O Café Império, junto à Igreja, em cujo salão (1º. andar) funcionou a escola primária de Óis da Ribeira. Há 61 anos e provisoriamente! |
O salão do Café Império
ficava no 1º. andar
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Os dias de Óis da Ribeira
nos dias 29 de Março...
1 - Ano de 1959,
há 61 anos !
Escola Primária no salão
do Café Império !
A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, a 29 de Março de 1959, deliberou mandar caiar o salão do Café Império, onde provisoriamente iria funcionar a escola primária.
O salão localiza(va)-se junto à Igreja de Santo Adrião e era o que, contemporâneamente, continuava a ser do mesmo Café Império (ou Café
Dinis Tavares |
O café, agora encerrado, que foi de Fernando Tavares Pires, por herança de sua mulher Isabel Tavares (filha de Dinis Tavares e Celeste, ambos já falecidos).
O executivo era presidido por Aires Carvalho dos Santos, com o secretário José Pinheiro das Neves e o tesoureiro David Soares dos Santos, e a caiação foi na parte interior do salão, onde funcionou a escola primária - enquanto decorria a construção das duas salas (novas) da escola da subida do Bairro Alto, agora Rua Nossa Senhora de Fátima.
A escola, de três salas, agora sem utilização e que todos os óisdaribeirenses bem conhecem.
A antiga sede da Junta de Freguesia |
2 - Ano de 1964,
há 56 anos !
Orçamento suplementar
da Junta de Freguesia
A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, reunida a 29 de Março de 1964, deliberou aprovar o orçamento suplementar do ano.
A «novidade» tinha a ver com o facto de a verba orçamentada para arranjos dos caminhos vicinais já estar esgotada. Uma verba, imagine-se, de 4 933$00. Para todo o ano. Qualquer coisa como 2.193,31 euros. E estavam em Março!
O presidente Armando dos Santos Ala de Resende expôs a situação na reunião de 23 de Fevereiro e o executivo, faz hoje 56 anos, deliberou apresentar um orçamento suplementar, porém, e esta e parte mais curiosa da situação, entendendo expôo-lo à população, para qualquer eventual reclamação
Era assim no tempo do dito «fascismo»: os autarcas locais, espontâneamente, auto-sujeitavam-se ao escrutínio popular. E sobre orçamento suplementar, não houve qualquer reclamação do povo de Óis da Ribeira.
Clara Santos, a
Rosa do Adro
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3 - Ano de 1980,
há 40 anos !
Teatro da ARCOR na Borralha
com a peça «A Rosa do Adro»
O Grupo de Teatro da Amador (GTA) da ARCOR apresentou-se na Boralha a 29 de Março de 1980, há 40 anos, com a peça «A Rosa do Adro», ensaiada por Firmino Santos.
A estreia tinha sido a 8 de Março de 1980, em Óis da Ribeira, no salão do restaurante Pôr do Sol, e o programa incluía a comédia «O Gabinete do Regedor» e dois monólogos, para além, neste caso, da actuação do padre António Maria, brasileiro, ao tempo a trabalhar na Gafanha – na Obra de Schoenstatt.
O GTA actuou depois, pelo menos, em Mourisca do Vouga (15 de Março), Loure, de S. João de Loure (22).
O grupo era formado por António Carlos (interpretando o papel de Fernando) e Clara Santos (Rosa), os personagens principais, para além de dos irmãos Isabel Neves (Deolinda) e Mário Neves (António) e Leonildo Costa (José da Costa) e Danilo Costa (barão), Custódio Ferreira (tesoureiro da ARCOR e na peça como padre Francisco), Aurélio Reis (Lucas), Manuel Almeida «Capitão» (Tomé) e Diamantino Correia (criado). Maria José Duarte de Almeida era o ponto.
Gil M. Reis |
4 - Ano de 2006,
há 14 anos !
Gil Martins dos Reis,
o artesão popular !
O óisdaribeirense Gil Martins dos Reis imortalizou-se como artesão e criador dos dois galos de madeira e com dentes, colocados no dia da inauguração da ponte, do lado de Cabanões, «respondendo» à provocação do povo de Travassô - que anos atrás de anos, chalaceando com as gentes de Óis da Ribeira, mandavam a piada: «Óis só terá a ponte quando as galinhas tiverem dentes».
Pois bem: lá estavam os galos e com... dentes.
Gil nasceu a 18 de Janeiro de 1918, casou com Maria Celeste Reis (que morreu afogada nos campos do Cértima, em Perrães, a 4 de Agosto de 1999) e foi pai de Júlio (emigrante na Alemanha e com casa em Perrães), Delfim (que, na pateira, também morreu afogado, a 13 de Agosto de 2008) e Carlos Alberto (de doença falecido a 20 de Outubro de 1972).
Lavrador de profissão, a sua arte em madeira estendeu-se a figuras do presépio de Natal e, em princípios dos anos 60 do Século XX, na caricatura popular feita a um cidadão de ÓdR, satirizada numa cabana que, em dias de carnaval, arruou pela vila no celebre «meia volta à foice». O tal cidadão tinha ameaçado outrem com a morte, com uma foice.
Gil Martins dos Reis era filho de Fernando Augusto dos Reis (Labuco) e de de Belmira Martins de Jesus, natural de Casal de Álvaro, que faleceu a 27 de Fevereiro de 1923, em trabalhos de parto. Faleceu a 29 de Março de 2006, há 14 anos, já viúvo e Maria Celeste dos Reis.
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