O povo de Óis da Ribeira era de forte têmpera em tempos mais recuados. Por exemplo, quando, há 153 anos, se juntou a outras freguesias para contestar os tributos, rendas e foros exigidos pela Sereníssima Casa de Bragança.
Agora, nos tempos actuais, alguns políticos (homens e mulheres que voluntariamente se propõem servir o povo) são passivos e aceitam quase tudo o que lhe põem no prato. Alguns, parece que até se agacham e amedrontam quando se trata de bater o pé e defender os interesses de Óis da Ribeira. É tudo uma questão de carácter, agora porventura mais amolecido que em outros tempos.
Uma vez mais nos socorremos do site «Óis da Ribeira - Notícias, Curiosidades e Histórias», de Luís Neves, para evocar o histórico dia 4 de Dezembro de 1864. Há 153 anos.Eis:
«A 4 de Dezembro de 1864, centenas de pessoas de Eixo, Oliveirinha, Requeixo, Fermentelos, Alquerubim, Óis da Ribeira e Espinhel reuniram-se no sítio da Ponte da Rata, em Eirol, para combinarem os meios de defesa comum na causa que opunha esses povos à Sereníssima Casa de Bragança, em questões de tributos, rendas e foros».
- Fonte: Venâncio Dias de Figueiredo Vieira, em Boletim
Municipal de Aveiro, Ano II, n.º 3, pgs. 52-53
Foral de Óis da Ribeira |
Enquadramento
desta notícia
1- Um decreto real de 13 de Agosto de 1832 aboliu os foros.
2 - Óis da Ribeira tinha Foral desde 2 de Junho de 1516.
3 - Os agricultores viram-se finalmente livres das imposições feudais, já então consideradas absurdas e lesivas da economia local.
4 - A Sereníssima Casa de Bragança, no entanto, não se deu por vencida e, em 1851, intentou uma acção contra os povos do Almoxarifado de Eixo (do qual também fazia parte Óis da Ribeira), reclamando os foros, rações e laudémios (uma espécie de imposto sobre a venda de propriedades) desde 1833.
5 - As várias povoações do almoxarifado e em outras que pertenceram à Casa de Bragança receberam avisos, para os foreiros pagarem voluntariamente as prestações em dívida.
- Nota: Dados histórico do site «Óis da Ribeira - Notícias, Curiosidades e Histórias», de Luís Neves
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