a casa, uma das mais bonitas de Óis, com arquitectura que eu não seu definir mas me enche os olhos, será propriedade de um senhor de Aveiro, que iniciou o restauro mas se arrependeu... sabe-se lá porquê. Veja a foto de cima, o alçado sul. Está a cair... A seguir à Madama, lembro-me de lá morar o senhor Armando Resende.
1 comentário:
Essa história da doacção também a ouvi, mas não sei se era bem assim, acho que a escritura de doacção à Junta de Freguesia já estava mesmo marcada e era ao outro dia da sua morte. Seria interessante que alguém pudesse esclarecer.
Por onde anda o sr. Aquiles?
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