A ponte de Óis da Ribeira num dia de cheia do Rio Águeda |
José Fred. Ulrich, Ministro das Obras Públicas em 1947 |
Benjamim S. Freitas |
O Ministro das Obras Públi-cas, engº. José Frederico Ulrich, esteve em Óis da Ribeira no dia 5 de Setem-
bro de 1947 para visitar o local onde se ponderava construir a ponte sobre o rio Águeda. Foi isto há 72 anos!
A Junta de Freguesia de ÓdR era presidida pelo be-
nemérito Benjamim Soares de Freitas que, tendo conhe-
cimento da visita do governante a Águeda, meteu os necessários empenhamentos junto da Câmara Municipal de Águeda, no sentido de o governante se deslocar a Óis da Ribeira, justamente para saber desta grande ambição do povo óisdaribeirense.
O ministro deslocou-se mesmo a Óis da Ribeira e analisou o projecto - que, aliás, já estava aprovado pelos serviços do seu ministério -, e ficou a saber que o povo se sacrificaria ao ponto de comparticipar as obras com 150 contos. Muito dinheiro, ao tempo, para uma freguesia tão pequena como Óis da Ribeira. Já na Câmara Municipal de Águeda, José Frederico Ulrich, pelo que viu e não viu, anunciou que o Governo comparticiparia a obra em 75% do seu custo total. Estimado em mais de 900 contos.
Padre J. Bernardino |
Gil M. Reis |
Inauguração foi
em Maio de 1952
A ponte, a hoje ponte velha, vi-
ria, como se sabe, a ser inau-
gurada a 26 de Maio de 1952 e numa cerimónia em que o engº. José Frederico Ulrich, ministro das Obras Públicas, se fez re-
presentar pelo coronel Dias Leite (Governador Civil de Aveiro).
A cerimónia teve também presença do dr. Fausto Luís de Oliveira (presidente da Câmara Municipal de Águeda) e autoridades civis, militares e religiosas - nomeadamente a Comissão Executiva da Ponte, presidida pelo padre José Bernardino dos Santos Silva, com o vice-presidente Benjamim Soares de Freitas (presidente da Junta), o tesoureiro Manuel Soares dos Santos e o secretário Armando dos Santos Ala de Resende.
O artesão Gil Martins dos Reis construiu 2 galos com dentes, em madeira, que foram colocados à entrada da ponte, do lado de Cabanões, ironizando a «praga» de gentes de Travassô, que (mal)diziam que Óis da Ribeira só teria a ponte quando as galinhas tivessem dentes.
A Comissão da Ponte ofereceu «um valioso copo de água às en-
tidades oficiais, durante o qual foram feitos entusiásticos brin-
des», os discursos, segundo reportava a imprensa da época.
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