segunda-feira, dezembro 16, 2019

Encontro de combatentes de Óis da Ribeira na Guerra Colonial

Aníbal Reis (Lito) que, com Manuel Reis (Neca Taipeiro), foram
os primeiros combatentes óisdaribeirenses da guerra colonial,
em 1961/62/63, aqui com José Celestino Viegas, que foi o
o último, em 1974/75. Todos em Angola

Os combatentes que, de Óis da Ribeira. participaram na guerra colonial reuniram-se a 16 de Dezembro de 1972, há 47 anos, para fazer memórias das suas jornadas por terras africanas que, ao tempo, era províncias ultramarina de Portugal.
O encontro ia já em segunda edição e decorreu no 
Manuel Ferreira Reis
(Neca Taipeiro)
salão da Junta de Freguesia, onde agora é a Tuna / AFOR, e usaram da palavra várias personalidades, nomeadamente o sargento António Neto (que morava em Óis da Ribeira), Emílio Carvalho, o ex-combatente (na Guiné) e escritor e poeta Armor Pires Morta, Victor Cepeda Mangerão, o tenente Lúcio Silva (comandante da GNR e antigo combatente da Guiné) e, a terminar, o também ex-combatente Horácio Marçal (tenente-médico em Moçambique), que era o presidente da Câmara Municipal de Águeda.
O programa incluiu uma missa de sufrágio e acção de graças, celebrada pelo padre António Fonseca, evocando os mortos da guerra (nenhum de Óis da Ribeira, felizmente) e pelos que, ao tempo, cumpriam as suas comissões de serviço. 

Um encontro
a nível de Águeda

A organização lançou a ideia de promover um encontro a nível do concelho de Águeda, desde logo apoiada pela Câmara Municipal de Águeda.
A Câmara, através do presidente Horácio Marçal, assegurava apoio material, mas supomos que tal encontro nunca se chegou a realizar. Realizaram-se, sim, encontros entre antigos combatentes de Óis da Ribeira e Fermentelos.
A comissão local, para o ano de 1973, era formada por Manuel Soares dos Reis e Santos, Manuel Silva (Cadinha) e os já falecidos Manuel Gomes da Conceição (Russo) e José Tavares Pires. Supomos que, a nível exclusivo de combatentes de Óis da Ribeira, não se terá repetido o encontro.
Por curiosidade, digamos que os dois primeiros combatentes óisdaribeirenses da guerra colonial foram Manuel Ferreira do Reis (Neca Taipeiro, já falecido) e Aníbal Gomes dos Reis (Lito), em 1961/62/63. O último foi José Celestino Viegas, em 1974/75. Por coincidência, os três com comissões em Angola. Entre eles, muitos estiveram em teatros de guerra tão diferentes como a Guiné, a sobredita Angola, Moçambique e o longínquo Timor.

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