A dita crise que inelege os vogais da Junta de Freguesia de TravassÓis prova, se fosse necessário provar, quando é desunida a União de Freguesias feita à força.
Desunião que começa precisamente pelos eleitos de Travassô: os dois candidatos a presidentes (um já empossado, o outro derrotado nas urnas e pela vontade do povo), sufragados pelo mesmo povo mas separados pela distância dos votos e pelas diferenças de que enfermam.
A primeira parte da história começa aqui: na incapacidade de entendimento entre os eleitos, que tem sido fatal e será mortal se não amadurecerem o seu sentido de serviço público.
Também na falta de arbitragem política e de senso comum entre a novena de eleitos. Inimaginavelmente, são os infractores quem julga (pelo voto) as suas próprias faltas e insuficiências. Não poderia ser, não deveria ser válida tal arbitragem! Por outro lado, se os eleitos continuarem divididos, jamais a construção de uma alternativa de futuro será possível. É, portanto, fundamental que os traumas que separam os eleitos não contaminem entendimentos futuros.
O pior que o PSD poderá fazer é acreditar que pode dispensar o Juntos.
O mais curial seria o entendimento com a eleita do PS, mas esta já provou por que águas quer navegar nesta sua debutância política. E o pior que o Juntos, ou quem neles ordena, poderia fazer seria repetir o erro de não saber perder, de reagir por tacitismo e até provocação, por estratégia afuniladora. E, por consequência, não construtora do futuro da (des)União. Também importa saber perder, nem que seja por poucos.
Também na falta de arbitragem política e de senso comum entre a novena de eleitos. Inimaginavelmente, são os infractores quem julga (pelo voto) as suas próprias faltas e insuficiências. Não poderia ser, não deveria ser válida tal arbitragem! Por outro lado, se os eleitos continuarem divididos, jamais a construção de uma alternativa de futuro será possível. É, portanto, fundamental que os traumas que separam os eleitos não contaminem entendimentos futuros.
O pior que o PSD poderá fazer é acreditar que pode dispensar o Juntos.
O mais curial seria o entendimento com a eleita do PS, mas esta já provou por que águas quer navegar nesta sua debutância política. E o pior que o Juntos, ou quem neles ordena, poderia fazer seria repetir o erro de não saber perder, de reagir por tacitismo e até provocação, por estratégia afuniladora. E, por consequência, não construtora do futuro da (des)União. Também importa saber perder, nem que seja por poucos.
As moscas podem mudar. Mudarão... Mas, seja quais forem, todas andam sempre atrás do mesmo mel. O do poder! |
A segunda parte da história trági-co-política travassÓisense tem a ver o colapso da própria estratégia política do PSD - que não tem maioria e, necessariamente, tem de negociar.
O partido quis aparentar, até às eleições, que o seu projecto local era a mudança, era ser a alternativa a um poder concentrado, equívoco e lesivo dos interesses de Óis da Ribeira - como efectivamente foi, o de Mário Martins, agora candidato do Juntos... - numa (des)União de Freguesias que ele mesmo (PSD), através dos seus eleitos, se encarregou de fragilizar.
Na prática, e tomando à letra o falar popular, tratava-se de uma questão de mudar as moscas do... poder.
Mudou uma mosca, é verdade - a mosca «mestre», o presidente... - mas outras ainda sobrenascem em larva. Algumas, ainda com a inocência original.
As moscas mudam? Certo, certo é que continuaremos na mesma! Mudará a lesma! |
O ciclo político que o PSD prometeu nas eleições autárquicas, por outro lado e afinal, acabou por ser uma espécie de sub-consagração do PS, que com um(a) único(a) eleito(a) se quer fazer árbitro da democracia local.
Assim, ao PSD, resta a opção de aceitar (ou não, como é evidente) o aviso destas eleições: tem de negociar, nem que seja com o diabo, ou recorrer a novas eleições. Dizemos nós!
3 comentários:
Como freguês desta nossa terra assisti às duas Assembleias. Como não sou muito dado a políticas, deu-me para observar a "paisagem".Então o cenário visto com os meus olhos, se calhar o meu visinho do lado veria outra coisa diferente. A sala cheia, coisa rara. Na frente dos fregueses lá estava o digníssimo eleito com o seu ar senhorial, com o seu acessor, companheiro de luta. Muito bem. De costas lá estavam as nove personagens com os destinos da "coisa" na mão. Do lado esquerdo quatro, do lado direito quatro e no meio uma. Tudo pessoas de bem, todas querem o melhor para todos nós! Muito bem. Mas por momentos imaginei a situação da pessoa do meio(diz-se que no meio está a virtude); se olhava para a direita estava "feita"com eles, se olhava para a esquerda, já tinha feito uma "coligação" com eles! Triste sina! Eu não gostaria nada daquela posição do meio, mesmo com todas as virtudes!!!
A srª do PS está mesmo no papel de balança porque assim ditaram os votos. Será incorreto? Não acredito muito. Acho que o PSD falhou mais em não ter negociado com o PS mas depois a srª falhou em ter votado naquela lista com os dois do juntos... Enfim, uma embrulhada porque são todos uns casmurros...
Aqui a a única incapacidade é de um individuo que foi eleito como presidente da jf e os seus seguidores. Nenhum destes indivíduos tem o mínimo sentido de serviço publico e muito menos senso comum que se impõem numa situação destas. Acreditam que podem dispensar qualquer um que não faça parte da sua seita, não negoceiam, não querem o entendimento, não respeitam a vontade do povo...
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