terça-feira, janeiro 10, 2012

Arcor: um exemplo a seguir

A Arcor vai comemorar mais um aniversário e nada melhor que, pondo as palavras na gente de quem sabe da poda, aqui se falar da associação. O prolixo autor do texto que republicamos era, ao tempo, em Janeiro de 2006 (já lá vão 6 anos), o presidente do conselho fiscal da associação e escrevia assim:







EXEMPLO A SEGUIR


Vai a ARCOR comemorar mais um aniversário, na sua caminhada que muita gente céptica e pouco crente nos valores da juventude de então, augurava um fim triste e precoce. Felizmente que, passados todos estes anos, todos os objectivos (e dizemos todos) que se definiram como alvo foram alcançados, senão mesmo ultrapassados, de forma digna, nobre e humilde; é que a nobreza é humilde quando usada por gente que sabe que o bem-estar de todos é o essencial navivência humana. 
Foram alguns os que se empenharam nesta tarefa; continuam a ser somente alguns que se empenham, através do seu trabalho, do seu querer e quantas vezes até, do seu sacrifício pessoal e familiar, a dar o melhor de si para que a Associação seja cada vez mais forte.

A grandeza da obra feita, fazendo parte da memória histórica da nossa terra. É, contudo, uma realização que orgulha uma geração, a geração daqueles herdeiros do " pé descalço" que, pouco a pouco, souberam sair da marginalização a que eram votados, para fazerem surgir uma obra digna de referência.
Quantas vezes esses poucos foram diabolizados por aqueles que entendem que a tarefa social é algo que só pertence aos fracos, aos que nada mais merecem que a marginalização porque nascidos do nada, no nada devem continuar.

As sociedades modernas evoluem e constroem-se através de mudanças, mudanças quantas vezes não aceites, para se oporem, porque não capazes de se adaptarem, às exigências dessas mudanças. E aquilo que há vinte anos era uma ilusão de alguns, porque herdeiros dos desfavorecidos, incluídos no grupo dos marginalizados, transformou-se neste tempo numa realidade social tão evidente e tão aplaudida que até aqueles que sempre se afastaram, ou até criticaram negativamente a ARCOR, são agora os que com o seu "apoio incondicional" pretendem tornar-se nos "proprietários" do que não tem dono.

Há muito cidadão da nossa aldeia que continua manietado e não quer assumir que a ARCOR é uma obra que a todos interessa; algo que merece e dignifica uma geração, porventura a geração nascida a partir dos anos cinquenta. 
Todas nós somos poucos porque sempre fomos quase sempre os mesmos; não nos preocupamos com votos, apesar de sermos votados; não nos preocupamos com as críticas porque elas só existem quando algo existe; não nos preocupamos coma denúncia porque ela só vem provar que a verdade está acima do espírito menos informado.

Aqueles que até hoje tem estado no topo dos destinos da associação não sabem estar numa sociedade que se governa e gere pela submissão, a submissão imposta porventura por alguns, que julgando-se detentores por herança de títulos que já não merecem, os continuam a aplicar, não salvaguardando aquilo que de mais importante há: a dignidade humana.
E é a pensar na dignidade humana, aquela que na nossa sociedade rica de exibicionistas é a mais atacada, que os mesmos de sempre voltaram a exigir um novo investimento: o Lar de Idosos. E ele aí está a dar os primeiros passos!
O bem-estar social dos nossos idosos de hoje e, de nós, idosos de amanhã, exige este esforço complementar.
Daqui lançamos este repto. Dispam o fato da importância! Deixem de ouvir as afirmações e opiniões forjadas pela hipocrisia! Venham à ARCOR tomar conhecimento da sua vitalidade. Venham os jovens, aqueles que amanhã terão de ser os interlocutores com todos os que nos têm apoiado e que nos vão continuar a apoiar; necessitamos de gente jovem, que não se queira acomodar às facilidades actuais porque o futuro, um futuro que todos nós projectamos como bom, seja aceite e compreendido por todos.

O amanhã esta aí! É hoje!A ARCOR não é de ninguém! É de todos! Mas há algum que até lhe querem demais! Não é CV? E quantos outros CV´ês, gerindo o seu querer à sua maneira?

ARMANDO FERREIRA
Presidente do Conselho Fiscal da ARCOR

2x/3: Opinião publicada na edição de 27 de Janeiro de 2006, nos jornais Região de Águeda e Soberania do Povo.
Ver AQUI

Sem comentários: