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Carregamento do moliço da pateira para fertilização das terras de Óis da Ribeira |
A apanha de moliço na pateira foi tradição que a modernidade «matou», mas ainda é contemporânea de muitos óisdaribeirenses vivos.
O dia 25 de Agosto, na tradição popular da quatro freguesias ribeirinhas do Século XX, era o dia da abertura da segunda fase da campanha da apanha do moliço na pateira - que os óisdaribeiremses chamavam de ribeiro.
O dia 25 de Agosto, na tradição popular da quatro freguesias ribeirinhas do Século XX, era o dia da abertura da segunda fase da campanha da apanha do moliço na pateira - que os óisdaribeiremses chamavam de ribeiro.
A tradição «mandava» e os sinos da Igreja de Fermentelos tocavam ao alvorecer, dando o sinal para os homens e as bateiras galgarem a água, com varas e ancinhos para a recolha do moliço, arrancado da pateira à custa de muita força braçal.
O moliço, em OdR vulgarmente mais chamado estrume do ribeiro, era usado como fertilizante dos campos da 4 freguesias ribeirinhas, mas deixou de ser e também deixou de existir nas águas da lagoa.
As imagens que mostramos, recolhidas da net, são dos princípios dos anos 60 do século XX, e nela vemos já a descarga do moliço nos portos de Óis da Ribeira, que eram «vendidos» pela Junta de Freguesia e para uso em prazos fixos. Para o efeito, as 4 autarquias afixavam editais próprios e a taxa, em Óis da Ribeira, era de 2$50 (ou 25 tostões), qualquer coisa como 1,50 euros, segundo o conversor da Pordata.
Diferente era, naturalmente, o custo anual, fixado em 10$00 (dez escudos) - ou sejam, 4,43 euros a valores actuais. Digamos que as Juntas de Freguesia de Óis da Ribeira desses primeiros anos dos Anos 60 do Século XX não fariam fortunas com estas receitas. Mesmo nos 70 e 80, quando a apanha deixou de se fazer, provavelmente no princípio da década de 90.
O moliço, em OdR vulgarmente mais chamado estrume do ribeiro, era usado como fertilizante dos campos da 4 freguesias ribeirinhas, mas deixou de ser e também deixou de existir nas águas da lagoa.
As imagens que mostramos, recolhidas da net, são dos princípios dos anos 60 do século XX, e nela vemos já a descarga do moliço nos portos de Óis da Ribeira, que eram «vendidos» pela Junta de Freguesia e para uso em prazos fixos. Para o efeito, as 4 autarquias afixavam editais próprios e a taxa, em Óis da Ribeira, era de 2$50 (ou 25 tostões), qualquer coisa como 1,50 euros, segundo o conversor da Pordata.
Diferente era, naturalmente, o custo anual, fixado em 10$00 (dez escudos) - ou sejam, 4,43 euros a valores actuais. Digamos que as Juntas de Freguesia de Óis da Ribeira desses primeiros anos dos Anos 60 do Século XX não fariam fortunas com estas receitas. Mesmo nos 70 e 80, quando a apanha deixou de se fazer, provavelmente no princípio da década de 90.
A apanha do moliço
na Emissora Nacional
A tradição da apanha do moliço extinguiu-se em data indeterminada, mas, pela observação do site «Óis da Ribeira - Notícias, Curiosidades e Histórias», de Luís Neves (ver AQUI) realizou-se pelo menos em 1989.
Não sabemos se depois, mas pelo menos nesse ano.
Na verdade, a programação da Emissora Nacional (a actual RDP) de 26 de Julho desse mesmo ano dava conta da emissão,
Na verdade, a programação da Emissora Nacional (a actual RDP) de 26 de Julho desse mesmo ano dava conta da emissão,
às 15 horas, de um programa sobre essa actividade «na freguesia de Óis da Ribeira» e sendo «cerimónia tradicional da apanha das algas na pateira de Fermentelos».
A Emissora Nacional considerava, então, que era «espectáculo único no género no País» e também explicava que «manhã cedo, ao toque da alvorada dum sino, centenas de barcos moliceiros entregam-se afanosamente à recolha das algas, ate ao meio dia».
«Sucedem-se, então, com as refeições, danças e descantes regionais, com grande animação até ao pôr do sol», explicava a nota de serviço da Emissora Nacional, a agora a RDP. Eram outros tempos e outra s realidades!...
«Sucedem-se, então, com as refeições, danças e descantes regionais, com grande animação até ao pôr do sol», explicava a nota de serviço da Emissora Nacional, a agora a RDP. Eram outros tempos e outra s realidades!...
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