quinta-feira, abril 15, 2021

* ANO 1945, há 76 anos: O sistema de rega da lavoura de Óis da Ribeira...

 

O motor de há 75 anos ficava mais ou menos onde está o sinal verde
e a linha Pateira de Óis da Ribeira

A casa do motor de Luís Almeida.
Ao fundo, a casa de Milton Gomez

Aires Santos

A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira deliberou, a 15 de Abril de 1945, há 76 anos, autorizou construção da uma pequena casa, junto à pateira, para guardar um motor de rega.
Motor de rega que iria irrigar parte da lavoura da freguesia, que desde sempre era cultivada em sequeiro. O pedido foi do dr. Abel Condesso, médico de Fermentelos, 
Luís Almeida
com o sócio Corga, de Aldeia, de Valongo do Vouga.
A Junta de Freguesia autorizou a instalação, gratuita, não lhe sendo dado nem vendido o terreno. Por esse motivo, a casa do motor só lá estaria enquanto a autarquia autorizasse e não ordenasse o seu levantamento.
O sistema de rega era garantido através de regadeiras que partiam de um ponto de recepção/distribuição colocado num pinhal das Varandas, imediatamente a norte da casa de Álvaro Estima Soares, e daí partiam ramais até onde desse a cota. A gestão do projecto foi depois assegurada por Aires Carvalho e Santos e Celestino Oliveira e mais tarde por Alípio Fernandes da Silva. Um segundo motor foi colocado, já nos anos 70 do século XX, por Luís Soares de Almeida e na casa que se vê na imagem.
A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira de há 76 anos era presidida por Benjamim Soares de Freitas, com o tesoureiro Manuel Soares dos Santos (Lopes), o secretário Joaquim Augusto Tavares da Silva e Cunha (professor).
Um outro motor de rega foi colocada nas Lajes, no anos 60 do século XX, por iniciativa de Fernando Reis Duarte de Almeida e que assegurava a rega da parte de cima da lavoura. Todos eles a arrancar água da pateira e «vendida» aos lavradores. Isto, para além de outras iniciativas individuais.


Outros anos,
outros factos!

A morte de filha de barqueiros, o chafariz sem água e o cruzeiro novo, apoio dos Pinheiro´s à escola e luto numa Páscoa sem teatro!
Zebedeu Costa, o
último barqueiro


1 - Ano 1887,
há 134 anos!
- ANA GOMES: A MORTE DA
FILHA DE BARQUEIROS
: Ana Gomes de Jesus, de 35 anos e da família dos barqueiros de Óis da Ribeira, faleceu a 15 de Abril de 1887, há 133 anos.
Casada com Ricardo Simões de Carvalho, o casal não teve filhos. Ana não deixou testamento e era filha do lavrador Jacinto Alves da Costa e de Mariana Gomes de Jesus, doméstica (como a filha), sobrinha do barqueiro Joaquim Alves da Costa - que foi pai, entre outros, de Zebedeu Alves da Costa, o último barqueiro de Óis da Ribeira - actividade extinta após a construção da ponte, inaugurada sobre ripo Águeda, entre Óis da Ribeira e Cabanões, a 25 de Maio de 1952. A agora chamada ponte antiga (que se vê na imagem).
Cruzeiro do Cabo



2 - Ano de 1945,
há 75 anos !
- O CHAFARIZ SEM ÁGUA E
O NOVO CRUZEIRO DO CABO
A Junta de Freguesia de Óis da Ribeira, reunida a 15 de Abril de 1945, há 75 anos, deliberou pedir apoio à Câmara Municipal para vistoriar de água de abastecimento da Fonte do Cruzeiro.
O chafariz tinha sido construído com apoio de Jacinto Bernardo Henriques mas, por esta altura, estava há mais de dois meses sem água nenhuma, pelo que era necessário proceder aos trabalhos necessários para a captação - que tão necessária era para o consumo doméstico.
A sessão envolveu outros assuntos, nomeadamente a informação de estar concluído o novo cruzeiro da Rua do Cabo (actual Rua Manuel Tavares, frente ao café O Nelson) cujo custo atingiu os 600$00, de economias da autarquia. Isto sem contar com o serviço gratuito de carretos de areia e adobes.
A Junta de Freguesia era presidida por Benjamim Soares de Freitas, com o secretário Joaquim Augusto Cunha e o tesoureiro Manuel Soares dos Santos (Lopes)

Eugénio Pinheiro

3 - ANO 1945,
há 76 anos !
- TERRENO DA NOVA ESCOLA
COM APOIO DOS PINHEIRO´s
: A construção de uma nova sala de aulas de escola primária, em Óis da Ribeira, foi apoiada por três óisdaribeirenses residentes de Viana do Castelo, todos da Família Pinheiro.
Trataram-se dos irmãos Eugénio e Elísio Pinheiro Pinheiro de Almeida e, deles primo, Modesto Tavares Pinheiro, já todos falecidos, que, respectivamente deram 500, 100 e 40 escudos. As verbas foram utilizadas para auxiliar os trabalhos de terraplanagem do terreno onde iria ser construído e o executivo presidido por Benjamim Soares de Freitas entendem exarar um louvor em acta da Junta de Freguesia.
Os terrenos tinha sido cedidos por Manuel Soares dos Santos (Lopes), que era tesoureiro da Junta de Freguesia e, por troca, por João Simões Estima, de Espinhel (193,5 m2).
Firmino Santos



- ANO 1979,
há 42 anos !
- LUTO NA PÁSCOA
E SEM TEATRO
A Páscoa de 1979 foi a 15 de Abril e tinha estreia de teatro marcada, com a peça «Titular Assassino». Adiada sine die, por estar de luto a freguesia. Efectivamente,
 tinham falecido no mesmo dia de Quinta-Feira Santa, dia 12 anterior, Alberto Henriques de Almeida, de 70 anos e de doença, e, vítima de acidente, Fernando Martins de Oliveira, este com funeral marcado para 2ª.-feira de Páscoa.
O grupo de teatro, tanto quanto julgamos saber, só voltou ao palco a 12 de Agosto, num espectáculo especialmente dedicado aos emigrantes de Óis da Ribeira.
O programa incluía a comédia «Um macaco a fazer contas» e o ensaiador foi Firmino Santos, com elenco formado pelos irmãos Isabel e Mário Neves e Leonildo e Danilo Costa, para além de António Carlos, Custódio Ferreira, Carlos Manuel, Manuel Cipriano Gomes, Hercílio de Almeida, Martinho Oliveira, António Reis e Maria Bernardina Reis.
Os arranjos musicais foram do professor Silas Granjo de Oliveira e José Pires Tavares foi o ponto de cena.

Sem comentários: