sábado, maio 11, 2019

A Assembleia de Freguesia da (des)União de TravassÓis...

Notícia do Jornal Região de Águeda

A notícia não é recente, vem com atraso, mas vale pelo significado: a primeira Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Travassô e Óis da Ribeira teve várias unamimidades. 
Três, pelo menos:
1 - A moção a entregar na Câmara Municipal de Águeda, reclamando verbas dos contratos interadministra-
tivos que não foram assina-
dos no período «sem Junta» e, assim, prejudicaram as duas freguesias. Foi proposta pelo CDS e assinada por todos o membros da AFTOR. Muito bem. Bonita unanimi-
dade, a aplaudir.
2 - O regulamento de apoio ao associativismo. Muito bem.  
Não seria desinteressante, todavia, que o executivo o divulgasse, pelo menos na página oficial de facebook, para ser do  conhecimento e juízo público?
É que isso de regulamentos aprovados sem se conhecerem é coisa que faz desconfiar. Não é que desconfiemos, mas... 
3 - A construção de um armazém da Junta de Freguesia.
O d´Óis Por Três regista esta unanimidade votacional e sendo ainda cedo, embora, para tirar quaisquer conclusões deixem-nos sonhar com a bonita probabilidade de os eleitos assumirem os seus cargos com espírito construtor e não o exerçam o habitual mero e vulgar bota-abaixo que muitas vezes por aí se vê.

Uma maioria
e 9 abstenções

A fazer fé no jornal Região de Águeda, que citamos, os 9 eleitos da AFTOR de TravassÓis abstiveram-se na votação das contas de 2017. 
«A AFTOR aprovou as contas de 2017, por maioria com 9 abstenções», relata o periódico, na pena da jornalista Gabriela Reis. 
Como, «maioria com 9 abstenções»? Percebemos bem?
Então os votantes não são...9? Se se abstiveram...
As contas de 2018 e o plano de actividades e orçamento de 2019 tiveram duas abstenções, cada qual. E 7 votos a favor.
O novo regimento da AFTOR foi aprovado com 8 votos favoráveis e uma abstenção.
Os trabalhos decorreram a 26 de Abril de 2019, no salão da Delegação das União de Freguesias, em Travassô, e envolveram nada mais nada menos que 12 pontos, convocados por Sérgio Almeida, devido a impedimento da presidente eleita Sara Silva - ambos do PSD.
Sobre eles, talvez importe saber como está a União de Freguesias em termos, por exemplo, do seu inventário de bens, direito e obrigações patrimoniais.
E saber, também, do que constou a certamente pormenorizada informação escrita do presidente da Junta de Freguesia acerca da actividade desta e da situação financeira da Freguesia?
Sendo informação escrita, como se lê na convocatória, num instantinho a colavam na página oficial da Junta e todo o povo ficava a saber. Nem nada há, obviamente, a esconder.

Quem vota
e vota o quê?

Os 12 pontos da agenda de trabalhos são garantidamente muito importantes para a comunidade travassÓisense - ou não constariam dela.
Sendo importantes, deveriam ser tornados públicos e públicas, também, as votações que os aprovaram. Quem votou a favor e, se caso for, quem votou contra ou se absteve.
Para que saibamos, e percebamos, o papel de cada eleito.
Seria bom, na verdade, que, cumprindo o item 2 do ponto 5 do manifesto político as eleições intercalares de 24 de Fevereiro de 2019, a Junta de Freguesia divulgasse «informações de todas as actividades realizadas e a realizar na freguesia (...).
A Assembleia de Freguesia, e logo a primeira da mini-legislatura, não é uma actividade já realizada? O povo não deve ser informado das deliberações dos doutos eleitos.
Cá por nós, achamos que sim. Temos a certeza que sim.

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